INFORMATIVOS

INFORMATIVO N° 1.709

INFORMATIVO N° 1.709

REDACÃO: Hoana Talita Gehlen/Eduardo Oliveira

DATA: 20/4/2023

SITE: www.fetagrs.org.br

Informativo desta quinta-feira está no ar!

Notícias da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul e dos 316 Sindicatos dos Trabalhadores Rurais filiados.  Disponível em todo o Estado com informações para o agricultor, agricultora e pecuarista familiar.

Lembrete: você associado ou associada que não solicitou sua cartela para concorrer aos prêmios da campanha dos 60 anos da Fetag-RS, procure seu Sindicato e busque informações!

Serão mais de R$ 200.000,00 em prêmios.

 

AGRICULTURA FAMILIAR COLHE FRUTOS APÓS MAIS UMA MOBILIZAÇÃO

Sem respostas do governo federal desde a mobilização realizada em Porto Alegre, a Fetag-RS e os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais convocaram, nesta quarta-feira (19), agricultores(as) e pecuaristas familiares em todo o Estado para mais um dia de luta por seus direitos. Quinze municípios de diferentes regiões foram palco de caminhadas e fechamento de agências bancárias, públicas e privadas.

A categoria segue em busca de respostas para a pauta da estiagem. Até o momento, os anúncios do governo federal são considerados importantes, mas insuficientes para atender as necessidades da agricultura e da pecuária familiar.

Enquanto as mobilizações aconteciam no Estado, da Fetag-RS, representada pelo vice-presidente Eugênio Zanetti, pelo engenheiro agrônomo Kaliton Prestes e pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Caçapava do Sul e coordenador da Regional Sindical Santa Maria, Lasier Teixeira, e o presidente do Sindicato do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de São Lourenço do Sul, Valnei Brose, além do assessor de política agrícola da Contag, Décio Siebert, participaram do lançamento da Frente Parlamentar da Agricultura Familiar, que é presidida pelo deputado federal gaúcho Heitor Schuch, em Brasília. O ato contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira. Após mais cobranças da Fetag-RS e da Contag, o ministro anunciou que haverá desconto nas dívidas dos(as) agricultores(as) e pecuaristas familiares. Ainda não se sabe quais serão os enquadramentos necessários e nem o valor do desconto.

A proposta será discutida em reunião entre o governo e as entidades marcada para ocorrer ainda hoje.

De acordo com o presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, “as mobilizações de hoje ecoaram em Brasília. A pressão da Fetag-RS, da Contag, dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais e dos(as) agricultores(as) e pecuaristas familiares foi fundamental para que o governo se manifestasse. Agora, vamos discutir a proposta do governo e, caso não seja suficiente, vamos nos mobilizar novamente”.

A Fetag-RS agradece a todos(as) agricultores(as) e pecuaristas familiares que saíram as ruas hoje para buscar seus direitos e ressalta que a mobilização de hoje não era contra os bancos, e sim a favor da agricultura e da pecuária familiar.

 

MAIS INOCULAÇÃO, MENOS INSETICIDAS E FUNGICIDAS

A prática da inoculação pode reduzir o uso de inseticidas e fungicidas nas lavouras, de acordo com acordo com Heitor Dias, coordenador de pesquisa da Tropical Melhoramento & Genética (TMG). “Isso reduz o uso de inseticidas e fungicidas, que são nocivos ao meio ambiente, e aumentam as chances de uma lavoura altamente produtiva”, explica o pesquisador.

De acordo com ele, as técnicas de inoculação podem ser aplicadas em fases diferentes do desenvolvimento de cultivares, mas o mais comum é fazer logo após as primeiras hibridações a fim testar se as plantas que se originam dos cruzamentos apresentam resistência a algumas doenças e climas. Os pesquisadores expõem as plantas em casas de vegetação e patógenos as atacam para que isso sejam avaliadas.

