INFORMATIVOS

INFORMATIVO N° 1.791

INFORMATIVO N° 1.791

REDACÃO: Hoana Talita Gehlen/Eduardo Oliveira

DATA:  14/5/2024

SITE: www.fetagrs.org.br

Informativo desta terça-feira está no ar!

Notícias da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul e dos 313 Sindicatos dos Trabalhadores Rurais filiados.  Disponível em todo o Estado com informações para o agricultor, agricultora e pecuarista familiar.

 

FETAG-RS E ENTIDADES ALINHAM MEDIDAS COM O MDA PARA O RIO GRANDE DO SUL

Em meio ao caos que aflige o Rio Grande do Sul, em especial a agricultura familiar, na tarde de segunda-feira (13), a Fetag-RS participou de reunião com o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, para tratar sobre novas medidas que venham a socorrer o Rio Grande do Sul.

Um dos temas centrais, foi a formação de proposta para regulamentação da medida já anunciada para o financiamento de reconstrução. A Fetag-RS tem solicitado um subsídio de mínimo de 25% por família. O ministro e sua equipe ouviram as propostas das entidades e, em breve, convocarão outra reunião para a anunciar o valor definido.

Para o presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, que representou a federação, “a medida é boa, mas o valor de R$600 milhões é pouco diante da grande necessidade do Estado, já que alguns municípios foram riscados do mapa. Já que o valor é esse, temos que fazer com que o maior número possível de famílias seja atendida nesse primeiro momento. Na sequência, teremos que buscar mais recursos para essa finalidade”.

Ainda, foi informado às entidades que outras medidas estão sendo estudadas pelo Ministério, tais como o adiamento da dívida do Estado com a União por três anos; programas com finalidade de reconstruir o meio rural e a mecanização das propriedades, além da compra de milho balcão e mudança de legislação para permitir um maior desconto para agricultores.

O ministro também anunciou que as validades das DAPs serão prorrogadas no Rio Grande do Sul. A portaria será publicada no Diário Oficial de amanhã.

PRIMEIRA PAUTA DA FETAG-RS É ATENDIDA PELO GOVERNO

A pauta da Fetag-RS apresentada verbalmente pela Fetag-RS em reunião com o ministro Paulo Teixeira, na última quarta-feira (8), e reforçada de forma oficial nesta sexta-feira (10), foi atendida pelo governo federal: agricultores atingidos pelas enchentes dos últimos dias terão suas dívidas prorrogadas por 120 dias.

Para a Fetag-RS, a prorrogação é o primeiro passo que o governo federal poderia dar no sentido de socorrer os produtores rurais gaúchos. Com a medida, ganha-se tempo para discutir ações que atendam plenamente os anseios da categoria.

A partir de agora, a Fetag-RS buscará que o governo federal conceda anistia para as parcelas de 2024 e securitização para os futuros financiamentos da agricultura familiar.

Segundo o presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, que participou da reunião virtual com o ministro na última quarta-feira, “o anúncio de hoje já é uma grande vitória. Reconhecemos a agilidade do governo com esta medida e entendemos que temos condições de avançar mais. A agricultura familiar está gravemente abalada e não tem condições de honrar com muitos dos compromissos assumidos. Seguiremos o diálogo com os governos do Estado e da União”.

RS: 102 TRECHOS DE RODOVIAS TÊM BLOQUEIO TOTAL OU PARCIAL

O estado do Rio Grande do Sul tem 102 trechos de rodovias federais e estaduais com bloqueios total ou parciais por causa das enchentes. Grande parte das interdições é nas estradas que passam pela Serra Gaúcha.

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), dos pontos interditados, 56 estão em rodovias federais. Na via que liga Nova Petrópolis a Caxias do Sul, uma ponte cedeu após o nível de água do rio aumentar.

Com a tendência do rio Guaíba subir, podendo chegar à marca de 5,5 metros, e de outros rios do estado, a PRF irá avaliar a segurança de trechos que haviam sido liberados, ou seja, se terão de ser fechados novamente, segundo o porta-voz da PRF, Ricardo de Paula, em entrevista à TV Brasil.

Fonte: Agrolink

CONAB REVÊ SAFRA TOTAL COM AJUSTE EM SOJA E MILHO; PERDAS NO RS NÃO FORAM CONTABILIZADAS

A área semeada para a soja na safra 2023/2024 teve um ajuste a partir da identificação de novas áreas de cultivo no Maranhão, Goiás, Pará, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. O mesmo foi verificado para o milho 2ª safra. As informações estão no 8º Levantamento da Safra de Grãos 2023/2024 divulgado nesta terça-feira (14) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Diante disso, a estimativa para a produção nesta temporada está em 295,45 milhões de toneladas de grãos. No entanto, as fortes chuvas registradas no Rio Grande do Sul trarão impactos negativos para o resultado final do atual ciclo.

“Não é possível ainda ter precisão nas perdas para o setor no estado. Os níveis de água estão elevados e o acesso às propriedades é difícil, impossibilitando que se faça uma avaliação mais detalhada. E vale ressaltar que neste primeiro momento a preocupação é com as vidas e com a garantia do abastecimento, fazer com que as pessoas atingidas pelas chuvas tenham o direito ao básico, como a alimentação”, afirma o presidente da companhia, Edegar Pretto.

Arroz

Atualmente, a produção para o arroz está estimada em 10,495 milhões de toneladas pela Conab. Porém, as frequentes e volumosas chuvas registradas no Rio Grande do Sul, principal produtor do grão no país, resultarão em perdas nas lavouras da cultura no estado. Os prejuízos ainda estão sendo mensurados, mas pelo menos 8% da área gaúcha para a cultura registrará perdas devido às volumosas chuvas, indica a estatal.

