INFORMATIVOS

INFORMATIVO N° 1.599

INFORMATIVO N° 1.599

REDACÃO: Eduardo oliveira

DATA: 25/01/2022

SITE: www.fetagrs.org.br

 

FEDERAÇÕES DA REGIÃO SUL DISCUTEM PAUTA DA ESTIAGEM COM O MAPA

 

Na manhã desta segunda-feira (24), os presidentes e representantes da Fetag-RS, da Fetaesc, Fetaep e da Contag, participaram de reunião com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para apresentar a pauta conjunta dos três estados da Região Sul que estão sendo afetados pela severa estiagem que marca o começo do ano de 2022.

Nos três estados os registros são de perdas quase que totais em diversos municípios e das mais variadas culturas, tais como milho, soja, arroz, hortifrutigranjeiros, tabaco, pecuárias de corte e de leite, dentre outras.

Visando a facilitar e tornar mais ágeis as necessárias ações emergenciais do Governo Federal, as três federações, apoiadas pela Contag, criaram um documento único com as pautas que contemplam a agricultura e a pecuária familiar da região.

Os pedidos das entidades ao Mapa incluem: renegociações das dívidas de crédito rural por até 180 dias, com bônus de adimplência e repactuação com prazo de 10 anos; criação de linha de crédito emergencial com limite de R$80.000,00 por família, sem taxa de juros e com prazo de 10 anos para o pagamento, além de linhas de crédito para cooperativas e para retenção de matrizes; para o seguro rural e o Proagro, redução nos prazos para análise das perdas e para comunicação do resultado sobre os pedidos de cobertura; alinhamento com as seguradoras sobre as metodologias das vistorias nas áreas para que elas sejam de acordo com a que é utilizada para o Proagro; subsídio de 30% para o milho balcão da Conab e realocação dos estoques para os estados do Sul; auxílio emergencial para agricultores(as) inscritos no CadUnico no valor de R$2.500,00 e para mulheres agricultoras no valor de R$3.500,00, ambos por unidade familiar; aquisição de leite emergencial para fomentar a manutenção dos preços pagos ao produtor; fortalecer a modalidade de compra com doação simultânea de alimentos dentro do Programa Alimenta Brasil para os(as) agricultores(as) em situação de vulnerabilidade socioeconômica; fortalecimentos dos fundos estaduais para aplicação em captação, armazenamento e distribuição de água e para fomentar a distribuição de sementes; flexibilizar a captação e o armazenamento de água alterando legislação federal; ampliação do zoneamento agrícola; e regulamentação da Lei 14.25/21.

O coordenador da Região Sul da Contag e presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, fez a fala em nome das federações e afirmou que “as ações do Governo Federal precisam ser imediatas, pois a situação vivida pela agricultura e pecuária no sul do Brasil é a uma das piores já causada por estiagem. A categoria está com suas dívidas vencendo e sem perspectivas de colheita para ter alguma renda e honrar com seus compromissos. Prorrogar os prazos das dívidas, o milho balcão, água para as famílias e os animais, são o mínimo que nós esperamos. O governo precisa entender que a situação é gravíssima e que não podemos esperar os prazos dos órgãos governamentais, que muitas vezes demoram demais para dar apenas uma resposta. Se for preciso, os agricultores e agricultoras vão sair às ruas para cobrar medidas”.

Os presidentes da Fetaep, Marcos Brambilla, e da Fetaesc, José Walter Dresch, reforçaram a necessidade de ações urgentes por parte do governo e fizeram um breve relato sobre as situações em seus respectivos estados, que também se encontram em situação dramática.

O presidente da Contag, Aristides Veras, salientou a preocupação da confederação com o tema e com o impacto social que estiagem no Sul pode trazer para todo o país, já que o Rio Grande do Sul é responsável por grande parte do arroz produzido no Brasil.

De acordo com o secretário de Política Agrícola do MAPA, Guilherme Soria Bastos Filho, o Ministério está analisando as pautas juntamente com Ministério da Economia, Banco Central, Conab, Tesouro Nacional, dentre outros. “Hoje a tarde devemos receber o resultado do primeiro cálculo realizado pelo Tesouro Nacional, para depois podermos fazer anúncios. Estamos trabalhando para que ainda durante a semana tenhamos respostas”.

Como encaminhamento, foi definida a criação de um grupo de trabalho com os presidentes das federações, assessores e com representantes do MAPA para que sejam realizadas discussões constantes sobre o andamento da pauta entregue.

