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Citricultura é importante fonte de renda para a agricultura familiar

O Rio Grande do Sul tem forte vocação para os mais diversificados tipos de cultivos. Desde a soja, passando pelo milho e pela pecuária, até o cultivo de citros, em especial, laranjas e bergamotas, que são exportadas até mesmo para outros continentes.

Mundialmente, o Brasil é conhecido por ser o maior exportador de suco de laranja. No entanto, o cultivo da fruta destinada a este fim é predominantemente localizado em São Paulo, região onde o clima é mais favorável e os custos de produção são menores. No Rio Grande do Sul, o cultivo da fruta é em grande parte para o consumo in natura.

Em 2019, a colheita no Estado foi de 22,3 mil toneladas de laranjas, cultivadas em 286 municípios. Uma produção total de quase 368 mil toneladas. Somente esta fruta gerou uma receita bruta de quase R$275 milhões. Já a bergamota, teve uma produção superior a 142 mil toneladas nos mais de 11 mil hectares cultivados.

De acordo com a vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Tupandi e agricultora familiar, Solange Neukamp, no Rio Grande do Sul existem cerca de 8 mil produtores de citros, dos quais 98% são agricultores familiares. A região do Alto Uruguai é a maior produtora de laranjas para suco, enquanto nas Regiões do Vale do Caí, Serra e Fronteira Oeste predominam a produção de laranjas de mesa.

No município de Tupandi, que é o sexto maior produtor de laranjas e o décimo de bergamotas no Estado, aproximadamente 180 famílias estão na atividade, cultivando 410 hectares de laranja, 14 hectares de limão e 56 hectares de bergamota.

O clima gaúcho é um importante aliado dos produtores, pois permite a obtenção de produtos com qualidade superior em cor e em sabor. Para Solange, “o citros é muito procurado pois a adubação e a manutenção são de baixo custo, além de o plantio trazer um retorno rápido, o que não acontece em outras cultura, e por muitos anos”.

 

Texto: Eduardo Oliveira

Foto: Fernando Dias / Seapdr