INFORMATIVOS

INFORMATIVO N° 1459

REDACÃO: Hoana Talita Gehlen / Eduardo Oliveira

DATA: 23/07/2020

SITE: www.fetagrs.org.br

Informativo FETAG-RS e Sindicatos dos Trabalhadores Rurais.


Um programa da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul e dos 320 Sindicatos filiados. Transmitido em todo o Estado com informações para o trabalhador e a trabalhadora rural.

 


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ESTA SEMANA COMEMORAMOS O DIA DO COLONO E MOTORISTA!


Parabéns para quem planta, colhe e transporta os alimentos que chegam na mesa dos brasileiros todos os dias!


Feliz Dia do Colono e Motorista!

 

 

 

ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS COMEÇAM A SER INSTALADAS NO RS E VÃO MONITORAR DERIVA DO 2,4 D

 


A instalação das estações meteorológicas que vão monitorar a deriva do 2,4 D começou hoje (22) no Rio Grande do Sul. As duas primeiras estão localizadas em olivais dos municípios de Pinheiro Machado e Piratini. A instalação é uma parceria da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) com o Ministério Público Estadual (MPE), através da Promotoria do Meio-Ambiente.

 

As estações fazem parte do inquérito do 2,4 D, instaurado pelo Ministério Público Estadual (MPE) no ano passado. Elas vão captar os dados atmosféricos para gerar os alertas meteorológicos de deriva, das condições adequadas ou inadequadas de aplicação dos agrotóxicos hormonais.“As estações vão captar os dados de temperatura, vento, umidade, radiação, chuva, entre outros, que vão permitir saber, em tempo real, se houve condições de deriva do 2,4 D”, afirma Flávio Varone, meteorologista da Secretaria.

 

Além disso, os dados gerados vão permitir também estudos mais específicos, como pesquisas na área de olivicultura. No total são 20 estações, construídas através de acordo com recursos de uma empresa de agrotóxicos, e em parceria com produtores, universidades e prefeituras, que cedem o local de instalação."Estamos fazendo um esforço conjunto para que possamos auxiliar os agricultores gaúchos a fazer a aplicação correta dos defensivos agrícolas. Estas estações vão colaborar com o monitoramento e trazer mais segurança ao cultivo nas lavouras do estado", afirma o secretário Covatti Filho.

 

De acordo com o promotor do Ministério Púbico Estadual, Alexandre Saltz, “para o MP o início da operação das estações é um grande avanço, não apenas porque representa o produto de um acordo que foi construído durante uma árdua negociação envolvendo o uso do herbicida hormonal 2,4 D no Estado, mas também porque vai qualificar a prestação de informações à sociedade, aos produtores rurais e vai qualificar os processos de fiscalização e controle do uso de agrotóxicos no Rio Grande do Sul’.

 

Entre as principais culturas sensíveis ao 2,4 D estão a macieira, videira, oliveira, nogueira-pecã, erva-mate, tomate e hortaliças. Nesta safra, das 171 amostras coletadas em 54 municípios para detecção do 2,4 D, 87,13% deram resultado positivo. No ano passado, o índice foi de 85,2%, mas em uma amostra menor, de 81 análises.Várias instruções normativas já foram publicadas pela Secretaria da Agricultura desde o início das denúncias de deriva do 2,4 D no estado em 2019, regulamentando e instituindo processos, como o curso de aplicadores de agrotóxicos, o cadastro de aplicadores, a venda orientada do produto e a declaração de uso.

 

Fonte: Sec. de Agricultura - RS

 

 



FETAG-RS E REGIONAL LITORAL REÚNEM-SE COM AGENTES FINANCEIROS

 

 
Buscando soluções para os problemas causados pelo ciclone bomba que atingiu o litoral norte do Rio Grande do Sul nos dias 30 de junho e 1º de julho, a FETAG-RS e a Regional Sindical Litoral, utilizando ferramenta de videoconferência, reuniu-se com os 5 principais agentes financeiros do Estado que atendem os agricultores familiares gaúchos e apresentou um levantamento elaborado em parceria com a EMATER sobre os prejuízos causados pelo evento climático. 

