INFORMATIVOS

INFORMATIVO N° 1.796

INFORMATIVO N° 1.796

REDACÃO: Hoana Talita Gehlen/Eduardo Oliveira

DATA:  04/6/2024

SITE: www.fetagrs.org.br

Informativo desta terça-feira está no ar!

Notícias da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul e dos 313 Sindicatos dos Trabalhadores Rurais filiados.  Disponível em todo o Estado com informações para o agricultor, agricultora e pecuarista familiar.

 

 

Em roteiro com o Senar, Fetag-RS identifica estragos causados pela enchente

Nos dias 28, 29 e 30 de maio, o roteiro do programa Agro Solidário, que é uma iniciativa do Senar RS, em parceria com Fetag-RS e com a Farsul, percorreu municípios atingidos pelas enchentes do mês de maio e visitou Sindicatos e propriedades rurais das regiões mais afetadas.

A Fetag-RS foi representada pelo tesoureiro-geral, Agnaldo Barcelos, que testemunhou a dramática situação de diversas famílias agricultoras que registraram perdas materiais, sendo que em alguns casos as propriedades rurais foram destruídas quase que na totalidade, e outras que perderam entes queridos na tragédia.

Segundo Agnaldo, “o roteiro foi impactante e importante, pois estávamos acompanhados de representantes do Senar nacional, entidade que está liderando o Agro Solidário e que já destinou recursos para auxiliar a agricultura e pecuária gaúcha. Conhecemos as realidades de famílias muito atingidas e que necessitam de ajuda. Acredito que o projeto será fundamental para a reconstrução do meio rural do Rio Grande do Sul”.

Como ponto de partida do Agro Solidário, o Senar já anunciou que 300 profissionais técnicos estarão visitando propriedades rurais em 109 municípios localizados na rota da Lagoa dos Patos e dos grandes rios do Estado em situação de calamidade ou emergência e a destinação de R$ 5 milhões para a aquisição de itens como fogões, geladeiras, cestas básicas, colchões, dentre outros considerados como de primeira necessidade. Em um segundo momento, o Senar nacional destinará R$100 milhões para demais necessidades.

A Fetag-RS e seus Sindicatos dos Trabalhadores Rurais estão engajados no projeto e farão todo o possível para que a agricultura e pecuária familiar sejam beneficiadas com o projeto Agro Solidário.

 

Prorrogação de dívidas é pauta fundamental da Fetag-RS

Na segunda-feira (03), a Fetag-RS participou de uma reunião por videoconferência com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e todos os agentes financeiros que operam o crédito rural no Rio Grande do Sul. A pauta, que foi proposta pela Fetag-RS, foi a prorrogação das operações de crédito rural, a discussão das regras do Pronaf Habitação e o Proagro.

O objetivo da reunião foi alinhar os procedimentos para a prorrogação das operações dos agricultores prejudicados por eventos climáticos extremos. A Fetag-RS solicitou que os agentes financeiros atuem para que nenhum agricultor seja mais prejudicado do que já foi pela enchente e pelas seguidas estiagens que afetaram o Estado.

Foi ressaltada a importância do Proagro e de sua manutenção, além do cuidado em relação à simplificação das regras do programa. Embora as regras simplificadas tenham sido positivas neste momento de calamidade, elas poderão prejudicar a agricultura familiar quando a renda for considerada pela média municipal de produtividade.

Como encaminhamento, foi acordado que os agricultores que tenham enquadramento para prorrogar as operações de custeio e investimento até o dia 14 de agosto de 2024, e que encontrarem dificuldades, devem dirigir-se ao seu sindicato. O sindicato, por sua vez, deverá notificar a Fetag-RS por escrito, informando o nome completo, município, número da operação e o relato do caso.

Para o vice-presidente da Fetag-RS, Eugênio Zanetti, “colocar todos os agentes financeiros e o Ministério do Desenvolvimento Agrário na mesma mesa de discussão é essencial. É aí que temos a oportunidade de colocar as dificuldades que os agricultores estão tendo e a partir daí corrigir o que não está sendo executado de forma adequada. Nesse momento não podemos deixar nenhuma família desamparada.”

 

Rio Grande do Sul adota medidas para proteger citros após enchentes

Com as enchentes no Rio Grande do Sul, muitos pomares de citros foram perdidos e haverá necessidade de replantio. Agora, produtores estão preocupados com as mudas que são compradas fora do estado, já que o território gaúcho é livre de greening, a principal doença da cultura. A secretaria da Agricultura local já adota medidas para assegurar a sanidade vegetal.

O Rio Grande do Sul está entre os maiores produtores de citros no país, com destaque para a bergamota, nome regional da mexerica ou tangerina. A fruta é produzida em mais de 13 mil hectares em 408 municípios, a maior área plantada do Brasil. Grande parte dessa produção vem do Vale do Caí, que foi duramente afetado pelas chuvas.

Pomares inteiros foram destruídos. No município de Montenegro, foram perdidos 3 mil hectares, um prejuízo que soma algo em torno de R$ 90 milhões.

Como agravante, o secretário de Agricultura da cidade, Ernesto Kasper, lembra que muitos citricultores já tiveram suas áreas atingidas pela enchente em novembro do ano passado. “A gente vem numa sequência de alagamento dos pomares”, lamenta.

Os municípios ainda avaliam o quanto será perdido com doenças, morte das plantas e necessidade de replantio. Como muitos viveiristas também foram afetados, será preciso buscar mudas em outros estados. Como o Rio Grande do Sul é livre de greening, os cuidados estão sendo redobrados pela Secretaria da Agricultura.

Foi publicada uma normativa que estabelece novos critérios de defesa vegetal com foco em impedir a entrada da praga causadora da doença e do inseto vetor. Todo ingresso de mudas deverá ser autorizado pela Secretaria da Agricultura. As normas passam a valer em 60 dias.

“Não significa que não sejam mudas adequadas. O que se quer é justamente garantir que essas mudas que venham de fora tenham um fit de sanidade bem adequada. Nós queremos evitar mudas que não foram conduzidas no processo legal”, afirma o diretor do Departamento de Defesa Vegetal da secretaria, Ricardo Felicetti.

Fonte: Canal Rural

 

A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL MANTÉM O MOVIMENTO FORTE E ATUANTE

A Contribuição Sindical dos(as) Agricultores(as) Familiares é realizada para o Sistema Confederativo – CONTAG – Fetag-RS e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ela é devida por toda a categoria, trabalhadores(as) ou empregados(as). Ou seja, todos aqueles que são trabalhadores rurais e não possuem empregados e exercem a atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, sendo proprietário, arrendatário, parceiro, meeiro ou comodatário.

Para o tesoureiro-geral da Fetag-RS, Agnaldo Barcelos, a Contribuição Sindical é uma das formas de manter o Movimento Sindical atuante, forte e em constante luta para assegurar o direito dos agricultores familiares. Agnaldo reitera que embora a Contribuição seja facultativa, é uma obrigação dos agricultores(as), pois quando da conquista de um benefício para a classe todos recebem as melhorias.

O valor da Contribuição Sindical da Agricultura Familiar referente ao exercício 2024 é de R$ 48,00 (quarenta e oito reais) por membro do grupo familiar.