INFORMATIVOS

INFORMATIVO N° 1.711

INFORMATIVO N° 1.711

REDACÃO: Hoana Talita Gehlen/Eduardo Oliveira

DATA: 27/4/2023

SITE: www.fetagrs.org.br

Informativo desta quinta-feira está no ar!

Notícias da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul e dos 316 Sindicatos dos Trabalhadores Rurais filiados.  Disponível em todo o Estado com informações para o agricultor, agricultora e pecuarista familiar.

Lembrete: você associado ou associada que não solicitou sua cartela para concorrer aos prêmios da campanha dos 60 anos da Fetag-RS, procure seu Sindicato e busque informações!

Serão mais de R$ 200.000,00 em prêmios.

FETAG-RS LANÇA PODCAST SOBRE AGRICULTURA E PECUÁRIA FAMILIAR

A Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS) lança nesta sexta-feira (28), às 19h, em seu canal no YouTube, o Raiz Cast, um podcast voltado a tratar sobre os principais temas da agricultura e da pecuária familiar.

O projeto do Raíz Cast faz parte das comemorações dos 60 anos da Fetag-RS, que serão comemorados em 6 de outubro de 2023. A cada quinze dias, o programa será disponibilizado nos formatos de áudio no Spotify e em vídeo no YouTube (https://www.youtube.com/@Fetag-rs).

Com o podcast, a Fetag-RS inova seu processo de comunicação com os mais de 200 mil associados(as) dos 315 Sindicatos dos Trabalhadores Rurais a ela filiados atingindo plataformas que a cada dia se tornam mais populares também no meio rural e tornando-se a primeira entidade representativa da agricultura familiar a adotar o modelo. A cada programa diferentes convidados dialogarão sobre assuntos relacionados ao setor produtivo, com uma abordagem simples, direta e que estabeleça laços entre os meios urbano e rural.

Falando em nome da diretoria, o presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, diretor responsável pelo departamento de comunicação, afirma que “é preciso fazer com que a informação chegue até as pessoas utilizando-se de todos os canais disponíveis. Nos últimos anos, o formato de podcast ganhou força e o(a) agricultor(a) também consome esse tipo de conteúdo, principalmente a juventude rural, que ainda não tinha algo que falasse a sua língua”.

Para que a iniciativa fosse viável financeiramente, a Fetag-RS conta com o patrocínio da plataforma Broto, do Banco do Brasil.

AGRICULTURA ATUALIZA ZONEAMENTO AGRÍCOLA DE RISCO CLIMÁTICO PARA A SOJA

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou nesta quarta-feira (26) as Portarias Nº 73, 76, 77 e 80, que atualizam o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para a cultura da soja na Bahia, Mato Grosso do Sul, Acre e Distrito Federal. As portarias dos demais estados deverão ser publicadas nos próximos dias.

O Zarc é uma ferramenta de análise do risco que auxilia a tomada de decisão no campo, considerando a probabilidade de ocorrência de adversidades climáticas baseada numa série histórica de dados climáticos, além de características da cultura e do solo.

No caso da soja, foram definidas as áreas e os períodos de semeadura, simulando probabilidades de perdas de rendimento inferiores a 20%, 30% e 40%, devido à ocorrência de eventos meteorológicos adversos, principalmente seca durante a fase reprodutiva da planta. “Porém, é importante ressaltar que o Zarc não estabelece os períodos e os locais de semeadura com maior probabilidade de obtenção dos maiores rendimentos”, explica o pesquisador José Renato Bouças Farias, da Embrapa Soja.

Novos parâmetros e fatores de risco foram considerados, associando questões hídricas e térmicas, inclusive, a probabilidade de ocorrência de geadas. Foram introduzidas ainda nova abordagem dos riscos associados à água disponível no solo, o que permitirá, em breve, vincular também conceitos de manejo do solo e dos sistemas produtivos. Segundo o pesquisador, as Portarias do Zarc-Soja para a safra 2023/24 são as primeiras a contemplar essa nova metodologia.

Os estudos para o desenvolvimento da nova versão do Zarc para a soja foram iniciados em 2021 e validados em reuniões regionais e estaduais, em 2022, realizadas junto aos principais atores da cadeia produtiva da soja.

Novo sistema de classificação da água disponível do solo

A principal atualização nessa versão do Zarc Soja é o novo sistema de classificação de solos que deixa de utilizar o tradicional sistema de solos “Tipo 1”, “Tipo 2” e “Tipo 3” e passa a adotar uma nova metodologia que define seis classes de água disponível (AD1, AD2, AD3, AD4, AD5, AD6). Nesse sistema, a classe de AD do solo é determinada com base na sua composição textural completa, ou seja, com os teores de areia, silte e argila. No sistema antigo, os tipos do solo eram estabelecidos, basicamente, pelo teor de argila.

A água disponível (AD) do solo deve ser estimada para cada área de produção, a partir da sua composição textural determinada por análise de solo padrão. A estimativa é feita através do uso de uma equação (função de pedotransferência), devidamente ajustada para os distintos solos brasileiros, resultado de pesquisas recentes da Embrapa sobre o assunto (Boletim de Pesquisa 272 – Embrapa Solos(1), Comunicado Técnico 135 – Embrapa Agricultura Digital(2)). O Zarc Soja – 06ADs apresenta maior precisão nas estimativas de risco de déficit hídrico e uma melhor representação da realidade nos diferentes solos brasileiros em comparação aos três tipos utilizados anteriormente.

