INFORMATIVOS
INFORMATIVO N° 1.733
INFORMATIVO N° 1.733
REDACÃO: Hoana Talita Gehlen/Eduardo Oliveira
DATA: 15/8/2023
SITE: www.fetagrs.org.br
Informativo desta terça-feira está no ar!
Notícias da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul e dos 315 Sindicatos dos Trabalhadores Rurais filiados. Disponível em todo o Estado com informações para o agricultor, agricultora e pecuarista familiar.
Lembrete: você associado ou associada que não solicitou sua cartela para concorrer aos prêmios da campanha dos 60 anos da Fetag-RS, procure seu Sindicato e busque informações!
Serão mais de R$ 200.000,00 em prêmios.
FETAG-RS AINDA AGUARDA RESPOSTAS DO GOVERNO FEDERAL
Depois da mobilização do dia 1º de agosto, em Porto Xavier, a Fetag-RS segue no aguardo de respostas do Governo Federal em relação a pauta das importações e do Proagro, principalmente, pois são duas situações que implicam diretamente no dia a dia de grande parte dos agricultores familiares no estado.
“É um desprezo com os agricultores a falta de respostas do governo federal sobre a pauta. Quinze dias é suficiente para a elaboração de uma ação estratégica para frear as importações. No que tange o Proagro, viemos discutindo há muito tempo e estão literalmente ‘empurrando com a barriga’” afirma o presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva.
A Federação aguarda respostas ainda nesta semana, pois está com uma comitiva de 800 mulheres trabalhadoras rurais em Brasília que participarão da Marcha das Margaridas, nos dias 15 e 16.
Carlos Joel finalizando argumentando que “as mulheres trabalhadoras rurais estarão colocando pressão em Brasília para a resolução da pauta. E se preciso for, retomaremos as mobilizações nos próximos dias com um recado ainda mais forte”.
AUDIÊNCIA PÚBLICA DEBATE IMPACTOS DAS IMPORTAÇÕES DE LEITE
Na quinta-feira (10), a Fetag-RS esteve presente na Audiência Pública da Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo da Assembleia Legislativa que discutiu o impacto da importação de leite dos países do Mercosul. Os proponentes foram os deputados estaduais Zé Nunes e Elton Weber.
Durante o debate, foram ouvidas as entidades representativas dos produtores rurais, cooperativas, parlamentares e representação das indústrias. Foram apresentados dados atualizados sobre o forte impacto que as importações de leite dos países do Mercosul estão causando aos produtores de leite. A Fetag-RS possui comprovantes de pagamentos indicando que o preço do litro do leite pago ao produtor já chega a até R$1,80, muito abaixo dos custos de produção.
Em sua fala, o presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, que compareceu acompanhado da diretoria da Federação e dos(as) coordenadores(as) da Regionais Sindicais, ressaltou a importância das medidas já solicitadas aos governos do Estado e da União. “A melhor alternativa seria a taxação dos produtos lácteos importados, pois a concorrência é desleal. Os países vizinhos estão dando subsídios aos seus produtores, barateando os custos e, consequentemente, baixando o preço. No Brasil, não há nenhum subsídio direto a não ser no juro do Pronaf. A pouco vimos o setor de automóveis ser incentivado pelo governo federal. Que se faça o mesmo com o setor leiteiro antes que acabe a produção nacional”.
Há cerca de dez dias, a Fetag-RS e os Sindicatos dos Trabalhadores Rurais realizaram mobilização no município de Porto Xavier devido a questão das importações. Joel reforçou que outras mobilizações irão ocorrer nos próximos dias caso nenhuma medida seja anunciada pelo governo.
Como encaminhamentos da Audiência Pública, foi decidido pela elaboração e envio de documentos aos governos estadual e federal reforçando a importância da aquisição de leite pelo Estado e pela Conab, defendendo a criação cotas de importação até o final do ano, além da solicitação de apoio através de crédito público para empresas que não importem leite.
O presidente Carlos Joel da Silva completa dizendo que “estamos esperando os anúncios até o dia 15 de agosto. Caso contrário, a diretoria e o conselho de coordenadores(as) da Fetag deliberou por retornar as mobilizações já começo de setembro nas fronteiras com a Argentina e o Uruguai, desta vez sem duração determinada”.
VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA DE 2023 É ATUALIZADO EM R$ 1,135 TRILHÃO
Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) deste ano, com base nas informações de julho, é de R$ 1,135 trilhão, alta de 1,9% em relação ao ano de 2022. As lavouras cresceram 4% e a pecuária reduziu seu crescimento em 2,9%. O faturamento das lavouras é de R$ 801,9 bilhões e o da pecuária foi de R$ 333,6 bilhões.
Os produtos que apresentam melhor desempenho neste ano são mandioca (42,9%), laranja (27,2%), banana (16,8%), tomate (15,9%), cacau (13,8%), cana-de-açúcar (11,6%), amendoim (10,6%), feijão (10,4%), arroz (9,3%), uva (7,5%), soja (2,5%) e milho (1,4%).
Esse grupo de produtos beneficia-se de preços favoráveis e, em vários casos, quantidades produzidas mais elevadas.
No levantamento da Conab, a projeção é de safra recorde de 320 milhões de toneladas previstas para a temporada 2022/2023 que sustenta essa posição. O resultado se deve ao aumento da produtividade de 11,8% e à expansão de área da ordem de 5% em relação ao ano passado. Esse crescimento de área de grãos passou de 74,6 milhões de hectares de área plantada, em 2022, para 78,2 milhões de hectares, em 2023.
Na pecuária, os aumentos do VBP ocorrem na carne suína, leite e ovos.
O efeito de preços mais baixos tem repercutido no decréscimo do VBP de alguns produtos, como algodão, café, mamona e trigo.
Os cinco produtos classificados com o maior VBP são soja, milho, cana-de-açúcar, café e algodão, que respondem por 81,6% do VBP das lavouras.
Ao longo destes últimos 18 meses, observou-se que o VBP tem crescido a taxas relativamente menores. Pode-se atribuir esse decréscimo do crescimento real do VBP aos preços de milho e soja que têm apresentado tendência de redução.
Fonte: MAPA
A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL MANTÉM O MOVIMENTO FORTE E ATUANTE
A Contribuição Sindical dos(as) Agricultores(as) Familiares é realizada para o Sistema Confederativo – CONTAG – Fetag-RS e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ela é devida por toda a categoria, trabalhadores(as) ou empregados(as). Ou seja, todos aqueles que são trabalhadores rurais e não possuem empregados e exercem a atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, sendo proprietário, arrendatário, parceiro, meeiro ou comodatário.
Para o tesoureiro-geral da Fetag-RS, Agnaldo Barcelos, a Contribuição Sindical é uma das formas de manter o Movimento Sindical atuante, forte e em constante luta para assegurar o direito dos agricultores familiares. Agnaldo reitera que embora a Contribuição seja facultativa, é uma obrigação dos agricultores(as), pois quando da conquista de um benefício para a classe todos recebem as melhorias.
O valor da Contribuição Sindical da Agricultura Familiar referente ao exercício 2023 é de R$ 44,00 (quarenta e quatro reais) por membro do grupo familiar.