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Após longa espera, medidas cobradas pela FETAG-RS são publicadas pelo CMN

Na última sexta-feira (26), finalmente, o Conselho Monetário Nacional publicou algumas medidas que foram motivo de diversas cobranças da FETAG-RS ao longo dos últimos meses. O anúncio veio na mesma semana em que o vice-presidente da FETAG-RS, Eugênio Zanneti, esteve em Brasília para uma série de reuniões.

 

O ano de 2020 foi extremamente difícil para a agricultura e para a pecuária familiar gaúcha, afetada por duas estiagens, causados pela pandemia e pelos seguidos aumentos nos custos de produção, que quase inviabilizam algumas cadeias produtivas.

 

Dentre as medidas anunciadas estão o remanejamento de 2% do recurso destinado ao Pronaf Custeio para o Pronaf Investimento e, para o Pronaf Agroindústrias, as operações contratadas até o dia 30 de junho de 2021 terão o prazo de reembolso estendido de um para dois anos.

 

Para a cadeia leiteira, que vive momento considerado como muito complicado, os produtores que contratarem operações até 30 de junho de 2021, terão o prazo prolongado de um ano para dois anos, sendo que os recursos devem ser direcionados exclusivamente para retenção de matrizes bovinas.

 

Visando a atender agricultores que estão sendo prejudicados com o fechamento de estabelecimentos, o conselho anunciou que as operações contratadas entre 1º de março de 2020 e 30 de junho de 2021, ficarão dispensadas da apresentação do registro em cartório de documentação que comprava relação contratual entre proprietário e arrendatário beneficiário de crédito rural, bastando informar a instituição financeira por meio eletrônico.

 

Também foram anunciadas medidas de prorrogação de prazo para entrega de documentos que comprovem a aquisição de veículos, máquinas e equipamentos (até 31 de julho) e, excepcionalmente, entre 30 de abril de 2020 e 30 de junho de 2021, será permitida a aprovação de financiamentos para bovinocultura e para a bubalinocultura sem que seja necessária a apresentação da GTA (Guia de Trânsito Animal), que deverá ser entregue nas financeiras até o próximo dia 31 de julho.

 

Para Carlos Joel da Silva, presidente da FETAG-RS, “as medidas demoraram para sair, mas saíram e são fruto de muita cobrança da FETAG-RS, dos sindicatos e do Movimento Sindical. Consideramos que o que foi aprovado agora ajuda, mas ainda não resolve todos os problemas que passamos para o governo federal. Seguiremos cobrando mais atenção para a agricultura e para a pecuária familiar gaúcha”.

A FETAG-RS lembra que os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais estão à disposição dos agricultores e pecuaristas familiares para prestar maiores esclarecimentos e auxiliar sempre que for necessário.