INFORMATIVOS

INFORMATIVO N° 1.699

INFORMATIVO N° 1.699

REDACÃO: Hoana Talita Gehlen/Eduardo Oliveira

DATA: 02/3/2023

SITE: www.fetagrs.org.br

 

Informativo desta quinta-feira está no ar!

Notícias da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul e dos 316 Sindicatos dos Trabalhadores Rurais filiados.  Disponível em todo o Estado com informações para o agricultor, agricultora e pecuarista familiar.

Lembrete: você associado ou associada que não solicitou sua cartela para concorrer aos prêmios da campanha dos 60 anos da Fetag-RS, procure seu Sindicato e busque informações!

Serão mais de R$ 200.000,00 em prêmios.

PECUÁRIA DE LEITE NO BRASIL GERA BAIXA EMISSÃO DE CARBONO, DIZ EMBRAPA

Um estudo conduzido pela Embrapa Pecuária Sudeste (SP) aponta que são necessárias 52 árvores por vaca nos sistemas intensivos de produção para chegar ao leite carbono zero. O plantio de árvores é uma estratégia de compensação da emissão de gases de efeito estufa (GEEs) e pode ser usado por pecuaristas para o desenvolvimento de uma pecuária mais sustentável e voltada para a descarbonização. Em sistemas extensivos (baixo nível tecnológico), essa quantidade é de 33 eucaliptos.

O trabalho, divulgado na publicação internacional Frontiers in Veterinary Science, avaliou o efeito de vacas holandesas (HPB – Preto e Branco) e de jersolandas em diferentes níveis de intensificação – pastejo contínuo com baixa taxa de lotação e rotacionado irrigado com alta taxa de lotação – e a interação entre esses dois fatores na mitigação de GEEs.

No experimento, foi realizado o balanço de carbono entre as emissões de GEEs (inclusive de metano – CH4 entérico) e as remoções de GEE, por meio do sequestro de carbono do solo. Essas variáveis ​​foram usadas para calcular o número de árvores necessário para mitigar a emissão e o efeito poupa-terra.

Foram considerados dois diferentes modelos produtivos brasileiros a pasto – extensivo e intensivo. O trabalho também comparou duas raças, a HPB e a jersolanda, tradicionalmente utilizadas no país para a produção de leite.

Considerando apenas a raça, na comparação entre as holandesas e as jersolandas, estas são mais eficientes em relação às emissões. Com o plantio de 38 árvores por vaca, o produtor faz a compensação; os que utilizam a raça holandesa precisam de oito árvores  a mais por vaca.

De acordo com a pesquisadora Patrícia P. A. Oliveira, a pecuária brasileira é realizada principalmente em pastagens. Dessa forma, a demanda de redução das emissões e da pegada ambiental dá uma vantagem a mais ao país. Sendo os bovinos criados a pasto, a necessidade de árvores para a compensação das emissões de GEEs é menor, porque na contabilização do balanço de carbono, o sequestro de carbono do solo, positivo nos dois sistemas testados, contribui na compensação das emissões.

A produção de leite brasileira e as questões de sustentabilidade

O Brasil produz 35 bilhões de litros de leite por ano, ocupando o terceiro lugar no ranking mundial. As propriedades, a maioria de pequeno e médio porte, estão distribuídas em 98% dos municípios brasileiros, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No total, mais de quatro milhões de pessoas estão envolvidas na produção de leite no País. No entanto, a produtividade é muito baixa na maior parte dessas fazendas. A média de litros de leite por vaca em lactação é em torno de quatro litros ao dia no Brasil, enquanto a média mundial é próxima a 10 litros diários. “Esse cenário discrepante de baixa eficiência sistemática pode ser explicado pelo modelo de produção adotado. As gramíneas são a principal fonte de alimento para o gado leiteiro em sistemas baseados em pastagens de qualidade comprometida, que muitas vezes são manejados abaixo de sua taxa de lotação potencial, com uma média nacional de uma vaca por hectare”, complementa a pesquisadora.

