INFORMATIVOS

INFORMATIVO N° 1.689

INFORMATIVO N° 1.689

REDACÃO: Eduardo Oliveira

DATA: 19/01/2023

SITE: www.fetagrs.org.br

Informativo desta quinta-feira está no ar!

Notícias da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul e dos 316 Sindicatos dos Trabalhadores Rurais filiados.  Disponível em todo o Estado com informações para o agricultor, agricultora e pecuarista familiar.

MAIS UM PERÍODO DE ESTIAGEM AFLIGE AGRICULTURA E PECUÁRIA FAMILIAR

O terceiro ano seguido de estiagem vem causando inúmeros problemas para a agricultura e a pecuária familiar. No total, já são 122 municípios em situação de emergência. Há registros de grandes perdas em culturas como milho, feijão, soja, na cadeia leiteira, dentre outras. Em alguns municípios, já falta água até mesmo para consumo humano e dos animais.

Visando a encontrar alternativas para amenizar os prejuízos causados aos(as) agricultores(as) e pecuaristas familiares, na tarde de ontem, terça-feira (18/01), a Fetag-RS reuniu, através de videoconferência, a coordenação das 23 regionais sindicais para elaboração de uma pauta com medidas a serem entregues ao governo do Estado do Rio Grande do Sul.

O documento foi entregue no começo da noite ao secretário-chefe da Casa Civil, Arthur Lemos. Representaram a Fetag-RS na reunião o presidente, Carlos Joel da Silva; o tesoureiro-geral, Agnaldo Barcelos; e o engenheiro agrônomo, Kaliton Prestes.

A pauta entregue está dividida em duas: medidas emergenciais, para enfrentar o problema atual, e medidas estruturantes, visando a evitar que novos períodos e escassez de chuva ocasionem mais prejuízos.

DEMANDAS EMERGENCIAIS

1) Suplementar os recursos da defesa civil para que seja possível disponibilizar água potável através de caminhões pipa para o consumo humano e/ou dessedentação animal nos municípios atingidos pela estiagem;

2) Estrutura e recursos do Estado para abertura e limpeza de bebedouros para dessedentação animal da pecuária de corte e leite;

3) Liberação do pagamento da parcela de do SOS Estiagem aos agricultores que, mesmo enquadrados, ficaram de fora do primeiro e segundo lotes e implementar mais uma parcela aos agricultores impactados na safra 2022/2023;

4) Anistia do Programa Troca-troca de milho e forrageiras para as lavouras que foram perdidas com a estiagem;

5) Reabertura do período para manifestação de interesse para o Programa de Sementes Forrageiras, uma vez que o período foi encerrado em momento que os agricultores não tinham dimensão da gravidade da estiagem;

DEMANDAS ESTRUTURAIS

1) Implementar com urgência o Programa Pró-Irriga RS com os seguintes eixos: abertura e construção de reservatórios de água de acordo com o sistema produtivo dos agricultores; subsídio para aquisição de equipamentos de irrigação; assistência técnica para o manejo do solo e da água;

2) Fortalecimento do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (FEAPER) com recursos federais e estaduais para a implementação de políticas públicas de combate às mudanças climáticas.

As demandas da Fetag-RS já sendo analisadas pelo governo do Estado. A partir de hoje, quinta-feira (19/01), terá continuidade a construção das soluções com o secretário do Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini e sua equipe.

A Fetag-RS também já tem a pauta para o governo federal, que precisa urgentemente definir uma prorrogação das dívidas, especialmente as que não amparadas pelo Proagro e Seguro Rural.

ENTIDADES REPRESENTATIVAS DOS(AS) PRODUTORES(A) DE TABACO FECHAM ACORDO APENAS COM A EMPRESA JTI

Desde ontem, segunda-feira (16), em Santa Cruz do Sul, a Fetag-RS e as demais entidades que representam os(as) produtores(as) de tabaco participaram de mais uma rodada de negociação dos preços a serem pagos pela produção da safra 2022/2023. Mais uma vez, o posicionamento das empresas é lamentável.

Exceto a empresa JTI, todas as demais descumpriram totalmente o que foi acordado pelo Fórum Nacional da Integração (Foniagro), no ano passado, quando foi estipulado que as empresas deveriam pelo menos inserir o custo de produção na tabela deste ano. A BAT, que junto com a JTI tinha assinado um protocolo em que se comprometia em repor o custo de produção, se negou a cumprir o acordo e apresentou proposta que não cobre os custos dos(as) produtores(as) As demais empresas também apresentaram valores que sequer cobrem os custos que produtores(as) tiveram para a safra.

Importante salientar que os custos de produção foram levantados conjuntamente pelas empresas e a representação dos produtores.

A Fetag-RS ressalta que a JTI foi a única que cumpriu o que foi assinado no protocolo do ano passado, em a empresa se comprometeu a acrescentar no mínimo o custo de produção. A proposta repôs o custo de 30,17% em cima da tabela do ano passado, que já previa um ganho real de 5%.

