INFORMATIVOS

INFORMATIVO N° 1.678

INFORMATIVO N° 1.678

REDACÃO: Hoana Talita Gehlen/Eduardo Oliveira

DATA: 06/12/2022

SITE: www.fetagrs.org.br

Informativo desta terça-feira está no ar!

Notícias da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul e dos 321 Sindicatos dos Trabalhadores Rurais filiados.  Disponível em todo o Estado com informações para o agricultor, agricultora e pecuarista familiar.

EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE NOZ-PECÃ CRESCEM MAIS DE 600%

Um salto nas exportações de noz-pecã está movimentando o Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção brasileira do fruto. Em Cachoeira do Sul, o maior polo produtor gaúcho e do país, as vendas externas chegaram a 175 toneladas no período de janeiro a outubro deste ano, um aumento de 660% em comparação com as 23 toneladas exportadas em 2021, segundo dados do Comex Stat, portal de dados do comércio exterior brasileiro vinculado ao Ministério da Economia. Em valores atuais, o crescimento passou de US$ 88 mil (R$ 472 mil) para US$ 1,6 milhão (R$ 8,6 milhões).

Do total, 95% foram comercializados pela Divinut, especializada no beneficiamento de noz-pecã e na produção de mudas. Em 2021, a empresa enviou oito toneladas do fruto beneficiado para Israel. Este ano, as vendas foram ampliadas para países da Europa e Oriente Médio, somando 200 toneladas até o final de dezembro, o que representa um aumento de 2500%.

Para 2023, a expectativa da empresa é multiplicar a quantidade exportada, expandindo as vendas para novos mercados na Ásia e América do Norte. Edson Ortiz, diretor da Divinut e presidente do Conselho Estratégico de Pesquisa da Associação Brasileira de Nozes, Castanha e Frutas Secas (ABNC), anuncia para dezembro o embarque de um novo carregamento rumo à Espanha. “Iniciamos as exportações com as transações via trading e hoje fazemos de forma direta. Vamos fechar 2022 somando 2 milhões de dólares em vendas para outros países”.

Há 22 anos no mercado, a Divinut possui o maior viveiro de mudas com raízes embaladas do mundo, com 400 mil mudas em área coberta, e só exporta nozes beneficiadas. A empresa conta hoje com quatro mil produtores parceiros em 600 municípios no Sul do Brasil, sendo a sua grande maioria da agricultura familiar. Os bons resultados levaram à ampliação da área industrial da empresa, que passará dos atuais 750 m² para 2,1 mil m². “Vamos aumentar de cinco para 30 toneladas/dia a capacidade instalada de processamento de noz-pecã. Estamos trabalhando para que tudo esteja pronto até março de 2023”, revela o empresário.

A nova planta de descascamento de nozes-pecã terá a maior capacidade instalada do Hemisfério Sul, com oito descascadores industriais, sete seletoras eletrônicas, três guichês de recepção e um novo terminal de expedição de containers. Tudo com automação de controles nos pontos de variação térmica e rastreabilidade codificada.

Além disso, balanças de fluxo integram e automatizam o controle de informações de lotes, desde o campo até a expedição. O sistema possui certificado de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC). “Já iniciamos o processo de preparação para a certificação internacional de segurança de alimentos, a FSSC 22000. Estamos buscando a noz-pecã 4.0”, conta Ortiz. Os investimentos somam R$ 4 milhões, sendo parte de capital próprio e a outra obtida através de financiamentos.

Cachoeira do Sul Capital da Noz-Pecã

Depois de ter se destacado no cenário nacional como referência no cultivo do arroz, e detentora do título de Capital Nacional do grão, Cachoeira do Sul é reconhecida como a Capital Sul-americana da Noz-pecã. Possui a maior área plantada da América do Sul, com 1,2 mil hectares cultivados, e é sede das duas maiores processadoras que, juntas, descascam cerca de 70 % do que é descascado no Brasil – uma delas, a Divinut. Em valores, as exportações de noz-pecã aqui em Cachoeira superam o arroz. Até outubro, a maior beneficiadora do cereal embarcou 2.791 toneladas de arroz beneficiado, quantidade igual às vendas de 2021, totalizando US$ 1,2 milhões (R$ 6,8 milhões). Enquanto a tonelada do arroz foi exportada por US$ 454 (R$ 2,4 mil), a noz-pecã rendeu cerca de US$ 10 mil (R$ 53,7 mil). Em todo o Rio Grande do Sul, os pomares somam 6,6 mil hectares plantados, segundo dados da Emater.

No Brasil, quarto maior produtor mundial de noz-pecã, o fruto deixou de ser um produto natalino passando a fazer parte da alimentação do dia a dia pela praticidade, qualidade nutritiva e sabor. A noz-pecã é considerada um alimento saudável, rico em antioxidantes e fonte de ômega 3, vitamina E e Zinco, entre outros benefícios. Em todo o mundo, o consumo de castanhas, nozes e frutas secas aumenta, em média, 6% ao ano, de acordo com a International Nut Council (INC).

Fonte: Portal Agro em Dia

NO BRASIL, 32% DOS SOLOS TÊM POTENCIAL NATURAL PARA A AGRICULTURA

Entre os mais de 500 tipos de solos existentes no Brasil, 29,6% tem boa e 2,3% muito boa potencialidade ao desenvolvimento agrícola.

