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12ª Jornada da Viticultura será no dia 15

dia 15 de junho, às 8h30min, no Salão Paroquial de Monte Belo do Sul. Várias
palestras estão sendo preparadas, as quais vão enfocar as principais
doenças e pragas provocadas por fungos e insetos em videiras, entre elas
a Pérola da Terra, Fusarium e Pé Preto, bem como as estratégias de
controle recomendadas pela pesquisa.  
    
O coordenador da Comissão Interestadual da Uva, Olir Schiavenin, também
presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Flores da Cunha e
Nova Pádua, conta que o objetivo principal da jornada é refletir sobre o
atual momento que atravessa a vitivinicultura, em especial as doenças
que afetam os parreirais. Além disso, continua, é uma forma de passar
informações referentes aos mais diversos projetos que o setor vem
trabalhando nos últimos anos, caso do Instituto Brasileiro do Vinho –
Ibravin.
    
Schiavenin fala da existência de uma agenda estratégica que contempla 13
pontos, entre os quais: estatística; banco de dados; preços; custo de
produção; crédito; seguro agrícola; pesquisa; assistência técnica;
relações internacionais e governança do segmento, entre outros. “Esses
itens visam a execução de inúmeras ações para fortalecer a cadeia da uva
e do vinho, através das entidades e organizações que buscam garantir
sustentabilidade, renda e manutenção na atividade”, justifica.
Mercado
    
Após várias safras em crise com a manutenção do preço mínimo, problemas
de mercado e estoques, o dirigente acredita que hoje é possível afirmar
que o setor está numa situação bem melhor do que há dois ou três anos.
No entanto, ele reitera que isto não significa que tudo está tranquilo.
“Temos inúmeros desafios pela frente e a agenda estratégica prevê várias
alternativas para impedir as crises e que se tenha sustentabilidade”,
observa.
    
Uma das preocupações de Schiavenin é a importação de mosto (suco)
concentrado a granel da Argentina por parte da Coca-Cola. “Isto para nós
é uma grande ameaça”, alerta. Além disso, o crescimento de 20% da safra
em termos de volume, a qual deverá chegar próximo dos 700 milhões de
quilos, já que as vendas recuaram em relação a 2009. De 2010 para 2011,
nos três primeiros meses, houve um incremento de 5% na comercialização.
    
Ao final do ano passado, lembra o dirigente, se chegou a 140 milhões de
litros de vinho e como neste ano foram produzidos cerca de 100 milhões
de litros a mais, caso seja mantido este volume, a projeção é mais de
200 milhões de litros de vinho em estoque. “É mais do que o dobro do
volume normal na passagem de um ano para outro e isto é outro ponto de
preocupação”, pondera.
    
Diante deste contexto, as lideranças já trabalham junto à Conab e aos
Ministérios da Agricultura e da Fazenda para que seja adotado um
programa de escoamento da produção para exportação. “Temos um mercado,
especialmente, para a Rússia, que aceita muito bem o nosso vinho de
mesa. Então, precisamos do apoio governamental para escoar a produção e
com isso diminuir os estoques”, completa.

Mais informações: Olir Schiavenin – (54 – 9974-4563/3292-7500)
Assessoria de Imprensa – 24/05/2011 Luiz Fernando Boaz (51-9314-5699)