O setor, além de ter a demanda de elevar a produtividade, viu aumentar nos últimos anos as expectativas dos consumidores em relação à qualidade do produto e às questões de  sustentabilidade e bem-estar animal.

É crescente a preocupação com as mudanças climáticas. No Brasil, a agropecuária é responsável por 33,6% das emissões brasileiras de GEE, sendo 19% vindas da fermentação entérica. O rebanho bovino contribui com 97% das emissões de metano, sendo 86% do rebanho de corte e 11% do gado leiteiro.

“Estratégias para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, como mudanças no manejo de sistemas de produção de leite a pasto, por meio da intensificação da utilização de forragem e uso de raças e cruzamentos de animais mais especializados, podem contribuir para compensar as emissões de GEE. Comparados aos sistemas leiteiros tradicionais, são sumidouros de carbono. Essas ações – melhorar a fertilidade do solo e manejo das pastagens, a nutrição e a genética animal são pontos básicos e de fácil adoção – podem contribuir para o balanço de carbono das fazendas leiteiras e diminuir a necessidade de outros procedimentos externos, como a compra de créditos de carbono para compensar as emissões”, enfatiza a pesquisadora.

A intensificação sustentável dos sistemas de produção de pecuária leiteira pode se tornar uma tecnologia chave para a mitigação das mudanças climáticas. “Resultados de experimentos de longo prazo nesta área são importantes para regiões tropicais e subtropicais e precisam ser realizados, mesmo sendo bastante onerosos e laboriosos”, acrescenta.

Fonte: Portal Agro em Dia

SECA ESTÁ AINDA MAIS INTENSA NO RIO GRANDE DO SUL

Entre dezembro e janeiro, a seca teve um abrandamento no Paraná. Durante o período a severidade do fenômeno se manteve estável em Santa Catarina, onde houve seca fraca em 28% do estado nesse período. Já no Rio Grande do Sul a seca se intensificou entre dezembro e janeiro, quando foi registrado o aparecimento de seca extrema em 21% do território gaúcho – a condição mais severa do País. Considerando o Sul como um todo, o fenômeno se agravou na região, devido à seca extrema registrada no Rio Grande do Sul.

Na comparação entre os dois meses, em termos de área com seca, o Paraná teve uma redução da extensão do fenômeno de 31% para 22% do estado. Em Santa Catarina a seca se manteve em 28% de seu território entre dezembro e janeiro. Já no Rio Grande do Sul, o fenômeno se manteve presente em 100% do território gaúcho nesse período. Saiba mais sobre os destaques dos três estados do Sul acompanhados pelo Monitor de Secas.

Conforme os dados divulgados pelo Monitor de Secas, em relação ao cenário nacional, entre dezembro e janeiro, em termos de severidade da seca, houve uma intensificação do fenômeno no Amazonas, Rio Grande do Sul e Rondônia. Em outros sete estados, a seca ficou mais branda: Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Tocantins. Sete unidades da Federação ficaram livres do fenômeno em janeiro: Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Pernambuco, Piauí e Sergipe. A seca ficou estável em termos de severidade em seis estados: Acre, Ceará, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Santa Catarina. Já em Alagoas a seca voltou a ser registrada em janeiro.

Na comparação entre os dois meses, nove estados registraram a diminuição da área com seca: Amazonas, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins. Na Bahia, Distrito Federal e Espírito Santo o fenômeno deixou de ser registrado em janeiro e as três unidades da Federação se juntaram a quatro estados nordestinos que seguiram livres de seca: Maranhão, Pernambuco, Piauí e Sergipe. No Acre, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rio Grande do Sul e Santa Catarina as áreas com seca se mantiveram estáveis em janeiro, enquanto a extensão do fenômeno se ampliou no Rio Grande do Norte e em Rondônia. Em Alagoas a seca voltou a ser registrada após seis meses sem registro do fenômeno no estado. Dois estados registraram seca em 100% do território em janeiro: Acre e Rio Grande do Sul; sendo que para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca.

Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de janeiro, seguido por Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul e São Paulo. No total, entre dezembro e janeiro, a área com o fenômeno caiu de 3,67 milhões para 3,23 milhões de quilômetros quadrados, o equivalente a 38% do território brasileiro.

Fonte: Agrolink

CHUVA EM MARÇO AINDA SERÁ FUNDAMENTAL PARA A SAFRA DE VERÃO

Se a chuva no mês de fevereiro era tida como decisiva para o desenvolvimento das principais culturas de verão no Estado, março renova a expectativa por precipitações devido aos plantios tardios nesta safra. Por causa da estiagem, parte das lavouras foi plantada fora de época, jogando para frente etapas decisivas.

— De fato, as plantações tardias também tornam o mês de março importante para as culturas, especialmente a soja. Vamos ter muitas áreas em fase de enchimento de grãos neste mês — explica o assessor da Diretoria Técnica da Emater, Elder Dal Prá.

De acordo com o último informativo conjuntural da Emater, divulgado semanalmente, 51% das lavouras na safra atual estavam na fase de enchimento de grãos. A maior necessidade hídrica das plantas está a partir da floração (fase anterior ao enchimento de grãos), estágio de 34% das lavouras no Estado na semana passada.

Meteorologista da secretaria da Agricultura e coordenador do Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro), Flávio Varone adianta que a tendência para o mês é de chuvas mais dentro da normalidade, em maior frequência que nos dois primeiros meses do ano, quando a estiagem e as altas temperaturas castigaram as lavouras.

— Traz uma situação melhor, mas não dá para criar muita expectativa porque ainda não é em volume suficiente para encher os reservatórios. Mas a tendência é de retorno da umidade, trazendo chuva mais dentro do que é considerado normal — projeta Varone.

Em relação às temperaturas, não há perspectiva de ondas de calor prolongadas, o que também é recebido com alívio. Os dias de calorão dificultam a absorção da água pelo solo, já que a chuva evapora rapidamente e isso impede a recuperação da terra. Segundo Varone, março deve acentuar a amplitude térmica ao longo dia, com os termômetros diminuindo mais à noite.

— No geral, os períodos extensos de calor não devem ocorrer. A normalidade de março é isso: ainda faz calor e não é um mês de grandes chuvas no Rio Grande do Sul, mas não deve ser parecido com os meses anteriores, recuperando alguns volumes — diz o meteorologista.

Importante é que o mês de fevereiro se despediu com boas notícias para uma parte significativa de produtores. As últimas semanas do mês tiveram precipitações em maior volume, amenizando a situação da estiagem em muitas regiões.

O assessor técnico da Emater lembra que esta estiagem está bastante desparelha, com diferenças até mesmo nos municípios e um quadro diverso no Estado como um todo. A chuva, neste momento, permanece sendo importante nas áreas que foram mais castigadas, bem como nas áreas onde os plantios foram feitos mais tarde, a exemplo das regiões de Bagé, Santa Rosa, e a Central.

Fonte: Zero Hora

A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL MANTÉM O MOVIMENTO FORTE E ATUANTE

A Contribuição Sindical dos(as) Agricultores(as) Familiares é realizada para o Sistema Confederativo – CONTAG – Fetag-RS e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ela é devida por toda a categoria, trabalhadores(as) ou empregados(as). Ou seja, todos aqueles que são trabalhadores rurais e não possuem empregados e exercem a atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, sendo proprietário, arrendatário, parceiro, meeiro ou comodatário.

Para o tesoureiro-geral da Fetag-RS, Agnaldo Barcelos, a Contribuição Sindical é uma das formas de manter o Movimento Sindical atuante, forte e em constante luta para assegurar o direito dos agricultores familiares. Agnaldo reitera que embora a Contribuição seja facultativa, é uma obrigação dos agricultores(as), pois quando da conquista de um benefício para a classe todos recebem as melhorias.

O valor da Contribuição Sindical da Agricultura Familiar referente ao exercício 2023 é de R$ 44,00 (quarenta e quatro reais) por membro do grupo familiar.