Nos demais estados, a colheita avança favorecida pela estabilidade climática. Até o dia 5 deste mês cerca de 80,7% da área semeada em todo país já estava colhida. A qualidade dos grãos colhidos é satisfatória, com bons rendimentos também na quantidade de grãos inteiros, indica o levantamento.

Feijão

Para o feijão, as atenções se voltam para a segunda safra da leguminosa. Com a área toda semeada, as lavouras vêm apresentando um bom desenvolvimento. No Paraná, as chuvas foram irregulares nas principais regiões produtoras nas últimas semanas, mas, de acordo com as avaliações dos técnicos da Conab, é perceptível que as condições climáticas gerais estão melhores que no início do ciclo, beneficiando as lavouras mais tardias e devendo elevar a média produtiva da cultura em comparação à temporada anterior.

Já em Minas Gerais foi verificado um leve incremento de área plantada em relação ao ano passado. As condições gerais das lavouras mineiras são consideradas boas, com a umidade do solo sendo favorável ao desenvolvimento da cultura.

Somando as três safras do grão, a produção nacional deverá atingir 3,32 milhões de toneladas, volume 9,5% superior à produção de 2022/23.

Milho

O levantamento da Conab também estima uma colheita de milho em 111,64 milhões de toneladas, redução de 15,4% se comparada com a temporada passada. A primeira safra do cereal teve, na maioria dos estados produtores, produtividades inferiores às obtidas no último ciclo, influenciadas por condições climáticas adversas ocorridas.

Na segunda safra do grão, as condições não são uniformes. Em Mato Grosso, a maioria das lavouras encontram-se em enchimento de grãos, com bom desenvolvimento e boa reserva hídrica no solo. Porém, em Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais e parte do Paraná, a redução das precipitações em abril provocou sintomas de estresse hídrico em diversas áreas.

Soja

Em virtude dos ajustes de área e produtividade, neste levantamento, caso a condição de catástrofe climática não tivesse ocorrido no Rio Grande do Sul, a produção brasileira de soja, estimada nesse levantamento, seria superior a 148,4 milhões de toneladas. No entanto, a estimativa atualizada de produção da oleaginosa é de 147,68 milhões de toneladas, redução de 4,5% sobre a safra anterior. Com a atualização realizada, área total cultivada na safra 2023/24 é de 45,7 milhões de hectares, 3,8% superior ao semeado na safra passada. Porém, as produtividades foram inferiores às da safra passada em quase todo o país, reflexo das condições climáticas adversas ocorridas durante a implantação e desenvolvimento da cultura, com falta e excesso de precipitações em épocas importantes no desenvolvimento da cultura.

Já para o algodão, é esperado um crescimento de 16,7% na área cultivada, explicado, principalmente, pelas boas perspectivas de mercado. As condições climáticas continuam favorecendo as lavouras, predominando os estágios de floração e formação de maçãs. Com isso, a produção da pluma deve atingir 3,64 milhões de toneladas, recorde na série histórica da Conab.

No caso das culturas de inverno, a semeadura do trigo já teve início nos estados do Centro-Oeste e Sudeste e no Paraná. No Rio Grande do Sul, em face dos altos índices pluviométricos que vêm ocorrendo no estado, o plantio da cultura deverá iniciar com um certo atraso nas regiões mais quentes do estado (Alto Uruguai e região das Missões), que também são as responsáveis pelo maior plantio da cultura.

Mercado

Neste levantamento, a Conab fez ajustes no quadro de suprimento de arroz. Estima-se uma expansão do consumo nacional  do grão para 11 milhões de toneladas na safra 2023/24. Essa revisão foi realizada com base no provável cenário de políticas públicas de incentivo à ampliação de consumo de arroz ao longo de 2024. As importações do grão foram aumentadas e agora estão projetadas em 2,2 milhões de toneladas, enquanto as exportações tiveram leve redução e podem atingir 1,2 milhão de toneladas.

No entanto, essas estimativas serão atualizadas à medida que os impactos das fortes chuvas no Rio Grande do Sul forem mensurados, uma vez que os dados ainda são preliminares, dada a dificuldade de acesso às regiões afetadas. A redução deverá acontecer tanto no produto a ser colhido, quanto no grão já estocado em áreas inundadas.

Para a soja, a revisão na área cultivada permitiu um leve aumento na produção em relação ao último levantamento, o que possibilita uma estimativa de exportações em 92,5 milhões de toneladas. Mas, assim como no caso do arroz, a projeção tende a ser revisada à medida que os impactos das chuvas no estado gaúcho forem dimensionados. No entanto, a produção brasileira atende o abastecimento interno, devendo as vendas ao mercado internacional serem impactadas.

Fonte: Canal Rural

 

A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL MANTÉM O MOVIMENTO FORTE E ATUANTE

A Contribuição Sindical dos(as) Agricultores(as) Familiares é realizada para o Sistema Confederativo – CONTAG – Fetag-RS e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ela é devida por toda a categoria, trabalhadores(as) ou empregados(as). Ou seja, todos aqueles que são trabalhadores rurais e não possuem empregados e exercem a atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, sendo proprietário, arrendatário, parceiro, meeiro ou comodatário.

Para o tesoureiro-geral da Fetag-RS, Agnaldo Barcelos, a Contribuição Sindical é uma das formas de manter o Movimento Sindical atuante, forte e em constante luta para assegurar o direito dos agricultores familiares. Agnaldo reitera que embora a Contribuição seja facultativa, é uma obrigação dos agricultores(as), pois quando da conquista de um benefício para a classe todos recebem as melhorias.

O valor da Contribuição Sindical da Agricultura Familiar referente ao exercício 2024 é de R$ 48,00 (quarenta e oito reais) por membro do grupo familiar.