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Fetag completa 45 anos de lutas e de conquistas

        Em 6 de outubro de 1963, um grupo de agricultores, que também era dirigente sindical, sentiu a necessidade de fundar uma entidade que congregasse os Sindicatos dos Trabalhadores na lavoura. Assim, representantes de oito sindicatos das cidades de Porto Alegre, Taquari, Veranópolis, Caxias do Sul, Antônio Prado, Santa Rosa, Torres e Farroupilha criaram a Federação dos Pequenos Proprietários e Trabalhadores Autônomos do Rio Grande do Sul. A entidade foi reconhecida em 26 de outubro de 1965 como Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul.
       No início das atividades do Movimento Sindical dos Trabalhadores e das Trabalhadoras Rurais, a Frente Agrária Gaúcha (FAG) – fundada em julho de 1961 que, posteriormente, promoveu a fundação da Fetag, auxiliando em sua estruturação-, realizava um trabalho de filiação junto a pequenos proprietários, através de suas seccionais, que deram suporte para a criação dos Sindicatos dos Pequenos Proprietários ou Trabalhadores na Lavoura. Mais tarde foram reconhecidos como Sindicatos dos Trabalhadores Rurais.
No entanto, a partir de 1965, o trabalho sindical, inclusive de fundação dos STR’s, que era executado pela FAG, passou a ser realizado pela Fetag, à época presidida por José Ary Griebler.
       A primeira sede da Fetag foi instalada numa sala cedida pela Cúria Metropolitana. Já em 1968, contando com cerca de 100 STR’s, adquiriu sua sede própria no 5o andar do prédio localizado na Rua Voluntários da Pátria, 595, no centro da Capital. Mais tarde, se transferiu para o 12o andar, tendo permanecido até julho de 2003. Hoje, nesse endereço funciona a sede do Instituto de Formação Sindical Irmão Miguel – IFSIM, enquanto que a Fetag adquiriu um prédio na Rua Santo Antônio, 121, igualmente próximo da rodoviária.

Regionais Sindicais

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       Em 1968, a Fetag criou o Departamento de Educação, composto por dois assessores, que percorriam todo o Estado divulgando a importância do movimento sindical. Sete anos depois, esse departamento – hoje chamado de Formação – foi reestruturado. Ainda em 1975, a partir de um questionário distribuído a todos os sindicatos, que teve por finalidade avaliar a situação sócio-econômica dos trabalhadores rurais, foi adotado o esquema de Regionais Sindicais para a exposição dos resultados.
       Assim, o Rio Grande do Sul foi dividido em nove regiões e 17 sub-regiões, de acordo com a cultura, mão-de-obra, população rural, uso da terra, hábitos e origens comuns. Estas sub-regiões serviram de base para a criação das Regionais Sindicais – atualmente em número de 23 – que passaram a ser uma importante forma de organização do movimento sindical.
       As Regionais Sindicais são as seguintes: Alto Uruguai, Santa Rosa, Serra, Serra do Alto Taquari, Litoral, Vacaria, Passo Fundo, Médio e Alto Uruguai, Alto Jacuí, Ijuí, Missões I e II, Três Passos, Camaquã, Vale do Caí, Vale do Rio Sinos Serra, Sul, Santa Maria, Fronteira, Santa Cruz do Sul, Quarta Colônia, Vale do Rio Pardo e Baixo Jacuí e Vale do Taquari.

As mobilizações

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       Ao longo destes 40 anos de lutas e de conquistas, as reivindicações dos agricultores familiares, dos assalariados rurais, dos aposentados, das mulheres e dos jovens sempre tiveram como principais focos a reforma agrária, a Previdência Social, a política agrícola, a legislação trabalhista, o cooperativismo, entre outros.
       A divisão em regionais proporcionou a Fetag um forte poder de organização para mobilizar as lideranças e os agricultores rapidamente. De um dia para outro, a Fetag, em conjunto com os sindicatos, consegue reunir milhares de pessoas.

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