INFORMATIVOS

INFORMATIVO N° 1.758

INFORMATIVO N° 1.758

REDACÃO: Hoana Talita Gehlen/Eduardo Oliveira

DATA:  07/12/2023

SITE: www.fetagrs.org.br

Informativo desta quinta-feira está no ar!

Notícias da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul e dos 315 Sindicatos dos Trabalhadores Rurais filiados.  Disponível em todo o Estado com informações para o agricultor, agricultora e pecuarista familiar.

Lembrete: você associado ou associada que não solicitou sua cartela para concorrer aos prêmios da campanha dos 60 anos da Fetag-RS, procure seu Sindicato e busque informações!

Serão mais de R$ 200.000,00 em prêmios.

EM COLETIVA DE IMPRENSA, FETAG-RS FAZ BALANÇO DE 2023 E PROJETA 2024

Nesta quarta-feira (06/12), a Fetag-RS realizou a sua tradicional coletiva de imprensa de final de ano, reunindo profissionais de diversos veículos e diferentes mídias, que foram recepcionados pela diretoria e departamento de comunicação da federação.

Na apresentação, a Fetag-RS abordou os temas que impactaram a agricultura a e pecuária familiar gaúcha de 2023, com destaque para os eventos climáticos adversos, tais como a estiagem do início do ano, ciclones e as chuvas que levaram a graves enchentes e provocaram prejuízos estimados em R$57,8 bilhões no ano.

Ainda, foram ressaltadas como positivas as retomadas de algumas políticas públicas e a recriação do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e a Secretaria do Desenvolvimento Rural, demandas da Fetag-RS que ainda carecem de melhor estrutura e recursos, além da crise da cadeia leiteira motivada pelo aumento nas importações de leite de países do Mercosul.

A Fetag-RS também apresentou à imprensa as diretrizes do planejamento estratégico da entidade frente ao debate e os anseios da base, levando em consideração ações na pecuária de corte, assistência técnica e extensão rural, agroindústria familiar, manejo e conservação do solo e água e crédito rural.

Olhando para o desenvolvimento do setor agrícola, a Fetag-RS retomará o Comitê Estadual da Agricultura Familiar, formado no ano passado, para dialogar com as entidades, poder público e privado sobre a elaboração de um plano de estratégico para a agricultura.

AGROPECUÁRIA GAÚCHA PERDE R$ 136 BILHÕES DE 2020 A 2023

Os números do balanço anual da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag-RS), apresentados nesta quarta-feira, demonstram que 2023 foi um ano tanto de vitórias – com a volta do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e da Secretaria de Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul (SDR), como de preocupações.

Isso porque a agricultura familiar gaúcha, assim como o agro do RS em geral, entrou o ano contabilizando perdas de (mais) uma safra de verão cultivada sob estiagem, devido ao fenômeno La Niña. E nem bem ele acabou, o produtor já passou a enfrentar a fúria climática do fenômeno El Niño, com alto volume de chuva e com a ocorrência de granizo e vento.

O levantamento anual da entidade, detalhado pelo agrônomo Kaliton Prestes, em Porto Alegre, apontou uma perda de receita de R$ 57,8 bilhões na atividade agropecuária gaúcha causada pelos problemas climáticos somente neste ano. O número chega a quase R$ 136 bilhões no acumulado de 2020 a 2023, com R$ 135,8 bilhões.

Para se ter uma ideia do tamanho do estrago, Prestes compara a cifra de 2023 à do orçamento total do Rio Grande do Sul, aprovado pela Assembleia Legislativa para o ano, de R$ 70,3 bilhões. “O Estado, que já vinha das perdas da estiagem, passou por nada menos que 11 ciclones e suas consequências”, lembrou.

Além disso, a agricultura familiar gaúcha, principal reduto da produção leiteira, enfrentou (e ainda enfrenta) uma crise histórica na atividade. Com uma perda anual de 30% no preço do litro do leite produzido no campo, o produtor recebeu R$ 1,92, pelo litro em outubro, enquanto pagou R$ 2,12 pelo quilo de ração para as vacas.

A direção da Fetag-RS lembrou, inclusive, do relatório apresentado pela Emater/RS-Ascar durante a Expointer deste ano, que apontou redução de 60,7% no contingente de produtores de leite do Estado desde o ano de 2015. Segundo o presidente da Fetag, Carlos Joel da Silva, é importante observar que 49% do abandono da atividade leiteira ocorreu entre os produtores que tinham capacidade de entrega entre 50 litros e 100 litros de leite por dia.