 

Com ventos fortes que atingiram os 100 km/h e chuva forte, a região teve suas produções olerícolas e frutíferas, especialmente bananas, seriamente afetadas. O levantamento é resultado da integração entre a FETAG-RS, através dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais que integram a Associação Sindical Regional Litoral, EMATER, prefeituras e cooperativas da região. 

 
De acordo com o levantamento, 5 mil agricultores familiares cultivam hortifruti numa área de aproximadamente 16 mil hectares, com média de 4 até 8 hectares por propriedade. Nessas áreas, apenas a bananicultura registra perdas que se aproximam dos R$84 milhões. Na olericultura, os valores são de R$1,7 milhões e em outras fruticulturas totalizam quase R$1,3 milhões. 

 
No entanto, não foram apenas as perdas nas lavouras que estão afetando os agricultores familiares da região, pois muitas famílias tiveram prejuízos estruturais em residências, galpões e afins, sistemas de produção, sistemas de proteção e estufas, que totalizam quase R$6 milhões. 

 
Na reunião de hoje, a FETAG-RS e a Regional Litoral, apoiados pela Emater, apresentaram demandas para que os agricultores familiares possam buscar apoio das instituições financeiras. Participaram da videoconferência representantes do Banco do Brasil, do Banrisul, da Cresol, do Sicoob e do Sicredi. 

 
Dentre as solicitações, agilidade no atendimento aos agricultores dentro das agências; substituição de operações de custeio por operações de investimento para recomposição das áreas afetadas; abertura de crédito de investimento para recomposição de bananais e estruturas de produção; prorrogação de pagamentos aos agricultores que tenham contrato de operação de investimento de qualquer objeto. As instituições afirmaram que concederão prorrogações nos pagamentos, mediante laudos da Emater, e que as operações de custeio poderão ser substituídas por investimento. Para recuperação de perdas em estrutura ou em cultivos, os financiamentos já estão disponíveis. 

 

A FETAG-RS, através dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais da região, e a EMATER, orientarão todos os agricultores para que se dirijam as suas agências nos próximos dias, assim como cobrarão agilidade das instituições no atendimento e nas negociações. 

 
Para o presidente da FETAG-RS, Carlos Joel da Silva, “as instituições financeiras se mostraram dispostas a negociar com os agricultores, que agora devem procurar suas agências para formalizar os acordos. Seguiremos acompanhando a situação e intervindo se for necessário”. 

 

 
A região do litoral norte, dias depois do ciclone bomba, foi atingida por fortes chuvas que causaram ainda mais estragos, que não estão incluídos no levantamento. Um novo estudo está em fase final de produção para detalhar os prejuízos.

 



A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL MANTÉM O MOVIMENTO FORTE E ATUANTE

 

 
A Contribuição Sindical dos(as) Agricultores(as) Familiares é realizada para o Sistema Confederativo – CONTAG – FETAG e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ela é devida por toda a categoria, trabalhadores(as) ou empregados(as). Ou seja, todos aqueles que são trabalhadores rurais e não possuem empregados e exercem a atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, sendo proprietário, arrendatário, parceiro, meeiro ou comodatário.

 

Para o tesoureiro-geral da FETAG-RS, Agnaldo Barcelos, a Contribuição Sindical é uma das formas de manter o Movimento Sindical atuante, forte e em constante luta para assegurar o direito dos agricultores familiares. Agnaldo reitera que embora a Contribuição seja facultativa, é uma obrigação dos agricultores(as), pois quando da conquista de um benefício para a classe todos recebem as melhorias.

 

 
O valor da Contribuição Sindical da Agricultura Familiar referente ao exercício 2020 é de R$ 35,00 (trinta e cinco reais) por membro do grupo familiar.