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Vale do Caí quer crédito para recomeçar atividade

Rurais da Fetag, esteve hoje (20) na sede da Federação, para solicitar uma
linha de crédito emergencial, junto ao Banrisul e Banco do Brasil, para
as famílias atingidas pelo temporal no último dia 13 de novembro.
Somente no município de São José do Hortêncio, o laudo técnico da
Emater aponta perdas que alcançam R$ 19,1 milhões, numa área de
2.328ha, com 450 famílias e 170 casas e galpões. Também foram atingidos
São Sebastião do Caí, Triunfo, Montenegro, Brochier e Bom Princípio.
     
Rejane relata que 100% das lavouras de hortigranjeiros foram
destruídas, as quais estavam em plena floração. “Nós constatamos,
juntamente com lideranças e técnicos da Emater, que muitas famílias não
têm mais condições de pagar suas dívidas bancárias referentes a
empréstimos, financiamentos de custeio e de investimento junto às
instituições financeiras do Vale do Caí”, observa.
     
A dirigente lembra que, historicamente, nesta época do ano era
justamente o período em que as famílias conseguiam os melhores preços
para suas hortaliças, especialmente na Ceasa. “Em janeiro, São José do
Hortência já havia sido acometido por um forte temporal de granizo que
atingiu mais de 400 famílias. Hoje, já temos famílias que inclusive
pensam em desistir da agricultura”, completa.    
O presidente da Fetag, Elton Weber, conta que o primeiro passo será
providenciar as prorrogações dos vencimentos dos próximos meses, bem
como os encaminhamentos do seguro do Proagro dos financiamentos. Além
disso, será feito um levantamento das necessidades de crédito para a
reconstrução do que foi perdido e a inclusão das famílias em linhas de
crédito especial a exemplo do que ocorreu em Santa Catarina.  
     
O gerente executivo da unidade de Crédito Rural do Banrisul, Joel
Francisco M. da Cunha, adiantou que num primeiro momento um técnico do
banco vai visitar as propriedades para elaborar um laudo para
encaminhar as prorrogações dos custeios agrícolas nos municípios de S.
José do Hortêncio, Montenegro e São Sebastião do Caí. “Independente
desta ação que o Banrisul fará, há necessidade que o produtor acione o
seguro do Proagro”, alerta. Em relação aos investimentos, como o
Banrisul utiliza repasse do BNDES, ele depende desse agente para a
devida regulamentação para dar encaminhamento das prorrogações. Pelo
Banco do Brasil participou Paulo Afonso Pena, analista de agronegócio.

Mais informações: Elton Weber – (51-9325-0040)
Assessoria de Imprensa – 20/11/2009 – Luiz Fernando Boaz  51-9314-5699