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Comissão permanente vai acompanhar classificação

presente safra e o lançamento de campanha que visa reduzir a área de
plantio em cerca de 20%, no próximo período, foram os principais
encaminhamentos das entidades representativas dos produtores de tabaco,
que estiveram reunidas no dia 11 de abril com as indústrias fumageiras.
As reuniões aconteceram na sede da Afubra, em Santa Cruz do Sul.
     
Um aspecto, segundo as entidades, denota contradição. As indústrias
alegam a existência de uma superssafra, o que cria dificuldades para
vender a produção. Ao mesmo tempo, dizem os dirigentes rurais, mostram
que, na projeção da próximas safra, poucas empresas prevêem redução na
área a ser plantada no próximo período. A comercialização da atual safra
continua sendo alvo de fortes reclamações por parte dos produtores.
     
Para o vice-presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, os critérios de
classificação praticados pelas indústrias estão aniquilando a
lucratividade do fumicultor. A média de preço obtida pelo quilo da
variedade Virginia, por exemplo, é de R$ 4,98, cerca de 20% menor em
relação à obtida na safra passada. Se comparada à tabela, acordada em R$
6,25, a queda é ainda maior, observa o dirigente.
     
A compra total do produto também foi alvo de discussões. Para as
entidades representativas dos produtores, a garantia de aquisição de
toda a produção contratada, protocolada em janeiro, continua confusa.
Produtores integrados a determinada empresa reclamam que o tabaco que
excede à estimativa, fruto de uma maior produtividade, está sendo
rejeitado no momento da venda. Nesse aspecto, os dirigentes frisam que
existe contradição. As indústrias alegam a existência de uma
superssafra, o que dificulta a venda da produção beneficiada. No
entanto, afirmam, ao mesmo tempo, que na projeção da próximas safra,
poucas prevêem redução na área a ser plantada.
      
A pauta contemplou ainda o início do processo de planejamento para a
safra 2011/12. Além da campanha que visa diminuir a área plantada, as
entidades querem rever os contratos celebrados entre indústria e
produtor. Também pretendem agendar encontros com os principais
executivos das empresas fumageiras. Segundo os dirigentes, as pessoas
que comparecem nas reuniões não têm poder de decisão, o que protela uma
discussão mais ampla sobre a fumicultura como um todo. Para as
entidades, os fumicultores se mostram solidários em momentos de
dificuldades e pedem reciprocidade. Como exemplo, citam a repulsa
desencadeada pelo setor produtivo às proposições da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa).

Mais informações: Carlos Joel da Silva (51-9314-5750)
Assessoria de Imprensa Fetag/Afubra – 12/04/2011