INFORMATIVO N° 1.706

REDACÃO: Hoana Talita Gehlen/Eduardo Oliveira

DATA: 04/04/2023

SITE: www.fetagrs.org.br

 

Informativo desta quinta-feira está no ar!

Notícias da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul e dos 316 Sindicatos dos Trabalhadores Rurais filiados.  Disponível em todo o Estado com informações para o agricultor, agricultora e pecuarista familiar.

Lembrete: você associado ou associada que não solicitou sua cartela para concorrer aos prêmios da campanha dos 60 anos da Fetag-RS, procure seu Sindicato e busque informações!

Serão mais de R$ 200.000,00 em prêmios.

 

AGRICULTORES(AS) SAEM AS RUAS DE PORTO ALEGRE PARA COBRAR MEDIDAS DA ESTIAGEM

Cansados (as) de esperar por medidas estaduais e federais para a estiagem, mais de 2.500 agricultores(as) e pecuaristas familiares vieram até Porto Alegre para cobrar dos governos as tão aguardadas e fundamentais medidas para a minimizar os prejuízos provocados pela estiagem.

A mobilização, organizada pela Fetag-RS e pelos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais teve início às 6h da manhã, quando agricultores(as) e pecuaristas familiares desembarcam em frente à sede da Superintendência do Ministério da Agricultura. O grupo permaneceu em protesto pacífico durante toda a manhã.

A tarde, com o apoio da Brigada Militar e da EPTC, o grupo seguiu em caminhada até a Praça da Matriz, onde ficam a Assembleia Legislativa e o Palácio Piratini, sede do governo estadual. Enquanto a manifestação ordeira acontecia, uma representação da Fetag-RS e dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais foi recebida pelo governador do Estado, Eduardo Leite, pelo secretário-chefe da Casa Civil, Arthur Lemos, e pelo secretário do Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini.

Enquanto a mobilização acontecia em Porto Alegre, em Brasília, sob liderança da Contag, uma equipe da Fetag-RS participou de diversas audiências, dentre elas com o vice-presidente da república, Geraldo Alckmin, em que foi entregue a pauta do Grito da Terra Nacional e em que foi cobrado respostas para a pauta federal da estiagem. Oportunidade em que vice-presidente, Geraldo Alckmin acolheu a pauta e se comprometeu em discutir no centro de governo.

A pressão do movimento sindical ao longo dos últimos meses surtiu efeito e o governador do Estado, Eduardo Leite, fez anúncios importantes sobre a pauta da Fetag-RS a respeito da estiagem e sobre pautas futuras,

Entre os anúncios feitos pelo Governador Eduardo Leite em cima do carro de som, estão a anistia do Programa Troca-Troca de Sementes; a prorrogação do até agosto dos vencimentos para encontrar um caminho jurídico que permita a anistia do programa Troca-Troca Forrageiras, caso não sendo possível, assumiu o compromisso de ampliar o desconto que hoje é de 30%, a Fetag-RS está solicitado desconto de 90%; a criação de um grupo de trabalho formado pela Fetag-RS e pela secretaria do Desenvolvimento Rural para discutir a respeito de programas a serem implementados futuramente a exemplo de uma linha de crédito, dentro de um Plano Safra Estadual para fomentar a conservação de solo e preservação de água nas propriedades da agricultura familiar e subsidiar os juros do Pronaf.

Além de anunciar o pagamento da parcela do SOS Estiagem para agricultores que eram beneficiados e não estavam na lista, cerca de 700 famílias serão beneficiadas. O governador Eduardo Leite também assumiu o compromisso de aumentar o recurso para a realização de feiras no estado e também a ampliação da disponibilização de recursos para o Bolsa Jovem.

Depois de receber um balde de água fria, sem anúncios do governo federal, os agricultores(as) presentes na mobilização, acordaram em assembleia que dão o prazo de 15 dias para o governo federal fazer anúncios da pauta entregue, caso contrário, retornarão para a rua em pontos estratégicos do estado.

Para o presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva “os anúncios do governo do estado foram importantes, atenderam parcialmente a pauta da Fetag-RS e nós continuaremos cobrando para a efetivação das medidas. Sobre o governo federal, a nossa cobrança daqui pra frente será ainda mais forte. Nossa mobilização ecoou em Brasília, mas parece que o governo não se sensibilizou e nós enquanto federação, vamos ouvir a voz dos agricultores que clamam por respostas”.

 

CONTROLAR DOENÇAS DO TRIGO É PRIORIDADE

O controle de doenças do trigo deve ser priorizado em 2023, frente a cenário favorável projetado para o mercado do cereal, porque trará mais competitividade ao produtor, em um ciclo que tende novamente a favorecer exportações. De acordo com José de Freitas, engenheiro agrônomo da área de desenvolvimento de mercado da Sipcam Nichino Brasil, é preciso um esforço para alertar o produtor.

“No momento em que o conflito no Leste europeu tende ao prolongamento, e as exportações do cereal devem continuar favorecidas, o manejo correto de doenças da cultura constituirá uma ferramenta indispensável para obter altas produtividades e competitividade do produtor”, comenta.

A projeção do agrônomo para o trigo está ancorada também no comportamento do mercado de defensivos destinados ao cereal em 2022. Tais produtos totalizaram R$ 2,4 bilhões em vendas naquele período, um crescimento de 60% frente ao ciclo 2021 (R$ 1,5 bilhão). Os indicadores são do levantamento FarmTrak Trigo, da consultoria Kynetec. Segundo Freitas, a exemplo do ano passado, a área cultivada com trigo deverá aumentar, assim como impulsionar novos embarques do cereal rumo ao exterior. Em 2022, as exportações atingiram 2,5 milhões de toneladas.

Para Freitas, o produtor não pode descuidar, ainda, do monitoramento de lavouras tendo em vista a incidência da ferrugem-da-folha (Puccinia triticina), “possivelmente a mais conhecida doença da triticultura”, que pode comprometer cerca de 50% a 70% do potencial de uma área. “Recentemente Domark Excell registrou o maior índice de controle do oídio, da ordem de 90%, em um estudo feito no Paraná. Além de evitar danos, o manteve o trigo com alto potencial produtivo. Este produto se converteu numa referência tecnológica de excelência ante o oídio e à ferrugem-da-folha nas últimas quatro safras, ideal para as primeiras aplicações.”

 

Fonte: Agro Link

 

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A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL MANTÉM O MOVIMENTO FORTE E ATUANTE

A Contribuição Sindical dos(as) Agricultores(as) Familiares é realizada para o Sistema Confederativo – CONTAG – Fetag-RS e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ela é devida por toda a categoria, trabalhadores(as) ou empregados(as). Ou seja, todos aqueles que são trabalhadores rurais e não possuem empregados e exercem a atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, sendo proprietário, arrendatário, parceiro, meeiro ou comodatário.

Para o tesoureiro-geral da Fetag-RS, Agnaldo Barcelos, a Contribuição Sindical é uma das formas de manter o Movimento Sindical atuante, forte e em constante luta para assegurar o direito dos agricultores familiares. Agnaldo reitera que embora a Contribuição seja facultativa, é uma obrigação dos agricultores(as), pois quando da conquista de um benefício para a classe todos recebem as melhorias.

O valor da Contribuição Sindical da Agricultura Familiar referente ao exercício 2023 é de R$ 44,00 (quarenta e quatro reais) por membro do grupo familiar.