INFORMATIVOS

INFORMATIVO N° 1.592

INFORMATIVO N° 1.592

REDACÃO: Hoana Talita Gehlen/Eduardo oliveira

DATA: 23/12/2021

SITE: www.fetagrs.org.br

 

EMPRESAS ESTIMULAM O DESMONTE DO SISTEMA INTEGRADO DO TABACO

Nos dias 20 e 21, a Fetag-RS, juntamente com as demais entidades representativas dos produtores de tabaco do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, estiveram reunidas com as indústrias para a rodada de negociação para definição dos preços pagos aos produtores. Um produtor de cada empresa também foi convidado a participar.

A proposta das apresentada pelas entidades foi o custo de produção de cada empresa mais 10 pontos percentuais para a sustentabilidade da atividade.

No entanto, o que se viu foi um total descaso com os(as) produtores(as) rurais, já que apenas uma das empresas, a JTI, apresentou a proposta acima do custo de produção, mas muito abaixo do pedido pelas entidades. As demais empresas sequer ofereceram o próprio custo ou nem apresentaram reajustes.

A Fetag-RS e os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais consideram lamentável que as empresas, ao invés de valorizarem os produtores rurais, que são os seus principais parceiros, e reajustar os preços na tabela, optaram por pagar para os atravessadores, assim como fizeram no final da safra passada e já estão fazendo na atual. A atitude apenas contribui para o desmonte do sistema integrado, o que nos faz perguntar: é isso que as empresas querem?

O fumo brasileiro é um dos mais limpos, de melhor qualidade e um dos mais baratos do mundo. Enquanto em outros países concorrentes na exportação o valor é US$2,59, no tabaco brasileiro o valor é de US$1,97.

Dados publicados no último anuário do tabaco mostram que entre os anos de 2020 e 2021 a distribuição da receita bruta do setor subiu cerca de 40% para a indústrias, enquanto para os produtores o valor apresenta queda. Vale ressaltar que esses valores têm a concordância das empresas e que claramente o aumento nos lucros não foi repassado para os produtores.

Apenas duas empresas, Philip Morris e Universal, não participaram da negociação, pois não calcularam o custo de produção em conjunto com as entidades. No caso, conforme já estabelecido anteriormente pela representação dos produtores, não haverá negociação a menos que elas concordem em negociar a partir do custo calculado pela representação dos produtores.

A Fetag-RS e os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais lembram que o custo de produção foi calculado em conjunto com as indústrias e foram informados pelos produtores sorteados para responder ao questionário.

As indústrias solicitaram um nova rodada de negociação no mês de janeiro, mas o posicionamento da Fetag-RS e dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais é o de voltar apenas quando o valorizado for produtor e não o atravessador e melhorarem as suas propostas.

O que as empresas querem? O sistema integrado não interessa mais? Ao que parece, não.

RS: SITUAÇÃO DAS LAVOURAS DE MILHO DIVERGE NAS REGIÕES

A situação das lavouras da 1ª safra de milho é diferente nas lavouras do Rio Grande do Sul, variando conforme a região. Segundo dados coletados pela Rede Técnica Cooperativa (RTC) na área de atuação de 21 cooperativas parceiras, as lavouras conduzidas sob condições de sequeiro já acumulam perdas médias na produtividade de 55,4% em virtude da estiagem.

Esse número representa um aumento de 26% nos prejuízos em relação ao levantamento realizado no mês de novembro e existem diversas regiões onde as perdas já chegam a 100%. Devido à escassez de água, o prejuízos também se elevaram nas áreas irrigadas, onde as perdas médias estão próximas a 12%. Em novembro este número estava abaixo de 4%.

Grande parte dessas cooperativas estão na parte norte e noroeste do Estado. Na região a Associação dos Produtores de Milho do Rio Grande do Sul (Apromilho-RS) calcula perdas entre 30 e 70% no milho. Em Carazinho, o vice-presidente do Sindicato Rural, Paulo Vargas, destaca que o milho já tem perdas consolidadas entre 50 e 80%, com algumas lavouras já registrado até 100% de prejuízo. Inclusive, algumas áreas estão sendo derrubadas para plantio de soja.

A situação também é notada mais ao centro do Estado. Em Mato Leitão (foto), no Vale do Taquari, produtores estimam que a seca já levou 50% da produção. A expectativa era de uma produtividade média de 160 sacas por hectare e hoje a base está em 70 sc/ha. No milho silagem as perdas estão na casa de 30%. Na vizinha Venâncio Aires a seca também impacta. Conforme a Emater/RS são contabilizadas perdas de 5% a 50% nas lavouras.

