INFORMATIVOS

INFORMATIVO N° 1.650

INFORMATIVO N° 1.650

REDACÃO: Hoana Talita Gehlen/Eduardo Oliveira

DATA: 09/8/2022

SITE: www.fetagrs.org.br

 

Informativo desta terça-feira está no ar!

Notícias da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul e dos 321 Sindicatos dos Trabalhadores Rurais filiados.  Disponível em todo o Estado com informações para o agricultor, agricultora e pecuarista familiar.

IPCA: BRASIL TEM DEFLAÇÃO EM JULHO, MAS LEITE LONGA VIDA SOBE 25%

O Brasil fechou o mês passado com deflação. Divulgado na manhã desta terça-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho foi -0,68%, ante 0,67% em junho. Foi a menor taxa registrada desde o início da série histórica, iniciada em janeiro de 1980. O Termômetro CMA esperava queda de 0,65%. No ano, o IPCA acumula alta de 4,77% e, nos últimos 12 meses, de 10,07%, abaixo dos 11,89% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2021, a variação havia sido de 0,96%.

 

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, dois apresentaram deflação em julho, enquanto os outros sete tiveram alta de preços. O resultado do mês foi influenciado principalmente pelo grupo dos transportes que teve a queda mais intensa (-4,51%) e, assim, contribuiu com o maior impacto negativo (-1,00 ponto percentual) no índice de julho.

Além disso, houve recuo nos preços do grupo habitação (-1,05%), com impacto de -0,16 p.p. A maior variação positiva, por sua vez, veio de alimentação & bebidas (1,30%), que acelerou em relação a junho (0,80%), contribuindo com 0,28 p.p. Vestuário (0,58%) e saúde & cuidados pessoais (0,49%) seguiram movimento inverso, desacelerando em relação ao mês anterior (quando registraram 1,67% e 1,24%, respectivamente).

Os demais grupos ficaram entre o 0,06% de educação e o 1,13% de despesas pessoais, segunda maior variação positiva em julho.

No grupo alimentação & bebidas (1,30%), o destaque ficou com a alimentação no domicílio, que acelerou de 0,63% em junho para 1,47% em julho. O maior impacto positivo no índice do mês (0,22 p.p.) veio do leite longa vida (25,46%), cujos preços já haviam subido 10,72% no mês anterior.

Além disso, os preços de alguns derivados de leite, como o queijo (5,28%), a manteiga (5,75%) e o leite condensado (6,66%) também subiram, contribuindo para o resultado observado no mês.

Outro destaque foram as frutas, com alta de 4,40% e impacto de 0,04 p.p. no IPCA de julho. No lado das quedas, os maiores recuos de preços vieram do tomate (-23,68%), da batata-inglesa (-16,62%) e da cenoura (-15,34%), que contribuíram conjuntamente com -0,12 p.p.

Fonte: Canal Rural

RIO GRANDE DO SUL “VIROU COVIL DE CRIMES RURAIS”, DIZ LIDERANÇA DA PECUÁRIA

Há um descompasso entre os relatos de produtores sobre a criminalidade no campo e as estatísticas da segurança pública no Rio Grande do Sul.  “O estado virou um covil de crimes rurais”, diz o presidente do Instituto Desenvolve Pecuária, Luís Felipe Barros. Fundado há pouco mais de três anos, o instituto tem apresentado propostas à Polícia Civil e à Brigada Militar para reforçar o policiamento nas áreas de produção agropecuária.

De acordo com Luís Felipe, hoje os crimes na zona rural não se restringem ao abigeato (furto e ou roubo de gado), que caiu de 10.767 casos, em 2016, para 5.562, em 2021. O presidente do instituto esclarece que não se refere apenas às ocorrências envolvendo a subtração de bovinos.  “Falo de roubo de defensivos e de maquinários e de cárcere privado e sequestros, que não estão sendo medidos [pelas estatísticas oficiais].”

“É fácil dizer que baixaram os crimes rurais medindo somente o abigeato. Porém, o número de ocorrências não significa que tenha caída a quantidade roubos, porque não temos estimativa econômica de quantas cabeças foram levadas [pelos ladrões]. Portanto, há uma estatística indicando que houve redução das ocorrências, mas não vemos isso na prática. O que sentimos é o aumento das ocorrências”, enfatiza.

