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Reunião entre entidades discute a cigarrinha do milho

Nesta sexta-feira (26), a FETAG-RS promoveu reunião com entidades do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Paraná para discutir alternativas que combatam a cigarrinha do milho, praga que atingiu mais de 100 municípios apenas em solo gaúcho e trouxe prejuízos para uma cultura já seriamente afetada pela estiagem.

A reunião contou com a presença de representantes da FETAG-RS, da FETAESC, da EMATER, da EPAGRI e da Fecoagro, que relataram a situação vivida pelos estados do Sul na safra atual devido ao avanço da cigarrinha do milho, praga que já era conhecida no Brasil, mas que na Região Sul ainda não havia provocado tantos estragos como agora, justamente num ano em que a safra do grão ficou reduzida devido a estiagem que castigou o Rio Grande do Sul.

As entidades dialogaram sobre o que já está sendo feito nos estados e quais serão os próximos passos visando a minimizar os efeitos negativos atuais e também futuros. Para a safra atual, as entidades do Sul elaborarão um documento que servirá de embasamento técnico para que seja possível pleitear junto ao Ministério da Agricultura e ao Ministério da Economia o enquadramento das perdas dentro das regras do Manual de Crédito Rural, permitindo o acesso ao Proagro. Com o documento emitido, uma reunião com o MAPA será convocada para debater a possiblidade.

Visando ao futuro, as entidades criarão um grupo técnico com representantes dos três estados para elaborar programas de orientação aos agricultores, minimizando os riscos de infestação da praga, que consegue se alastrar muito facilmente de uma lavoura para outra.

De acordo com o presidente da FETAG-RS, Carlos Joel da Silva, “os três estados precisam se unir para enfrentar esse problema e cobrar soluções dos governos, assim como também necessitamos criar formas de orientar os agricultores sobre como fazer o plantio e o cultivo de forma a evitar a infestação na lavoura”.

A FETAG-RS também apresentou a proposta para criação de um programa de fomento à produção de milho e formação de estoques, que consiste em facilitar o acesso ao grão e reduzir os custos de transporte nos casos em que é preciso trazer milho de outros estados, o que encarece em 25% o preço final.

As entidades acertaram a criação de um grupo de trabalho permanente com os três estados incluindo as federações dos trabalhadores rurais, os órgãos de assistência técnica e a representação das cooperativas para criar ações em conjunto para o desenvolvimento da agricultura e da pecuária familiar da região.