INFORMATIVOS

INFORMATIVO N° 1.692

INFORMATIVO N° 1.692

REDACÃO: Hoana Talita Gehlen

DATA: 31/01/2023

SITE: www.fetagrs.org.br

Informativo desta terça-feira está no ar!

Notícias da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul e dos 316 Sindicatos dos Trabalhadores Rurais filiados.  Disponível em todo o Estado com informações para o agricultor, agricultora e pecuarista familiar.

Lembrete: você associado ou associada que não solicitou sua cautela para concorrer aos prêmios da campanha dos 60 anos da Fetag, procure seu Sindicato e busque informações!

Serão mais de R$ 200.000,00 em prêmios.

 

ESTIAGEM É PAUTA DE REUNIÃO COM MINISTRO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO E AGRICULTURA FAMILIAR

A estiagem que vêm assolando o Rio Grande do Sul pelo terceiro ano consecutivo foi pauta da reunião com o Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Luiz Paulo Teixeira Ferreira, na tarde desta sexta-feira (27/01), por videoconferência.

A agenda solicitada pela Fetag-RS e viabilizada pelo Deputado Federal Elvino Bohn Gass,  contou com a participação da direção da federação e dos(as) Coordenadores(as) das 23 Regionais Sindicais. A reunião tratou da pauta da Federação para o governo federal, com o objetivo de amenizar os danos irreversíveis causados nas propriedades.

A Federação afirma que as perdas são variáveis de região para região, visto que as chuvas são esparsas, não sendo possível calcular o percentual comum para o estado, mas já é registrado perdas de 100% em lavouras de milho grão e silagem. O que mais preocupa é a falta de água potável para consumo humano e animal, pois os rios, reservatórios e vertentes estão sendo afetados pela falta de chuva. Segundo dados da Defesa Civil, 207  municípios noticiaram situação de emergência, destes 173 estão decretados, 92 com homologação pelo Estado e 57 com reconhecimento federal.

Neste cenário alarmante a Fetag-RS solicitou ao Ministério ações urgentes no que tange:

– Recurso para equalizar a prorrogação das operações de Pronaf custeio e de Pronaf investimento vencidas e vincendas no período de 01 de janeiro a 31 de julho de 2023;

– Rebate de 35% sobre a parcela vencida ou vincenda aos agricultores que irão liquidar dentro do cronograma de reembolso no período de 01 de janeiro a 31 de dezembro de 2023.

– Linha de crédito emergencial, com teto de financiamento de até R$50 mil por mutuário, prazo de reembolso de até 10 anos e bônus de adimplência de 30% para a reestruturação produtiva das propriedades, e ;

– Fortalecimento dos estoques de milho e subsídio de 30% para o produtor adquirir o produto nos armazéns credenciados através da CONAB-ProVB.

O Ministro ressaltou que o tema está sendo discutido no governo e os Ministérios do Desenvolvimento Social, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e Casa Civil estarão dialogando para uma breve resposta à pauta da Fetag. Segundo Teixeira, acredita que em duas semanas já terá alguma resposta para a estiagem no estado. E ainda, reitera que deverá haver uma ação conjunta entre governo federal e estadual para que tenham efetividade. O Secretário de Agricultura Familiar ficará de interlocutor da pauta entre a Fetag-RS e o Governo para ajustar as demandas.

Para o presidente da Fetag-RS “são três anos de perdas, três anos consecutivos que a agricultura sofre os impactos da estiagem. Além de medidas emergenciais, é urgente que o governo federal e estadual executem políticas públicas para mitigar os efeitos e preparar as propriedades para estes estados de calamidade. A Fetag-RS não descansará até que os agricultores e pecuaristas familiares tenham, no mínimo, seus prejuízos amenizados. Quem perde não é só o agricultor, quem perde é a sociedade, seja de forma direta ou indireta”.

 

 

ESTIAGEM CAUSA PERDAS IRREGULARES NOS CULTIVOS DE VERÃO NO RIO GRANDE DO SUL

De acordo com o Informativo Conjuntural produzido e divulgado nesta quinta-feira (26/01) pela Emater/RS-Ascar o milho, tanto o grão como o destinado à silagem, e a soja são as culturas mais afetadas pela estiagem no Rio Grande do Sul.