O dirigente do instituto acrescenta que a agropecuária se tornou alvo do crime organizado. “Temos quadrilhas especializadas roubando 30, 40 bovinos. Elas têm guias e caminhões para levar e desovar os animais aos locais de abate. A mesma coisa ocorre com o maquinário e os defensivos agrícolas. Antes tínhamos quadrilhas de saidinhas de bancos. Agora temos quadrilhas de saidinhas de defensivos.”

Luís Felipe pondera que a constatação sobre o avanço da criminalidade no campo não é uma crítica à atuação das polícias estaduais, das quais o instituto é parceiro. “Somos propositivos e parceiros [das forças de segurança]. Temos ombreado com a Polícia Civil e com a Brigada Militar para sermos mais eficientes no combate aos crimes rurais.  Queremos é dar um passo adiante [na estratégia de enfrentamento ao crime].

Política de segurança coordenada

O instituto quer um policiamento ostensivo mais presente nas imediações das propriedades rurais.  “Precisamos de uma polícia mais atuante, com as Delegacias de Polícia Especializada na Repressão aos Crimes Rurais e Abigeato (Decrabs) agindo de forma coordenada. Hoje, temos quatro delegacias especializadas, em Bagé, Alegrete, Camaquã e Cruz Alta, trabalhando individualmente”, afirma Luís Felipe.

Para ele, o avanço na política de segurança para o campo requer maior sinergia entre as Decrabs e o Departamento de Polícia do Interior (DPI) e intensificação do emprego da inovação. “O DPI tem que coordenar as atividades. Além disso, precisamos incorporar mais tecnologia no combate aos crimes rurais, para sermos estratégicos e não só reativos. Não podemos agir apenas quando há alguma ocorrência.”

O presidente do instituto cita algumas medidas para a segurança no campo. Entre elas, o cercamento das principais estradas rurais, a fim de que as polícias possam ter provas do que ocorre na zona agrícola, e o desenvolvimento de aplicativos para identificar as marcas e os sinais dos animais das fazendas. “Estamos trabalhando nisso, sendo parceiros da Polícia Civil e da Brigada Militar”, reforça.

O Desenvolve Pecuária propõe ainda que o Programa de Incentivo ao Aparelhamento da Segurança Pública (Piseg) tenha projetos específicos para a área rural. Por meio do Piseg, empresários podem destinar até 5% do saldo devido de ICMS ao estado para compra de veículos, armas, munições, capacetes, coletes, rádios, equipamentos de rastreamento, de informática, bloqueadores de celular, câmeras e centrais de videomonitoramento.

“Não há nada específico para o campo nem para as Delegacias de Repressão aos Crimes Rurais e Abigeato no Piseg. O produtor quer aportar [recursos] para combater os crimes rurais, mas não consegue, porque tudo que é arrecadado é destinado à segurança pública como um todo.” Conforme Luís Felipe, é possível resolver isso por de meio de ato administrativo da chefia-geral da Polícia Civil, algo que o Desenvolve Pecuária vem sugerindo.

TERÇA-FEIRA SERÁ MARCADA POR FRIO E RISCO DE TEMPORAIS NO RIO GRANDE DO SUL

A terça-feira (9) será de instabilidade em todo o território gaúcho. Há previsão de céu nublado, com chuva frequente e altos volumes acumulados (confira na lista abaixo). Em Morrinhos do Sul, no Litoral Norte, a estimativa é de que chova 72 mm, o que representa quase 50% da quantidade de precipitação esperada para o mês no município. Na Capital, chove a qualquer hora do dia, e os termômetros variam entre 13°C e 17°C.

De acordo com a Climatempo, há risco de temporais nas regiões Sul, Leste e Nordeste. Moradores que residem na Serra, no Nordeste e no Litoral Norte precisam ficar atentos para a possibilidade de alagamentos, queda de árvores, ventanias e ressaca no mar. No norte e oeste gaúcho, o sol aparece com períodos de céu nublado e pancadas de forte intensidade.

