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Preocupada com mais uma estiagem, FETAG-RS entrega ofício ao secretário Covatti

O ano de 2020 castigou a agricultura e a pecuária familiar. No início do ano, uma forte estiagem castigou boa parte dos municípios gaúchos, causando perdas expressivas em diversas culturas e prejuízos financeiros muito grandes para os produtores. Nas últimas semanas, um novo período sem chuvas vem causando preocupação ao setor primária. Nesta manhã, a FETAG-RS, representada pelo presidente, Carlos Joel da Silva; pelo vice-presidente, Eugênio Zanetti; e pelo assessor de política agrícola da FETAG-RS, Kaliton Prestes, entregaram um ofício ao secretário da Agricultura, Covatti Filho.

No documento, a FETAG-RS expressa sua preocupação com a previsão de mais um período de estiagem devido a ocorrência do fenômeno climático La Niña. Visando a diminuir riscos de grandes perdas nas lavouras, a federação solicitou que o Governo do Estado adote 5 ações, que foram idealizadas pela Comissão de Política Agrícola da FETAG-RS, para auxiliar a agricultura e a pecuária familiar. São elas:

 

1) Criação de um programa de armazenagem de água e irrigação adequado à realidade das propriedades rurais e da legislação ambiental com recursos do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais-FEAPER;

2) Antecipação do Programa de Forrageiras para fevereiro de 2021.

3) Criação de uma Câmara Setorial do Crédito Rural com os agentes financeiros e entidades do setor agropecuário;

4) Apoio nas emendas orçamentárias propostas pela Frente Parlamentar da Agricultura Familiar (FPAF) no Congresso para manter o orçamento federal dos programas voltados aos agricultores familiares;

5) Apoio para a melhoria do milho balcão (PROVB) executado pela CONAB no Rio Grande do Sul com o aumento dos estoques de milho, bem como o cadastramento de mais armazéns.

De acordo com o presidente da FETAG-RS, Carlos Joel da Silva, “a estiagem já está causando problemas em todos os setores, desde produção de grãos até o fumo. Também estamos preocupados com a alimentação dos animais, tanto do gado de corte quanto do gado leiteiro, já que as pastagens estão escassas e o custo de produção está muito alto”.

Joel salientou que o governo precisa tomar medidas urgentemente, pois a categoria já perdeu muito em 2020 e novas perdas seriam desastrosas.

Foto: Émerson Foguinho / SEAPDR