“As plantas são levadas para as casas de vegetação, onde são expostas a patógenos comuns para cada cultura em ambientes que simulam as mais diversas condições climáticas encontradas nas lavouras, com o intuito de estimular o desenvolvimento das doenças”, diz ele.

Nesse cenário, ele afirma que a genética é fundamental nessa análise, assim será possível conferir de que forma a planta se torna mais eficiente e consegue ser resistente. Isso colabora também com a pesquisa individualizada em vários lugares do Brasil. “A partir disso, é possível identificar os genes que contribuem para tornar a planta mais resistente a alguma doença e/ou condição climática e aprofundar os estudos até chegarmos a cultivar desejada para as diversas regiões do Brasil”, conclui o pesquisador responsável.

Atualmente, a TMG realiza cerca de 700 mil inoculações por ano. “É importante frisar que como os fungos, bactérias, vírus e nematoides apresentam mutações ao longo do tempo, atualizamos constantemente nossa base de patógenos. Esse é um cuidado que precisamos ter para desenvolver as cultivares que atendam demandas atuais e não antigas”, completa.

Fonte: Agrolink

 

FALTA DE DEMANDA DERRUBA MILHO NO MERCADO EXTERNO

No mercado internacional de milho, a queda nos prêmios significa falta de demanda externa no curto prazo, de acordo com informações da TF Agroeconômica. “Os prêmios permaneceram a $16 cents/bushel para julho23; recuaram 6 cents para ago/23 recuaram para $40, recuaram 11 cents para $37 em setembro e recuaram 18 cents para US$ 45 para outubro”, comenta.

“A forte queda nos prêmios, não apenas no Brasil, mas também na Argentina sinaliza a falta de demanda externa para o produto, que está concentrada nos EUA, no momento. Na Bolsa de Dalian, na China as cotações do milho vêm caindo $107 yuan/tonelada desde janeiro último, ou 3,75%, refletindo a menor demanda do setor de carnes do país, conforme acompanhamento diário feito pela TF neste boletim (vide abaixo). Ontem a Administração Geral de Alfândegas da China (Gacc) informou que o país importou 2,19 milhões de toneladas de milho em março, queda de 9,2% na comparação com igual mês do ano passado”, completa.

O mercado brasileiro provavelmente não vai elevar os preços do milho paraguaio. “O mercado ainda está tentando se recuperar após as mínimas da semana passada. Muitos compradores ainda estão sem indicações, enquanto os vendedores esperam, torcendo para que seja algo momentâneo. Mas a realidade é que, se o Brasil não tiver problemas com a produção de inverno, a oferta do cereal na região será muito abundante e os preços podem continuar pressionados. A indústria local segue atenta às ofertas, em patamares razoáveis, e os números podem se ajustar bem melhor que o mercado Brasileiro”, indica.

Fonte: Agrolink

 

 

A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL MANTÉM O MOVIMENTO FORTE E ATUANTE

A Contribuição Sindical dos(as) Agricultores(as) Familiares é realizada para o Sistema Confederativo – CONTAG – Fetag-RS e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ela é devida por toda a categoria, trabalhadores(as) ou empregados(as). Ou seja, todos aqueles que são trabalhadores rurais e não possuem empregados e exercem a atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, sendo proprietário, arrendatário, parceiro, meeiro ou comodatário.

Para o tesoureiro-geral da Fetag-RS, Agnaldo Barcelos, a Contribuição Sindical é uma das formas de manter o Movimento Sindical atuante, forte e em constante luta para assegurar o direito dos agricultores familiares. Agnaldo reitera que embora a Contribuição seja facultativa, é uma obrigação dos agricultores(as), pois quando da conquista de um benefício para a classe todos recebem as melhorias.

O valor da Contribuição Sindical da Agricultura Familiar referente ao exercício 2023 é de R$ 44,00 (quarenta e quatro reais) por membro do grupo familiar.