Toda essa chuva no RS se explica pela presença de um ciclone e de uma frente fria. Por causa da atual condição climática, as temperaturas não irão subir muito nesta terça-feira. A mínima do dia, 5°C, ocorre em Coronel Pilar, na Serra. A máxima, 20°C, em Vicente Dutra, no Norte.

Na quarta-feira (10), a previsão é de chuva volumosa na Serra e no Litoral Norte. Nas demais áreas, a instabilidade começa a perder força e o tempo fica firme entre a tarde e a noite. O frio deve continuar atuando no território gaúcho, devido a uma massa de ar frio e seco de origem polar, mantendo as temperaturas mais baixas no decorrer do dia.

Na quinta (11) e na sexta-feira (12) já não chove, mas o destaque será o frio. Há condições para geada no noroeste do Estado durante a madrugada de quinta. Na sexta-feira, pode haver geada na Campanha, no Norte e na Serra.

Confira os maiores acumulados previstos para esta terça-feira (9):
Xangri-Lá, Litoral Norte – 48 mm
Três Cachoeiras, Litoral Norte – 48 mm
Tramandaí, Litoral Norte – 48 mm
Torres, Litoral Norte – 48 mm
Imbé, Litoral Norte – 48 mm
Dom Pedro de Alcântara, Litoral Norte – 48 mm
Cidreira, Litoral Norte – 48 mm
Capão da Canoa, Litoral Norte – 48 mm
Balneário Pinhal, Litoral Norte – 48 mm

Veja como deve ficar o tempo na sua região nesta terça-feira:
Região Metropolitana: a terça-feira será marcada por tempo instável, com chuva a qualquer hora do dia. Em Esteio, os termômetros variam de 13°C a 17°C.

Serra: a terça-feira será marcada por tempo instável, com chuva a qualquer hora do dia. Em Vacaria, os termômetros variam de 10°C a 13°C.
Litoral Norte: a terça-feira será marcada por tempo instável, com chuva a qualquer hora do dia. Em Torres, os termômetros variam de 14°C a 15°C.

Litoral Sul: a terça-feira será marcada por tempo instável, chuva a qualquer hora do dia. Em Rio Grande, os termômetros variam entre 12°C e 16°C.

Região Norte: a terça-feira será marcada por tempo nublado, com chuva a qualquer hora do dia. Em Passo Fundo, os termômetros variam de 11°C a 14°C.

Região Noroeste: a terça-feira será marcada por tempo nublado, com chuva a qualquer hora do dia. Em Cruz Alta, os termômetros variam de 9°C a 11°C.

Região Sul: a terça-feira será marcada por tempo instável, com chuva a qualquer hora do dia. Em Canguçu, os termômetros variam de 8°C a 13°C.

Região Central: a terça-feira será de tempo nublado, com chuva a qualquer hora do dia. Em Santa Maria, os termômetros variam de 12°C a 16°C.

Campanha: a terça-feira será marcada por tempo instável, com chuva a qualquer hora do dia. Em Candiota, os termômetros variam de 10°C a 14°C.
Fronteira Oeste: a terça-feira será marcada por sol entre nuvens, com chuva a qualquer hora do dia. Em Uruguaiana, os termômetros variam de 10°C a 14°C.

A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL MANTÉM O MOVIMENTO FORTE E ATUANTE

A Contribuição Sindical dos(as) Agricultores(as) Familiares é realizada para o Sistema Confederativo – CONTAG – Fetag e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ela é devida por toda a categoria, trabalhadores(as) ou empregados(as). Ou seja, todos aqueles que são trabalhadores rurais e não possuem empregados e exercem a atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, sendo proprietário, arrendatário, parceiro, meeiro ou comodatário.

Para o tesoureiro-geral da Fetag-RS, Agnaldo Barcelos, a Contribuição Sindical é uma das formas de manter o Movimento Sindical atuante, forte e em constante luta para assegurar o direito dos agricultores familiares. Agnaldo reitera que embora a Contribuição seja facultativa, é uma obrigação dos agricultores(as), pois quando da conquista de um benefício para a classe todos recebem as melhorias.

O valor da Contribuição Sindical da Agricultura Familiar referente ao exercício 2022 é de R$ 40,50 (quarenta reais e cinquenta centavos) por membro do grupo familiar.