INFORMATIVOS

INFORMATIVO N° 1.664

INFORMATIVO N° 1.664

REDACÃO: Hoana Talita Gehlen/Eduardo Oliveira

DATA: 29/09/2022

SITE: www.fetagrs.org.br

Informativo desta quinta-feira está no ar!

Notícias da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul e dos 321 Sindicatos dos Trabalhadores Rurais filiados.  Disponível em todo o Estado com informações para o agricultor, agricultora e pecuarista familiar.

 

NOVA QUEDA NO PREÇO REFERÊNCIA DO LEITE É INACEITÁVEL

A Fetag-RS vem através desta nota manifestar sua total indignação com relação a situação em que a cadeia leiteira está sendo submetida por alguns de seus elos. O preço referência do litro do leite caiu mais uma vez. Após a reunião mensal do Conseleite, realizada nesta terça-feira (27), o valor caiu 12,04% em relação ao mês de agosto, sendo projetado para o mês de setembro em R$ 2,2799, contra R$ 2,5920 do mês anterior.

A nova queda no valor referência levará a cadeia leiteira ao colapso, já que aqueles(as) produtores(as) de leite que ainda não desistiram da atividade poderão não ter outra alternativa, pois a rentabilidade da atividade, quando houver, será irrisória.

Muitos são os fatores que levam a cadeia para essa situação, porém, nos chama a atenção a questão das importações de leite dos países vizinhos, tais como Argentina e Uruguai. Para os varejos e indústrias, de forma inacreditável, é mais vantajoso importar desses países do que comprar do mercado interno. Há uma concorrência desleal criada pela forte taxação imposta ao leite brasileiro, o que não ocorre com o leite que vem de fora.

Isso nos leva ao período da Revolução Farroupilha, quando o charque gaúcho era muito mais caro do que os de países vizinhos. Será que quase 200 anos depois as lições não foram aprendidas?

Enquanto representação dos(as) produtores(as) rurais, a Fetag-RS está disposta a lutar pelo setor e vai liderar, se for necessário, mobilizações em todo o Estado, assim como, já aconteceu em outros períodos.

Hoje, fizemos um último apelo às indústrias: não repassem toda essa projeção de queda aos(as) produtores(as) neste momento. Esperamos que a indústria valorize quem produz ao absorver a diferença com a gordura adquirida por elas nos últimos três meses.

Indústria e varejo, elos da cadeia que deveriam zelar pelos(as) produtores(as) estão destruindo a atividade ao induzir quedas fortes no preço. Ambos nunca ficam no prejuízo, pois a corda arrebenta sempre para o lado mais fraco, que é o das famílias que se dedicam a atividade, uma das mais penosas do setor produtivo.

 

PUBLICADO ZONEAMENTO AGRÍCOLA DO MILHO 2ª SAFRA E DO CONSÓRCIO COM BRAQUIÁRIA

Foram publicadas no Diário Oficial da União as portarias 330 a 356 que aprovam o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), ano-safra 2022/2023, para os cultivos do milho de segunda safra e do consórcio do milho de segunda safra com braquiária.

O milho (Zea Mays L) é cultivado em sucessão a cultura de verão em muitas regiões do Brasil. Esse sistema de produção possibilitou a sustentação da produção de milho de segunda safra em níveis recordes e com uma sustentabilidade surpreendente.

O milho consorciado com braquiária cultivado em sucessão a alguma cultura de verão, associado ao sistema plantio direto é uma das opções que apresenta maiores benefícios, como maior reciclagem de nutrientes, acúmulo de palha na superfície, melhoria da parte física do solo, pela ação conjunta dos sistemas radiculares e pela incorporação e acúmulo de matéria orgânica, além de ser mais sustentável.

Para que serve o Zarc?

O zoneamento tem o objetivo de reduzir os riscos relacionados aos problemas climáticos e permite ao produtor identificar a melhor época para plantar, levando em conta a região do país, a cultura e os diferentes tipos de solos.

