INFORMATIVOS

INFORMATIVO N° 1.704

INFORMATIVO N° 1.704

REDACÃO: Hoana Talita Gehlen/Eduardo Oliveira

DATA: 23/3/2023

SITE: www.fetagrs.org.br

Informativo desta quinta-feira está no ar!

Notícias da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul e dos 316 Sindicatos dos Trabalhadores Rurais filiados.  Disponível em todo o Estado com informações para o agricultor, agricultora e pecuarista familiar.

Lembrete: você associado ou associada que não solicitou sua cartela para concorrer aos prêmios da campanha dos 60 anos da Fetag-RS, procure seu Sindicato e busque informações!

Serão mais de R$ 200.000,00 em prêmios.

MOBILIZAÇÃO NO DIA 30 DE MARÇO EM PORTO ALEGRE

Na terça-feira (21), a diretoria da Fetag-RS reuniu-se por videoconferência com coordenadores(as) regionais e definiu formato da mobilização que será realizada em Porto Alegre no próximo dia 30 de março.

A mobilização se faz necessária devido à falta de respostas por parte dos governos do Estado e da União para as pautas restantes da estiagem, já que as medidas anunciadas até o momento são insuficientes.

Os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais estão mobilizando seus quadros de associados para levar um grande número de pessoas até a capital.

SUL DO BRASIL PERMANECE EM ALERTA MÁXIMO PARA GRIPE AVIÁRIA

Nos últimos meses, tem havido um aumento nos focos de gripe aviária em países da América do Sul, o que tem gerado tensão no setor avícola brasileiro.

Órgãos de defesa agropecuária e entidades ligadas ao setor reforçam a importância do rigor nas barreiras sanitárias dentro dos aviários e projetam o cenário caso o Brasil entre na lista de países com ocorrências da doença.

O estado do Paraná é especialmente vulnerável, uma vez que responde por 40,8% do volume exportado de carne de frango pelo Brasil, com um grande número de aves abatidas e embarcadas a cada ano.

Com o período de pico de aves migratórias se aproximando, é provável que a doença chegue ao país, embora a infecção deva atingir apenas aves silvestres, cujo impacto é menor.

Mapeamento de riscos

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) afirma que o estado está preparado para lidar com possíveis focos da doença.

A vigilância ativa nas propriedades comerciais e de subsistência é intensa, e o estado mantém o nível de amostras colhidas no ano passado.

O Laboratório de Ecologia e Conservação da UFPR enfatiza a importância da fauna marinha como um sentinela e um indicador da presença do vírus.

Embora a gripe aviária represente uma grande tensão sanitária para a cadeia avícola brasileira, o país está buscando se adequar e adaptar-se a essa situação.

Impactos na avicultura brasileira

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) lembra que a infecção de aves silvestres e de subsistência em um determinado local tem um impacto menor, já que não interfere no status sanitário do país para efeitos de comércio internacional.

No entanto, se houver foco em plantéis comerciais, o efeito é mais crítico, apesar da capacidade de reação rápida na solução da contaminação constar no plano de ação dos estados.

A certificação de status livre em todo o território nacional não é unanimidade dos mercados importadores.

Segundo Sula Alves, diretora de mercado da ABPA, hoje muitos mercados não exigem mais a ausência de influenza aviária em todo o país, mas sim na granja de proveniência na região em um raio de 10 quilômetros a partir do foco.

Portanto, embora seja uma doença de grande preocupação, a situação atual já não é como era em anos anteriores.

No Rio Grande do Sul, que está na divisa com a Argentina e Uruguai e tem casos em um raio de 100 km, a Divisão de Defesa Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura do Estado mantém ações permanentes contra a doença.

Equipes monitoram aves migratórias com uso de drones e realizam testes sanitários.

Além disso, foram fiscalizadas 347 granjas e coletadas amostras, e não houve detecção do vírus em nenhuma delas.

Rosane Collares, diretora de vigilância e defesa sanitária animal da Seapi/RS, afirmou que ampliaram muito as áreas de vigilância, com 26 equipes a campo buscando a ausência da comprovação da circulação viral em março.

É importante notificar imediatamente o serviço veterinário oficial ao notar qualquer alteração, já que a influenza aviária se caracteriza por sinais nervosos e respiratórios, que também são sintomas de várias outras enfermidades.

No Estado, a atenção está nas aves de subsistência, que são criadas soltas no pátio para consumo das famílias. A orientação é prendê-las para que não se contaminem e possam transmitir para os plantéis comerciais.

Isso vale para todas as espécies, como galinhas caipiras, poedeiras, patos, codornas e perus, por exemplo. A atividade ocupa o segundo lugar no valor bruto da produção do estado, ficando somente atrás da soja.

Em Santa Catarina, estão sendo adotadas medidas para orientar a cadeia produtiva e realizar testes, além de suspender exposições de aves.

A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola (Cidasc) também está capacitando os médicos veterinários para detectar a doença de forma mais rápida.