Houve um rápido avanço na colheita do milho, que alcançou 27% da área cultivada. O milho para silagem atingiu 50% da área colhida, mas muitas lavouras destinadas à produção de grãos estão sendo utilizadas alternativamente para aumentar o volume do alimento e minimizar prejuízos. Já na soja, o índice de plantio se manteve em 98%. A cultura evolui rapidamente para o estádio reprodutivo, com 31% da área em floração e 9% em enchimento de grãos, onde a sensibilidade ao estresse hídrico aumenta consideravelmente.

Na cultura do milho, foi realizada nova avaliação dos efeitos da estiagem. A estimativa de produtividade manteve-se na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul; tem perdas na de Porto Alegre; aumentam nas regiões de Erechim, Ijuí, Lajeado, Passo Fundo, Pelotas e Santa Rosa; e são graves nas de Bagé, Frederico Westphalen e Santa Maria. Em todo o Estado, 56.773 produtores foram atingidos.

Nas regiões mais afetadas, houve abandono de lavouras de milho, liberando-as para o consumo dos animais. Os produtores que financiaram o cultivo aguardaram a anuência dos peritos para o aproveitamento da massa verde na forma de silagem. As lavouras irrigadas apresentam potencial satisfatório, embora também sofram efeitos adversos das altas temperaturas e das elevadas taxas de evapotranspiração, que excedem a capacidade de reposição de água pela irrigação.

Com a evolução da colheita do milho silagem, as perdas causadas pela estiagem foram confirmadas. Os danos são maiores nas regiões administrativas da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, Ijuí e Santa Maria; as perdas são intermediarias nas regiões de Bagé, Erechim, Pelotas e Santa Rosa; a redução é um pouco menor nas de Lajeado, Passo Fundo, Porto Alegre e Soledade. Os menores efeitos da estiagem estão localizados na de Caxias do Sul. Em todo o Estado, 18.523 produtores foram afetados.

Além da redução de volume, a silagem deverá apresentar redução na qualidade, pois a massa vegetal ensilada apresenta colmos e folhas menos verdes e mais fibrosas, além de menor proporção de grãos em relação ao volume total.

Já as lavouras de soja, devido às chuvas mal distribuídas e de volumes muito variáveis entre as regiões do Estado e dentro do mesmo município, estão díspares.

Apesar das precipitações irregulares, houve um agravamento na estiagem em parte do Estado, atingindo 35.354 produtores do grão. A zona mais afetada na redução da produtividade compreende as regiões administrativas da Emater/RS-Ascar de Santa Maria e Santa Rosa. O decréscimo é intermediário nas de Bagé, Frederico Westphalen, Ijuí, Lajeado e Pelotas; as perdas são menores nas de Erechim, Soledade, Caxias do Sul, Passo Fundo e Porto Alegre.

Outras culturas de verão

Entre os cultivos de verão, o arroz é o menos afetado pela estiagem, seguido pelo feijão. O arroz apresentou um avanço no número de lavouras em fases reprodutivas; 42% estão nas fases de floração e enchimento de grãos. No Estado, a cultura apresenta dois cenários completamente distintos. O primeiro, referente à maior parte das lavouras, é de adequada disponibilidade de água e onde o potencial produtivo se manteve elevado, favorecido pelas condições climáticas, coincidentes com a fase reprodutiva. O segundo cenário é composto por um menor número de lavouras, que apresentam problemas de falta de água e onde a irrigação é realizada com menor eficiência, podendo chegar ao ponto de abandono de alguns talhões em casos extremos.

Já o cultivo do feijão 1ª safra na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Caxias do Sul, que possui a maior área cultivada no Estado, apresenta desenvolvimento normal. Nas demais regiões, as perdas variam de 10% a 45%, tendo como região mais afetada a de Pelotas. O número de produtores atingidos no Estado é de 9.366.