Todos as novas atualizações de Zarc geradas a partir de 2022 já utilizam o sistema 06ADs. Porém, a maioria dos Zoneamentos já publicados, continuarão com os resultados em “3 solos”, até serem gradualmente substituídos pelas novas versões atualizadas para o sistema 06ADs. A soja é a primeira cultura que passa a vigorar com esse novo formato.

Disponibilidade hídrica e produtividade da soja

De acordo com Farias, a soja é uma cultura com ampla adaptabilidade ao clima e aos solos brasileiros, nos dois lados da linha do equador. Dos elementos climáticos que mais influenciam o desenvolvimento e a produtividade da soja, a disponibilidade hídrica é a que mais afeta o rendimento de grãos. Com relação às necessidades de água para o cultivo da soja, Farias afirma que o ideal seria em torno de 450 a 800 mm de água disponível ao longo de toda a estação de crescimento da cultura, variável em função do ciclo da cultivar, do desenvolvimento das plantas e das condições climáticas da região.

Para a soja apresentar um bom desempenho, o pesquisador afirma que a cultura necessita de volumes adequados de água e boa distribuição durante as fases mais críticas. “Tão ou mais importante até que o volume total de água é a distribuição das chuvas ao longo do ciclo. As fases mais sensíveis ao déficit hídrico ocorrem durante o período de semeadura-germinação-emergência e, principalmente, da floração ao enchimento de grãos, quando a seca afeta consideravelmente o rendimento das lavouras”, destaca Farias.

A chuva é a principal fonte de água para a maior parte da produção brasileira de soja, tanto que a área irrigada com soja ainda é insignificante. “É importante destacar que as práticas agrícolas que favorecem a melhor estruturação do solo e o aprofundamento do sistema radicular contribuem para incrementar a disponibilidade de água no solo, principalmente, em momentos de precipitação insuficiente”, ressalta o pesquisador.

Acesso ao Zarc

Os resultados estão disponíveis na plataforma Painel de Indicação de Riscos, nas portarias de Zarc por estado e no aplicativo móvel Zarc Plantio Certo, disponível nas lojas de aplicativos iOS e Android.

Desde 2022 o aplicativo Zarc Plantio Certo permite testar o novo sistema de classificação em 06ADs em alguns Estados. A partir de abril de 2023, a opção para teste foi disponibilizada para todos os estados.

Para testar, após abrir o aplicativo, basta selecionar o município de interesse e, na seleção de culturas, escolher a opção para testes “TESTE para 6 Ads” no final da lista. Depois disso, é possível acionar o botão “Solo”, informar os teores de areia, silte e argila. Ao informar os teores, o aplicativo informa qual a classe de AD correspondente.

Após a publicação do Zarc Soja 6ADs, os mesmos testes poderão ser feitos diretamente ao selecionar “Soja” na lista de culturas, para os estados com Zarc Soja.

Fonte: Agro em Dia

COMO “LIVRAR” A PECUÁRIA DO EL NIÑO?

Não é novidade que o El Niño traz bastante chuvas para o inverno da região Sul do Brasil, mas essas chuvas podem atrapalhar um pouco a pecuária. De acordo com coordenador técnico da Wolf Sementes, Edson José de Castro Júnior, as pastagens são muito afetadas.

“Para a região Sul, mais especificamente o Rio Grande do Sul, o fato das chuvas atípicas influenciará na taxa de crescimento das forrageiras tropicais plantadas na região, mas só saberemos se terá impacto positivo após previsões mais acuradas do evento. Chuvas mesmo que atípicas sempre são muito bem-vindas, mas baixas temperaturas e o certeiro baixo fotoperíodo também ditarão o crescimento das forrageiras como um todo. Mas é fato: as plantas mais tolerantes as adversidades serão as que vão se destacar neste período”, comenta.

Uma estratégia é usar forrageiras mais tolerantes às adversidades. “A braquiaria híbrida Mavuno se destaca porque estamos vendo alguns trabalhos científicos mostrando que o híbrido tem um diferencial em tolerar adversidades como a seca (evento que aconteceu no oeste do Rio Grande do Sul com longo veranico).  Com a vinda do El Niño, além das chuvas atípicas, poderão vir eventos de frio extremos também, onde ele poderá se destacar nesse mercado”, completa.

“Dependendo da extremidade do evento climatológico, alguns materiais de forrageiras tropicais perenes podem ou não se destacar. Entre os que destacam está o Mavuno. Com o acontecimento do evento, caberá aos produtores rurais a busca de cultivares mais tolerantes a adversidades, caso do híbrido Mavuno, que tem se destacado largamente neste mercado, tolerando secas e geadas em diferentes partes do nosso país”, conclui.

Fonte: Portal Agrolink

A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL MANTÉM O MOVIMENTO FORTE E ATUANTE

A Contribuição Sindical dos(as) Agricultores(as) Familiares é realizada para o Sistema Confederativo – CONTAG – Fetag-RS e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ela é devida por toda a categoria, trabalhadores(as) ou empregados(as). Ou seja, todos aqueles que são trabalhadores rurais e não possuem empregados e exercem a atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, sendo proprietário, arrendatário, parceiro, meeiro ou comodatário.

Para o tesoureiro-geral da Fetag-RS, Agnaldo Barcelos, a Contribuição Sindical é uma das formas de manter o Movimento Sindical atuante, forte e em constante luta para assegurar o direito dos agricultores familiares. Agnaldo reitera que embora a Contribuição seja facultativa, é uma obrigação dos agricultores(as), pois quando da conquista de um benefício para a classe todos recebem as melhorias.

O valor da Contribuição Sindical da Agricultura Familiar referente ao exercício 2023 é de R$ 44,00 (quarenta e quatro reais) por membro do grupo familiar.