O modelo agrometeorológico considera elementos que influenciam diretamente no desenvolvimento da produção agrícola como temperatura, chuvas, umidade relativa do ar, ocorrência de geadas, água disponível nos solos, demanda hídrica das culturas e elementos geográficos (altitude, latitude e longitude).

Os agricultores que seguem as recomendações do Zarc estão menos sujeitos aos riscos climáticos e podem ser beneficiados pelo Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e pelo Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). Muitos agentes financeiros só liberam o crédito rural para cultivos em áreas zoneadas.

Aplicativo Plantio Certo

Produtores rurais e agentes do agronegócio podem acessar por meio de tablets e smartphones, de forma mais prática, as informações oficiais do Zarc, facilitando a orientação quanto aos programas de política agrícola do Governo Federal. O aplicativo móvel Zarc Plantio Certo, desenvolvido pela Embrapa Agricultura Dígital (Campinas/SP), está disponível nas lojas de aplicativos: iOS e Android.

Os resultados do Zarc também podem ser consultados e baixados por meio da plataforma “Painel de Indicação de Riscos”.

Fonte: Portal Agro em dia

 

MILHO LOCAL CONTINUA TRAVADO NO SUL

No Rio Grande do Sul, o mercado local de milho continua travado, com compradores se abastecendo fora do estado, segundo informações da TF Agroeconômica. “O mercado gaúcho de milho continua andando de lado porque os compradores conseguem matéria- prima fora do estado a preços menores do que os vendedores locais desejam. Fábricas seguem se abastecendo com milho do Centro-Oeste, que chega ao estado mais competitivo. Interesse de compra recuou R$ 2/saca para R$ 92,00 até R$ 94,00 POSTO FÁBRICAS, dependendo da localização, para o mercado diferido. Mas não se acham ofertas”, comenta.

O mercado catarinense também continua parado, com preços distantes. “Mercado local em Santa Catarina segue praticamente parado, porque os compradores continuam se abastecendo no Centro- Oeste do Brasil ou de milho paraguaio (mais ao oeste), que são mais competitivos. Há ofertas em algumas regiões do estado, mas com preços bem acima do que aquelas conseguidas pelos compradores em outras regiões do país, de modo que o mercado local não anda”, completa a consultoria.

No Paraná o mercado continua travado, enquanto o milho disponível ficará para MI, pressionando os preços. “No Oeste negócios pontuais somados de 2.000 tons a R$ 86,00 CIF. Nos Campos Gerais outro negócio de 2.000 tons a R$ 88 CIF. No Norte negócio de 1.000 tons a R$ 87 CIF. Mais outro tanto de negócios espalhados, nas mesmas bases. Paranaguá oferecia somente R$ 88,00, que não despertou interesse. Na Ferrovia, nenhum negócio novo conhecido, somente embarques de negócios anteriores. Os comentários são de que a exportação só voltará depois de novembro, de modo que todo o milho disponível de agora em diante ficará para o mercado interno, pressionando os preços”, conclui.

Fonte: Portal Agrolink

 

A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL MANTÉM O MOVIMENTO FORTE E ATUANTE

A Contribuição Sindical dos(as) Agricultores(as) Familiares é realizada para o Sistema Confederativo – CONTAG – Fetag e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ela é devida por toda a categoria, trabalhadores(as) ou empregados(as). Ou seja, todos aqueles que são trabalhadores rurais e não possuem empregados e exercem a atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, sendo proprietário, arrendatário, parceiro, meeiro ou comodatário.

Para o tesoureiro-geral da Fetag-RS, Agnaldo Barcelos, a Contribuição Sindical é uma das formas de manter o Movimento Sindical atuante, forte e em constante luta para assegurar o direito dos agricultores familiares. Agnaldo reitera que embora a Contribuição seja facultativa, é uma obrigação dos agricultores(as), pois quando da conquista de um benefício para a classe todos recebem as melhorias.

O valor da Contribuição Sindical da Agricultura Familiar referente ao exercício 2022 é de R$ 40,50 (quarenta reais e cinquenta centavos) por membro do grupo familiar.