Fonte: Assessoria de Imprensa Emater/RS-Ascar

 

 

FÓRUM DISCUTIRÁ COMO PAGAMENTOS POR SERVIÇOS AMBIENTAIS PODEM CONTRIBUIR PARA A SUSTENTABILIDADE NO MEIO RURAL

A Embrapa, no âmbito do seu portfólio de projetos de pesquisas em Serviços Ambientais, está organizando um evento on-line para discutir o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) como um caminho para a sustentabilidade no meio rural. Serão três dias de palestras com especialistas seguidas de debates, entre os dias 23 e 25 de maio de 2023, das 14h às 18h, com transmissão pelo canal da Embrapa no YouTube. Também atuam na organização do evento representantes da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Universidade de São Paulo (EESC/USP) e Instituto Estadual do Ambiente (INEA, RJ).

O “I Fórum sobre Serviços Ambientais na paisagem rural – novas perspectivas para os PSA” tem como tema central a discussão de questões específicas da política de pagamento por serviços ambientais e da sua implementação prática, com enfoque no seu potencial para implementar soluções para problemas ambientais.

“Planejamos apresentar experiências de desenvolvimento de programas de PSA no ambiente rural que buscaram a transição para sistemas agrícolas e florestais mais sustentáveis, para incentivar tomadores de decisão dos setores público e privado, em vários níveis. Convidamos em especial agricultores e comunidades agrícolas, empresas e organizações da sociedade civil, tomadores de decisão em nível municipal, estadual e federal, assim como formuladores de políticas públicas e estudiosos do tema”, acrescenta a pesquisadora Marcia Divina de Oliveira, da Embrapa Pantanal, que coordena a comissão organizadora do evento. 

A programação incluirá palestras divididas por sessões temáticas, relevantes no domínio dos programas de PSA, que abordarão aspectos legais, iniciativas de sua aplicação na área rural, possíveis lacunas e desafios, intercâmbio de experiências em andamento e questões técnico-científicas. 

Entre as temáticas abordadas pelas mesas redondas estarão a implementação da Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais (PNPSA), os desafios e soluções para dimensionar os impactos dos programas de PSAs nos serviços ecossistêmicos, estratégias para sustentabilidade das iniciativas de PSA e sua conexão com o setor privado e a sociedade.

“Queremos que este fórum contribua para identificar projetos e ações que alinhem produtores e organizações privadas e governamentais, com objetivos sociais e ambientais, buscando identificar e oferecer diferentes opções de gestão e políticas úteis para enfrentarmos os desafios atuais do mundo rural. Dimensionar e direcionar corretamente os benefícios do PSA para os destinatários pode ser relativamente simples em projetos de pequena escala, mas apresenta dificuldades a nível regional ou escalas nacionais devido a diferentes custos de oportunidade e considerações de equidade e eficiência. É necessário discutir maneiras de engajar a sociedade nesse sentido”, reflete a pesquisadora Fabia de Mello Pereira, da Embrapa Meio-Norte, presidente do Portfólio Serviços Ambientais da Embrapa.

A programação completa do fórum será divulgada em breve nos canais oficiais de informação da Embrapa.

Fonte: Embrapa

 

 

A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL MANTÉM O MOVIMENTO FORTE E ATUANTE

A Contribuição Sindical dos(as) Agricultores(as) Familiares é realizada para o Sistema Confederativo – CONTAG – Fetag-RS e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ela é devida por toda a categoria, trabalhadores(as) ou empregados(as). Ou seja, todos aqueles que são trabalhadores rurais e não possuem empregados e exercem a atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, sendo proprietário, arrendatário, parceiro, meeiro ou comodatário.

Para o tesoureiro-geral da Fetag-RS, Agnaldo Barcelos, a Contribuição Sindical é uma das formas de manter o Movimento Sindical atuante, forte e em constante luta para assegurar o direito dos agricultores familiares. Agnaldo reitera que embora a Contribuição seja facultativa, é uma obrigação dos agricultores(as), pois quando da conquista de um benefício para a classe todos recebem as melhorias.

O valor da Contribuição Sindical da Agricultura Familiar referente ao exercício 2023 é de R$ 44,00 (quarenta e quatro reais) por membro do grupo familiar.