Por outro lado no centro-sul gaúcho as lavouras vem em boas condições de desenvolvimento e a umidade do solo vem colaborando. Na última semana os volumes ultrapassaram os 100 mm em alguns locais. Há milho em diversos estádios de desenvolvimento, desde a germinação até o embonecamento. Segundo a Emater não são notados prejuízos na região. No entanto não se trata de uma grande produtora do grão. As lavouras têm perfil familiar e de subsistência. (Na foto lavoura em Dom Feliciano).

Segundo projeções da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Rio Grande do Sul projeta 5.9 milhões de toneladas do grão no primeiro ciclo, um aumento de mais de 35% em relação a safra passada, com a produtividade passando de 5.476 kg/ha para 7.145 kg/ha. Uma nova estimativa será divulgada no dia 11 de janeiro.

Fonte: Portal Agrolink

SEAPDR ALTERA PRAZO PARA DECLARAÇÃO ANUAL DE ANIMAIS E ATUALIZAÇÃO CADASTRAL DE PRODUTORES

A Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) informa que o prazo para atualização cadastral dos produtores e declaração anual dos animais em 2022 ocorre entre 1º de junho e 31 de outubro. O novo período foi publicado na Instrução Normativa 54, nesta segunda-feira (20/12), no Diário Oficial do Estado. Desta forma, as planilhas de atualizações não estarão disponíveis em janeiro como de costume.

A diretora do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal (DDA), Rosane Collares, explica que desde o ano passado a SEAPDR vem trabalhando junto à Procergs, empresa responsável pelo sistema informatizado da Defesa Agropecuária do Rio Grande do Sul, em uma nova plataforma de declaração de rebanho e cadastro de produtores. O objetivo é que a coleta de dados agropecuários, que é obrigatória, ocorra de forma mais completa, assertiva e confiável, o que repercutirá positivamente para toda a cadeia pecuária do Estado.

Rosane destaca que a plataforma em construção tem passado por inúmeros testes e validações. Com isso, não haverá tempo hábil para colocar o novo sistema em funcionamento em janeiro, prazo normal da declaração anual de rebanho. A nova ferramenta possibilitará, segundo a diretora do DDA, em um segundo momento, que o produtor consiga fazer as declarações e atualização cadastral de forma online, facilitando o cumprimento das suas obrigações junto ao Serviço Veterinário Oficial.

“Uma base de dados robusta, confiável e organizada irá qualificar ainda mais o serviço de vigilância e defesa agropecuária no Rio Grande do Sul. A quantidade e qualidade de informações disponíveis são fatores muito relevantes na tomada de decisão frente a emergências sanitárias, mas, principalmente, nas ações de prevenção”, acrescenta Rosane.

A secretária Silvana Covatti lembra que, com o avanço do status sanitário do Rio Grande do sul para um Estado Livre de Febre Aftosa Sem Vacinação, a Secretaria da Agricultura vem investindo na manutenção desta nova condição sanitária por meio de novas ferramentas. “Este investimento em tecnologia trará facilidades para os produtores, benefícios para as cadeias produtivas e para quem executa a defesa agropecuária no Estado”, afirma a titular da pasta.

Declarações complementares

A Secretaria da Agricultura ressalta que as declarações complementares de evolução de rebanho, nascimentos, mortes ou consumo seguem disponíveis a qualquer tempo para o produtor rural registrar junto à Inspetoria de Defesa Agropecuária (IDA) local, por meio do preenchimento do formulário de Declaração Complementar. Além disso, o formulário pode também ser encaminhado preenchido e assinado para o e-mail da IDA local, disponível em https://www.agricultura.rs.gov.br/inspetorias-escritorios.

A SEAPDR lembra que as declarações complementares não são obrigatórias, mas são o meio de atualização do rebanho entre as etapas de Declaração Anual.

Fonte: SEAPDR

 

A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL MANTÉM O MOVIMENTO FORTE E ATUANTE

 

A Contribuição Sindical dos(as) Agricultores(as) Familiares é realizada para o Sistema Confederativo – CONTAG – FETAG e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ela é devida por toda a categoria, trabalhadores(as) ou empregados(as). Ou seja, todos aqueles que são trabalhadores rurais e não possuem empregados e exercem a atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, sendo proprietário, arrendatário, parceiro, meeiro ou comodatário.

Para o tesoureiro-geral da FETAG-RS, Agnaldo Barcelos, a Contribuição Sindical é uma das formas de manter o Movimento Sindical atuante, forte e em constante luta para assegurar o direito dos agricultores familiares. Agnaldo reitera que embora a Contribuição seja facultativa, é uma obrigação dos agricultores(as), pois quando da conquista de um benefício para a classe todos recebem as melhorias.

O valor da Contribuição Sindical da Agricultura Familiar referente ao exercício 2021 é de R$ 37,00 (trinta e sete reais) por membro do grupo familiar.