Joel comentou ainda que as decisões governamentais de reativar as pastas específicas de atendimento à agricultura familiar, tanto na esfera federal quanto na estadual, foi importante do ponto de vista político. Entretanto, ressaltou que foi pouco eficaz do ponto de vista prático, uma vez que ambas as instâncias fizeram muito pouco pelo produtor neste ano, dadas as dificuldades de orçamento e de pessoal. “Já cobramos e continuaremos cobrando forte do governo estadual, que centraliza o que é da agricultura familiar na SDR”, comentou.

O dirigente ainda destacou a necessidade de o governo do Estado dar mais atenção à sucessão rural. De acordo com ele, hoje, 70% dos agricultores familiares estão acima de 45 anos, o que poderá comprometer as atividades do setor em um futuro breve.

Fonte: Correio do Povo

 

 

PF DESARTICULA GRUPO ACUSADO DE CONTRABANDO BILIONÁRIO DE SOJA

A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (5), as operações Dangerous e Paschoal para desarticular organização criminosa responsável por esquema bilionário de contrabando de grãos, especialmente soja e milho, e agrotóxicos trazidos da Argentina para o Brasil através de portos clandestinos localizados às margens do Rio Uruguai.

A ação conta ainda com o apoio da Brigada Militar, da Receita Federal do Brasil, Receita Estadual do Rio Grande do Sul e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

A ação mobiliza 200 policiais federais para o cumprimento de 59 mandados de busca e apreensão e 16 mandados de prisão nas cidades de Palmeira das Missões/RS, Rodeio Bonito/RS, Cerro Grande/RS, Três Passos/RS, Tiradentes do Sul/RS, Horizontina/RS, Crissiumal/RS, Santo Ângelo/RS, Condor/RS, Tuparendi/RS, Santana do Livramento/RS, Itapema/SC, Itaí/SP, Palmas/TO e São Luis/MA.

Também são executadas medidas de bloqueio de contas bancárias vinculadas a pessoas físicas e jurídicas, num total de aproximadamente 58 milhões de reais e sequestro e arresto de automóveis e imóveis de luxo e de uma aeronave com valor estimado em R$ 3,6 milhões.

As investigações iniciaram em 2022 e apuraram que a organização criminosa é formada por três núcleos que atuam de forma coordenada entre os detentores dos portos clandestinos, os beneficiários e revendedores das mercadorias contrabandeadas e os operadores financeiros.

Através de doleiros, o grupo realizava diversas operações cambiais à margem do sistema legal para promoção de evasão de divisas com a finalidade de pagar fornecedores da mercadoria no exterior, sendo que duas das empresas utilizadas com esse propósito adquiriram criptoativos na ordem de R$ 1,2 bilhão.

Toda a operação criminosa é amparada pela utilização de documentação fraudada, como notas de produtores rurais lançadas para justificar o grande volume de grãos contrabandeados comercializados ou emitidas por empresas de fachada.

O volume de mercadorias internalizadas, aliada aos valores empregados para evasão de divisas e lavagem de capitais, permitiram à organização criminosa movimentar cifra superior a R$ 3,5 bilhões nos últimos cinco anos.

Durante o período de investigação, foram apreendidas 171 toneladas de soja, farelo de soja e milho, presas 11 pessoas em flagrante e apreendidos caminhões, automóveis, vinhos e agrotóxicos.

Fonte: Agro em Dia

 

 

A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL MANTÉM O MOVIMENTO FORTE E ATUANTE

A Contribuição Sindical dos(as) Agricultores(as) Familiares é realizada para o Sistema Confederativo – CONTAG – Fetag-RS e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ela é devida por toda a categoria, trabalhadores(as) ou empregados(as). Ou seja, todos aqueles que são trabalhadores rurais e não possuem empregados e exercem a atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, sendo proprietário, arrendatário, parceiro, meeiro ou comodatário.

Para o tesoureiro-geral da Fetag-RS, Agnaldo Barcelos, a Contribuição Sindical é uma das formas de manter o Movimento Sindical atuante, forte e em constante luta para assegurar o direito dos agricultores familiares. Agnaldo reitera que embora a Contribuição seja facultativa, é uma obrigação dos agricultores(as), pois quando da conquista de um benefício para a classe todos recebem as melhorias.

O valor da Contribuição Sindical da Agricultura Familiar referente ao exercício 2023 é de R$ 44,00 (quarenta e quatro reais) por membro do grupo familiar.