Outros 33,5% apresentam potencialidade moderada, com problemas relativamente fáceis de serem corrigidos.

As áreas com restrições significativas são 21,4% do território nacional e em 11% do país as áreas têm restrições muito fortes ao uso agrícola.

É o que mostra o Mapa de Potencialidade Agrícola Natural das Terras do Brasil divulgado nesta segunda-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quando se comemora o Dia Mundial do Solo, data implementada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

O analista da pesquisa, Daniel Pontoni, destaca que o Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo, o que demonstra a importância da publicação, que é inédita. “Buscamos entender melhor o potencial agrícola do solo do Brasil e suas limitações, fazendo uma análise não indicativa de uso, mas interpretativa do solo e do relevo”.

Potencial dos solos

A publicação interpretou o potencial natural dos solos para a agricultura, a partir do mapeamento do IBGE, levando em consideração os recursos naturais, o solo e o relevo.

O instituto destaca que os mais de 500 tipos de solos do Brasil foram classificados segundo características como textura, pedregosidade, rochosidade e erodibilidade, para definir se a terra tem potencialidade ou restrições ao desenvolvimento agrícola.

Os locais com potencialidade moderada são as que têm relevos ligeiramente acidentados e que exigem adequações para a agricultura, mas que são relativamente fáceis de serem corrigidos.

As áreas com restrições significativas têm relevos mais acidentados, com problemas de fertilidade e restrições de profundidade, o que pediria ações mais complexas de manejo agrícola e uma agricultura especializada adaptada.

Já a classificação de áreas com restrições muito fortes ao uso agrícola indica locais com declividade muito acentuada, a presença de sais indesejáveis ou restrições importantes de profundidade, o que exigiria ações muito significativas e intensivas para tornar a terra adequada ao plantio.

Pontoni explica que também foram classificadas assim as áreas de preservação ou conservação em função da fragilidade do ambiente. “São locais onde a agricultura pode levar à degradação”, afirma.

O analista destaca ainda que o mapa não traz detalhamento local, apenas regional, e que não foram levadas em conta as atribuições legais de áreas como, por exemplo, as unidades de conservação do meio ambiente ou os territórios indígenas ou quilombolas. “As áreas que possuem algum enquadramento ou atribuição legal devem ser respeitadas de acordo com as leis estabelecidas”, ressalta o analista.

Fonte: Canal Rural

FALTA DE CHUVAS DEVE DEIXAR PERDAS NO MILHO

No mercado de milho do estado do Rio Grande do Sul, a falta de chuvas e calor devem deixar perdas na safra gaúcha, enquanto os preços recuam, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Apesar da falta de chuvas e calor em excesso, que obviamente gerarão perdas na safra gaúcha, mais os volumes de exportação no centro-oeste, que vão enxugando a oferta, os preços no estado recuaram. Os grandes compradores seguem recebendo milho de fora do estado, dando pouca ênfase a milho local. Os preços indicados a R$ 90,00 CIF Missões, R$ 91,00 miolo do estado e R$ 92,00 Serra. Vendedor pede R$ 93,00 a R$ 95,00 interior”, comenta.

Em Santa Catarina os compradores continuam buscando milho no PR, que se tornou competitivo. “As compras de milho paranaense por indústrias de Santa Catarina está se intensificando: todos os dias escutamos bons volumes negociados entre os dois estados, com preços à vista para diminuir o valor. No mercado local os vendedores falam em R$ 95/saca FOB. Os compradores estão tentando trazer o mercado para trás, diante do grande estoque ainda disponível. Muitos até estão estudando trocar a fórmula da ração para colocar trigo também, que neste ano, terá uma produção maior”, completa.

Com exportação apenas completando navios, mercado interno do Paraná também descansa, aliviado. “Neste dia curto, de jogo do Brasil, ouvimos apenas dois pequenos negócios no Norte, tomados no mercado interno, um de 600 toneladas e outro de 1000 tons FOB Londrina a R$ 85/saca, com pagamento em 30 dias Preços de vendedores e compradores como segue: Ponta Grossa R$ 90 x R$ 88; Guarapuava R$ 90 x R$ 87; Cascavel R$ 87 x R$ 84/85; Pato Branco R$ 86 x R$ 84”, conclui.

Fonte: Agrolink

A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL MANTÉM O MOVIMENTO FORTE E ATUANTE

A Contribuição Sindical dos(as) Agricultores(as) Familiares é realizada para o Sistema Confederativo – CONTAG – Fetag e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ela é devida por toda a categoria, trabalhadores(as) ou empregados(as). Ou seja, todos aqueles que são trabalhadores rurais e não possuem empregados e exercem a atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, sendo proprietário, arrendatário, parceiro, meeiro ou comodatário.

Para o tesoureiro-geral da Fetag-RS, Agnaldo Barcelos, a Contribuição Sindical é uma das formas de manter o Movimento Sindical atuante, forte e em constante luta para assegurar o direito dos agricultores familiares. Agnaldo reitera que embora a Contribuição seja facultativa, é uma obrigação dos agricultores(as), pois quando da conquista de um benefício para a classe todos recebem as melhorias.

O valor da Contribuição Sindical da Agricultura Familiar referente ao exercício 2022 é de R$ 40,50 (quarenta reais e cinquenta centavos) por membro do grupo familiar.