Também participaram da reunião diretores e assessores das federações; representando o Mapa, o diretor de Financiamento e Informação, Wilson Vaz de Araújo, o diretor do Departamento de Gestão de Riscos, Pedro Loyola, e o Secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo em exercício, Márcio Madalena; o vice-presidente da Contag, Alberto Broch; o deputado estadual e presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária Gaúcha, Elton Weber; o deputado federal, Heitor Schuch; e representantes das regionais sindicais dos estados.

 

 

RIO GRANDE DO SUL TEM 253 MIL PROPRIEDADES ATINGIDAS POR ESTIAGEM

O cultivo do milho é o mais atingido pela estiagem prolongada no Rio Grande do Sul, segundo a Emater, que divulgou nesta segunda-feira (24), o boletim com dados atualizados.

Segundo o levantamento, são quase 93 mil agricultores com perdas na sua produção. Na soja, são cerca de 82 mil produtores. “Atualmente, já são mais de nove mil localidades e mais de 253 mil propriedades atingidas pelos efeitos da estiagem no estado, além de cerca de 21 mil famílias com dificuldades ao acesso à água”, disse a Emater.

De acordo com a empresa, as lavouras de milho das regiões administrativas de Erechim, Frederico Westphalen, Ijuí, Passo Fundo, Santa Rosa e Soledade sofreram os maiores danos, com perdas médias que podem chegar a 65% da produção inicialmente estimada. “A condição de déficit hídrico continua comprometendo a produtividade e a qualidade do cultivo de milho destinado à silagem. De forma geral as perdas variam de 16,2% na regional de Porto Alegre até 65% na regional de Ijuí.

No caso da soja, as perdas médias de produtividade vão de 25% a 45%. A situação é mais grave em Santa Rosa, com redução média superior a 45% do estimado inicialmente. Os prejuízos nas lavouras de feijão variam de 5% a 95%. As maiores perdas médias, de mais de 60% da expectativa inicial, estão localizadas na regional de Ijuí.

A estiagem afeta com maior intensidade 27.289 estabelecimentos produtores de leite no Rio Grande do Sul, onde se estima uma perda média na produção diária de leite da ordem de 82,5 litros por propriedade. “Dessa forma, a redução na produção diária de leite no Estado é de aproximadamente 2,2 milhões de litros”, disse a Emater.

Fonte: Canal Rural 

 

 

CALOR DEVE DIMINUIR NO RS, MAS CHUVAS SEGUIRÃO IRREGULARES

A escassez hídrica compromete o desenvolvimento do arroz no Centro e Oeste do Rio Grande do Sul onde os reservatórios estão com níveis mais baixos. Nos últimos sete dias, a chuva concentrou-se ao longo da Campanha, Zona Sul e Planícies Costeiras, com acumulado entre 35 e 75 milímetros.

De acordo com as informações divulgadas pelo IRGA, uma frente fria rompe o bloqueio atmosférico e diminui o calor no Rio Grande do Sul. A chuva, no entanto, será irregular, com maiores acumulados na Campanha e Zona Sul. Fronteira Oeste e Região Central permanecerão sob pouca chuva não apenas nesta semana, mas também na primeira semana de fevereiro.

Fonte: Portal Agrolink 

 

 

A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL MANTÉM O MOVIMENTO FORTE E ATUANTE

A Contribuição Sindical dos(as) Agricultores(as) Familiares é realizada para o Sistema Confederativo – CONTAG – FETAG e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ela é devida por toda a categoria, trabalhadores(as) ou empregados(as). Ou seja, todos aqueles que são trabalhadores rurais e não possuem empregados e exercem a atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, sendo proprietário, arrendatário, parceiro, meeiro ou comodatário.

Para o tesoureiro-geral da FETAG-RS, Agnaldo Barcelos, a Contribuição Sindical é uma das formas de manter o Movimento Sindical atuante, forte e em constante luta para assegurar o direito dos agricultores familiares. Agnaldo reitera que embora a Contribuição seja facultativa, é uma obrigação dos agricultores(as), pois quando da conquista de um benefício para a classe todos recebem as melhorias.

O valor da Contribuição Sindical da Agricultura Familiar referente ao exercício 2022 é de R$ 40,50 (quarenta reais e cinquenta centavos) por membro do grupo familiar.