De acordo com Diego Severo, diretor de Defesa Agropecuária da Cidasc, estão sendo mapeadas todas as propriedades que estão em volta dos locais de maior risco, como a foz do rio Araranguá e do rio Itajaí.

Além disso, estão fazendo uma campanha de comunicação para conscientizar a população sobre os cuidados necessários para evitar a disseminação da doença.

Fonte: Canal Rural

DIFERENÇAS ENTRE EL NIÑO E LA NIÑA MARCAM MUDANÇAS CLIMÁTICAS

 

Depois de três anos sendo protagonista de muitos eventos climatológicos, o La Niña sai de cena e, aos poucos, o El Niño se prepara para chegar. O anúncio do fim de La Niña foi feito no dia 9 de março pela Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA) e já vinha sendo previsto desde o início deste ano, devido às condições atmosféricas e oceânicas. Ainda que, no momento, estejamos em um período de neutralidade, o El Niño já é esperado e, com isso, alguns padrões de clima devem mudar.

Tanto um, quanto outro, são fenômenos atmosféricos caracterizados, principalmente, pelas condições de temperatura no Oceano Pacífico. Segundo o meteorologista da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Murilo Machado Lopes, quando as águas na região equatorial do Oceano Pacífico aquecem pelo menos 0,5°C por alguns dias, significa a chegada do fenômeno El Niño. Já quando as águas esfriam, é sinal de La Niña.

Conforme a Climatempo, o El Niño pode durar até um ano e vem com intensidade maior do que eventos de La Niña. É como se a energia mais duradouro do segundo fosse concentrada em um período mais curto no primeiro. O La Niña não tem tanta intensidade, mas dura mais. Um exemplo pode ser a estiagem que atingiu o RS nos últimos anos. Já o El Niño, por sua vez, tem intensidade moderada, por vezes forte, mas com duração menor.

— Geralmente temos um La Niña durador depois de um El Niño forte, mas esse último foi um evento raro. Não tivemos um El Niño forte antecedendo, e mesmo assim ficamos com três anos de La Niña. Mas não é porque tivemos esse período atípico que conseguimos prever como será o próximo fenômeno. Ainda é cedo para saber qual será a intensidade do El Niño, que deve começar na primavera — acrescenta Lopes.

Características do El Niño e do La Niña

Em período de neutralidade, o padrão climático do Rio Grande do Sul será de temperaturas e precipitações dentro da média esperada. Isso indica, de acordo com o professor de climatologia do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Francisco Eliseu Aquino, que nos próximos meses o Estado deverá receber chuva regular, o que é um cenário mais positivo do que o visto pelos gaúchos nos últimos meses.

A estiagem no Rio Grande do Sul é uma marca do La Niña, uma vez que o fenômeno diminui o volume e frequência da chuva, aumentando a seca. Já o El Niño traz para os gaúchos aumento de temperaturas e de precipitações, podendo causar situações de enchente e inundação, por exemplo. Os fenômenos têm efeitos quase que opostos.

— Em anos de La Niña, existe a tendência de diminuir a precipitação no sul do Brasil e na direção centro-sul da Argentina, enquanto chove acima da média no norte da Região Amazônica. Quando tem El Niño, aumenta a precipitação no sul do Brasil, em especial no Rio Grande do Sul, mas no norte do Amazonas e na direção da América Central, fica mais seco — complementa Aquino.

Para o professor, que também é pesquisador do Centro Polar e Climático da Universidade, os últimos anos de El Niño foram intensos. O registrado nos anos de 1997 e 1998 é conhecido como um dos mais intensos do século. Já um dos últimos, de 2015 e 2016, ficou responsável por fazer com que 2016 fosse definido como um dos anos mais quentes da história, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM).

— É possível que, entre 2023 e 2024, observemos um dos anos mais quentes do século, porque o El Niño favorece para o aumento das temperaturas, junto com outros fatores.  Os eventos não param de se superar, então agora, começando na primavera, podemos ter um El Niño moderado mas com impactos iguais a um El Niño forte — conclui.

 

A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL MANTÉM O MOVIMENTO FORTE E ATUANTE

A Contribuição Sindical dos(as) Agricultores(as) Familiares é realizada para o Sistema Confederativo – CONTAG – Fetag-RS e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ela é devida por toda a categoria, trabalhadores(as) ou empregados(as). Ou seja, todos aqueles que são trabalhadores rurais e não possuem empregados e exercem a atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, sendo proprietário, arrendatário, parceiro, meeiro ou comodatário.

Para o tesoureiro-geral da Fetag-RS, Agnaldo Barcelos, a Contribuição Sindical é uma das formas de manter o Movimento Sindical atuante, forte e em constante luta para assegurar o direito dos agricultores familiares. Agnaldo reitera que embora a Contribuição seja facultativa, é uma obrigação dos agricultores(as), pois quando da conquista de um benefício para a classe todos recebem as melhorias.

O valor da Contribuição Sindical da Agricultura Familiar referente ao exercício 2023 é de R$ 44,00 (quarenta e quatro reais) por membro do grupo familiar.