INFORMATIVOS

INFORMATIVO N° 1.521

INFORMATIVO N° 1.521

REDACÃO: Hoana Talita Gehlen/Eduardo Oliveira

DATA: 30/3/2021

SITE: www.fetagrs.org.br

Informativo FETAG-RS e Sindicatos dos Trabalhadores Rurais. Um programa da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul e dos 321 Sindicatos filiados. Transmitido em todo o Estado com informações para o trabalhador e a trabalhadora rural.

 

REUNIÃO ENTRE ENTIDADES DISCUTE A CIGARRINHA DO MILHO

Na sexta-feira (26), a FETAG-RS promoveu reunião com entidades do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná para discutir alternativas que combatam a cigarrinha do milho, praga que atingiu mais de 100 municípios apenas em solo gaúcho e trouxe prejuízos para uma cultura já seriamente afetada pela estiagem.

A reunião contou com a presença de representantes da FETAG-RS, da FETAESC, da EMATER, da EPAGRI e da Fecoagro, que relataram a situação vivida pelos estados do Sul na safra atual devido ao avanço da cigarrinha do milho, praga que já era conhecida no Brasil, mas que na Região Sul ainda não havia provocado tantos estragos como agora, justamente num ano em que a safra do grão ficou reduzida devido a estiagem que castigou o Rio Grande do Sul.

As entidades dialogaram sobre o que já está sendo feito nos estados e quais serão os próximos passos visando a minimizar os efeitos negativos atuais e também futuros. Para a safra atual, as entidades do Sul elaborarão um documento que servirá de embasamento técnico para que seja possível pleitear junto ao Ministério da Agricultura e ao Ministério da Economia o enquadramento das perdas dentro das regras do Manual de Crédito Rural, permitindo o acesso ao Proagro. Com o documento emitido, uma reunião com o MAPA será convocada para debater a possiblidade.

Visando ao futuro, as entidades criarão um grupo técnico com representantes dos três estados para elaborar programas de orientação aos agricultores, minimizando os riscos de infestação da praga, que consegue se alastrar muito facilmente de uma lavoura para outra.

De acordo com o presidente da FETAG-RS, Carlos Joel da Silva, “os três estados precisam se unir para enfrentar esse problema e cobrar soluções dos governos, assim como também necessitamos criar formas de orientar os agricultores sobre como fazer o plantio e o cultivo de forma a evitar a infestação na lavoura”.

A FETAG-RS também apresentou a proposta para criação de um programa de fomento à produção de milho e formação de estoques, que consiste em facilitar o acesso ao grão e reduzir os custos de transporte nos casos em que é preciso trazer milho de outros estados, o que encarece em 25% o preço final.

As entidades acertaram a criação de um grupo de trabalho permanente com os três estados incluindo as federações dos trabalhadores rurais, os órgãos de assistência técnica e a representação das cooperativas para criar ações em conjunto para o desenvolvimento da agricultura e da pecuária familiar da região.

 

 

 

AUDIÊNCIA PÚBLICA DA COMISSÃO DE AGRICULTURA DISCUTE AQUISIÇÃO DE TERRAS POR ESTRANGEIROS

 

Na manhã de quinta-feira (25), a Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado estadual Adolfo Brito, realizou audiência pública, proposta pelo também deputado estadual Elton Weber, a pedido da FETAG-RS, que discutiu o PL 2963/2019, que prevê a liberação da compra de até 25% das terras nos municípios por estrangeiros.

Representando a FETAG-RS e os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, o presidente Carlos Joel da Silva apresentou uma série de argumentos que expressam a preocupação de todo o movimento sindical diante deste projeto.

Atualmente, de acordo com o Censo Agropecuário de 2017, quase 55% da população rural é considerada como potencial compradora de terras no Rio Grande do Sul, no entanto, as políticas públicas de incentivo ao acesso a terra por parte dos agricultores, principalmente os familiares, são insuficientes para que todos possam ter as suas propriedades em condições de produzir alimentos, fato que leva ao êxodo rural por parte da juventude.

Em sua fala, o presidente Carlos Joel da Silva explicou que o projeto, se aprovado na Câmara dos Deputados, colocará em risco a soberania nacional, inflacionará os preços das terras e fará com que a produção agrícola passe a ser focada na exportação dos alimentos produzidos, o que provocará redução de oferta no mercado interno e consequente aumento nos preços. “A grande questão é: Para quem interessa a venda de terras para estrangeiros? O projeto, da forma como está, não trará nenhum benefício para os brasileiros, pelo contrário. Ele é prejudicial, tanto para quem produz, como para quem consome os alimentos produzidos aqui. Não podemos aceitar que estrangeiros comprem nossas terras, inflacionem os preços e depois levem a produção embora”.

Joel solicitou que a Assembleia Legislativa crie uma comissão de deputados para acompanhar o andamento das discussões em Brasília, pedido que foi apoiado pelos parlamentares.

Como encaminhamentos, foi definido que a Frente Parlamentar da Agropecuária da Assembleia Legislativa, presidida pelo deputado estadual Elton Weber, será a responsável por fazer o acompanhamento das discussões em Brasília, manifestando-se de forma contrária ao projeto e defendendo os interesses dos agricultores e pecuaristas gaúchos. Também, a Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo da Assembleia irá oficiar a Câmara Federal e a bancada gaúcha sobre o posicionamento contrário a aprovação do projeto

Participaram da reunião os deputados estaduais Adolfo Brito, Elton Weber, Zé Nunes, Zilá Breitenbach, Paparico Bacchi e Patrícia Alba; o deputado federal Heitor Schuch; além de representantes das entidades do setor primário gaúcho.

 

 

RETORNO DA CHUVA DIMINUIU O RITMO DE COLHEITA NO RS

Um bloqueio atmosférico manteve frentes frias sobre o Rio Grande do Sul com acumulado acima dos 100mm no Noroeste do Estado. Na Zona Sul, o acumulado alcançou 75mm. O retorno da chuva diminuiu o ritmo de colheita em boa parte do RS.

De acordo com as informações divulgadas pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA), a chuva prosseguirá no Sul, Centro e Leste do Estado até quinta-feira (01) ou sexta (02). Por outro lado, na Fronteira Oeste, espera-se tempo seco e retorno das atividades de colheita. A temperatura entra em declínio e a sexta-feira terá a madrugada mais fria, com mínimas em torno dos 10°C.

Entre segunda e a quinta-feira da próxima semana, a chuva retorna ao Rio Grande do Sul. O acumulado, no entanto, será baixo, com valores abaixo dos 20mm.

Fonte: Portal Agrolink

 

A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL MANTÉM O MOVIMENTO FORTE E ATUANTE

A Contribuição Sindical dos(as) Agricultores(as) Familiares é realizada para o Sistema Confederativo – CONTAG – FETAG e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ela é devida por toda a categoria, trabalhadores(as) ou empregados(as). Ou seja, todos aqueles que são trabalhadores rurais e não possuem empregados e exercem a atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, sendo proprietário, arrendatário, parceiro, meeiro ou comodatário.

Para o tesoureiro-geral da FETAG-RS, Agnaldo Barcelos, a Contribuição Sindical é uma das formas de manter o Movimento Sindical atuante, forte e em constante luta para assegurar o direito dos agricultores familiares. Agnaldo reitera que embora a Contribuição seja facultativa, é uma obrigação dos agricultores(as), pois quando da conquista de um benefício para a classe todos recebem as melhorias.

O valor da Contribuição Sindical da Agricultura Familiar referente ao exercício 2021 é de R$ 37,00 (trinta e sete reais) por membro do grupo familiar.