Em resposta ao lamentável e desrespeitoso posicionamento das empresas, exceto da JTI, a representação dos produtores definiu que não irá participar da reunião do Foniagro agendada para amanhã, quarta-feira (18), em Santa Cruz do Sul, em que será discutida a atualização dos coeficientes técnicos para cálculo do próximo custo de produção.

A Fetag-RS e as demais entidades representativas entendem que de nada adianta o Foniagro estabelecer regras e coeficientes sendo que no momento da negociação dos preços que serão pagos aos(as) produtores(as) as empresas rasgam os acordos e apresentam propostas que são apenas dos seus interesses.

Para que as regras da próxima safra sejam discutidas, a representação dos produtores exige que sejam concluídas as negociações da atual safra em condições que atendam aos interesses de toda a cadeia produtiva.

Com a posição firmada de não participar da próxima reunião do Foniagro, espera-se que as empresas entendam que os(as) produtores(as) são seus(as) maiores parceiros(as) e que precisam de valorização. O cenário está bom, os estoques estão zerados, o mercado está aquecido e o dólar está em valores bons para a exportação. Portanto, não há motivos aceitáveis para que as empresas não assumam junto com os produtores os custos de produção da safra.

Não é justo com quem produz. A cadeia só é forte quando todos os elos trabalham em sintonia, arcando com os custos e dividindo os lucros.

AGRICULTURA FINALIZA INVESTIGAÇÃO SOBRE CASO DE AUJESZKY EM SÃO GABRIEL

A Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), junto com o Ministério da Agricultura, está concluindo os trabalhos de investigação e vigilância ativa em São Gabriel. Um caso confirmado de Doença de Aujeszky foi registrado no município no final de 2022, em um suíno de uma criação de subsistência. Após vistoria em mais de 150 propriedades e cerca de 650 amostras coletadas, todos os laudos foram negativos para a enfermidade.

“A propriedade foco, já saneada, se encontra numa área periurbana. Com isso, a zona de vigilância, que constitui um raio de cinco quilômetros a partir do foco, atingiu boa parte da área urbana e diversas propriedades e criações de subsistência na periferia da cidade”, conta a diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria, Rosane Collares.

Após a confirmação do caso, a Secretaria da Agricultura iniciou um plano de saneamento do foco e contenção da disseminação. As ações se basearam no despovoamento da propriedade de subsistência positivada, vigilância e sorologia dos suínos localizados em um raio de cinco quilômetros a partir do foco, conforme preconizado pelo Plano Nacional de Sanidade Suína, do Ministério da Agricultura.

Procedimentos adotados

– Sacrifício sanitário: realização de sacrifício sanitário dos 46 suínos da propriedade positivada, no próprio estabelecimento de criação. Houve a realização de colheita de tecidos de três suínos sacrificados para pesquisa, com resultado negativo;

– Rastreamento epidemiológico: rastreamento de possíveis vínculos epidemiológicos até 30 dias antes da manifestação dos sinais clínicos. Com os vínculos identificados e testados, todos os resultados foram negativos;

– Sorologia no raio de 5 km: foram priorizados estabelecimentos que possuem cadastro de exploração suinícola, com busca ativa nos demais estabelecimentos para identificação de suínos e coleta.

– Realização dos exames: como triagem, foi utilizado o laboratório público estadual credenciado, o Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF), para realização do teste ELISA. O Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Minas Gerais (LFDA/MG) realizou neutralização viral (VN) nas amostras reagentes. Até o presente, com 641 amostras coletadas e encaminhadas para teste de triagem, todos os laudos foram negativos;

– Suspensão, pelos Agentes de Manejo Populacional, do transporte das carcaças de javalis abatidos, para fins de controle populacional, oriundos do município de São Gabriel, no Estado do Rio Grande do Sul.

 

A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL MANTÉM O MOVIMENTO FORTE E ATUANTE

A Contribuição Sindical dos(as) Agricultores(as) Familiares é realizada para o Sistema Confederativo – CONTAG – Fetag-RS e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ela é devida por toda a categoria, trabalhadores(as) ou empregados(as). Ou seja, todos aqueles que são trabalhadores rurais e não possuem empregados e exercem a atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, sendo proprietário, arrendatário, parceiro, meeiro ou comodatário.

Para o tesoureiro-geral da Fetag-RS, Agnaldo Barcelos, a Contribuição Sindical é uma das formas de manter o Movimento Sindical atuante, forte e em constante luta para assegurar o direito dos agricultores familiares. Agnaldo reitera que embora a Contribuição seja facultativa, é uma obrigação dos agricultores(as), pois quando da conquista de um benefício para a classe todos recebem as melhorias.

O valor da Contribuição Sindical da Agricultura Familiar referente ao exercício 2023 é de R$ 44,00 (quarenta e quatro reais) por membro do grupo familiar.