INFORMATIVOS
INFORMATIVO N° 1.822
INFORMATIVO N° 1.822
REDACÃO: Hoana Talita Gehlen/Eduardo Oliveira
DATA: 08/10/2024
SITE: www.fetagrs.org.br
Informativo desta terça-feira está no ar!
Notícias da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul e dos 313 Sindicatos dos Trabalhadores Rurais filiados. Disponível em todo o Estado com informações para o agricultor, agricultora e pecuarista familiar.
FETAG-RS COBRA DOS BANCOS A IMPLEMENTAÇÃO DAS MEDIDAS JÁ ANUNCIADAS PELO GOVERNO
A Fetag-RS esteve reuniu-se ontem, quinta-feira (3) com representantes dos principais agentes financeiros do país, incluindo Banco do Brasil, Sicredi, Sicoob, Banrisul, Caixa Econômica e Cresol, além de autoridades do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) de Brasília, da Superintendência Estadual e do Ministério da Fazenda. Como pauta, as dificuldades enfrentadas pela agricultura familiar gaúcha quanto à prorrogação de linhas de crédito e à aplicação das medidas anunciadas para os financiamentos rurais.
Há uma crescente preocupação com o alto volume de reclamações recebidas por parte dos agricultores em relação à morosidade e à falta de clareza na implementação das prorrogações. Um dos principais pontos levantados foi a dificuldade dos produtores que não se enquadram nas condições para receber os descontos, mas que, pela legislação, teriam direito à prorrogação de suas dívidas por até quatro anos para o custeio e renegociação da parcela deste ano para o último ano do contrato para o investimento. Observa-se que, em algumas regiões, essa prorrogação não está sendo efetivada, e os agricultores estão sendo pressionados a liquidar as operações e até devolver recursos do Proagro ao banco.
Além disso, foi discutido o fundo garantidor criado, mas que ainda não está funcionando adequadamente pois os bancos não estão aderindo ao fundo, gerando dificuldades adicionais para os agricultores familiares que desejam aderir a novas linhas de crédito. “Nos gera muita insatisfação a decisão dos bancos em não aderir ao fundo garantidor, pois esse foi um ponto negociado pela Fetag-RS com o Governo Federal para apoiar os agricultores nesse momento de dificuldade.” afirma Carlos Joel da Silva, presidente da Fetag-RS.
A federação também cobrou celeridade na implementação da linha de capital de giro via BNDES, pedindo que os produtores que estão enfrentando dificuldades financeiras busquem suas cooperativas, cerealistas e instituições bancárias para aderirem à linha de crédito com prazo de até oito anos para pagamento. O vice-presidente da Fetag-RS, Eugenio Zanetti, ressalta que “ainda há incertezas sobre as taxas de juros que serão aplicadas e os detalhes dos acordos que os produtores precisarão firmar. Não aceitaremos que os agricultores sejam penalizados com juros mais altos”. Segundo os bancos, essas definições só devem ser anunciadas após o dia 11 deste mês.
A Fetag-RS, em conjunto com os sindicatos de trabalhadores rurais, espera que as resoluções sejam aplicadas de forma efetiva nos próximos dias, garantindo que os agricultores possam ter acesso aos benefícios e condições previstas pela legislação.
OCORRÊNCIA DE CARURU NO RS PODE CAUSAR PERDAS DE ATÉ 80% NAS COLHEITAS
A presença cada vez mais intensa de caruru (Amaranthus spp.) nas lavouras do Rio Grande do Sul tem deixado os produtores em alerta. Com o aumento das infestações nas últimas safras, especialmente da espécie Amaranthus palmeri, uma planta exótica extremamente agressiva, agricultores enfrentam dificuldades em controlar essa planta daninha, que ameaça diretamente a produtividade. A expansão do problema já é percebida em várias regiões do estado e começa a se estender para outras partes do Sul do Brasil.
De acordo com Thiago Oro, Líder de Marketing Enlist para o Sul, o caruru é uma planta com características que a tornam uma das invasoras mais difíceis de controlar. “Temos observado nas últimas safras um crescimento agressivo do caruru competindo nas lavouras de soja. Essa planta é extremamente competitiva, com capacidade de produzir entre 300 mil e 400 mil sementes por planta, o que facilita sua disseminação e torna seu controle muito desafiador para os produtores”, afirma Oro.
No Brasil, há 20 espécies nativas do gênero Amaranthus, sendo 11 delas encontradas no Rio Grande do Sul. No entanto, o Amaranthus palmeri, planta invasora originária da América do Norte, tem gerado especial preocupação. Com um ciclo de vida curto, de cerca de 80 dias, rápida taxa de crescimento e alta capacidade de adaptação, o caruru compete diretamente com as culturas por água, luz e nutrientes, reduzindo drasticamente a produtividade das lavouras. Estudos mostram que, em situações de infestação severa, o caruru pode causar perdas de até 80% nas lavouras de soja, milho ou algodão, chegando a inviabilizar a colheita.
Além disso, essa planta daninha tem se mostrado resistente a herbicidas comumente usados pelos agricultores, como o glifosato e inibidores de ALS (Acetolactato Sintase). Isso faz com que o manejo se torne ainda mais complexo e caro. A resistência ao glifosato, que já foi uma ferramenta amplamente eficaz no controle de plantas daninhas, agora é um grande desafio para os agricultores do estado, que precisam buscar alternativas para enfrentar a invasão do caruru.
Novas tecnologias no combate ao caruru
Diante desse cenário, a adoção de novas tecnologias se torna fundamental para garantir a viabilidade das lavouras. Segundo Oro, a tecnologia Enlist, recentemente lançada pela Corteva, oferece uma solução promissora. A soja Enlist é tolerante a três herbicidas: glifosato, glufosinato e 2,4-D colina, proporcionando uma ferramenta de controle mais eficaz para os produtores. “Estamos trazendo uma nova opção de manejo que ajuda a controlar o caruru na pós-emergência, reduzindo a matocompetição e aumentando a produtividade da lavoura. Essa tecnologia foi desenvolvida especialmente para enfrentar problemas como a resistência ao glifosato e inibidores de ALS”, explica Oro.
A inovação trazida pela soja Enlist, segundo Oro, permite aos agricultores um controle mais eficiente sobre o caruru, mesmo em áreas com alta infestação. Ao combinar a resistência a diferentes herbicidas, a tecnologia amplia as opções de manejo e evita que o caruru se adapte rapidamente aos produtos utilizados, como aconteceu com o glifosato. “Produtores que estavam enfrentando grandes dificuldades de manejo e que não conseguiam colher suas áreas de soja relataram melhorias significativas ao adotar a tecnologia Enlist”, relata Oro. “Eles conseguiram controlar a planta daninha, reduzir a competição por recursos e melhorar sua produtividade”.
Impacto econômico e expansão do problema
O avanço da infestação de caruru no Rio Grande do Sul não só afeta diretamente a produtividade das lavouras, mas também gera um impacto econômico para os agricultores. Com a resistência da planta aos herbicidas tradicionais, os custos de manejo aumentam, forçando os produtores a investirem em novas tecnologias ou na aplicação de maiores volumes de defensivos, o que eleva os custos de produção. Além disso, há relatos de lavouras inteiras inviabilizadas pela infestação severa de caruru, resultando em grandes perdas econômicas. “Estamos vendo o caruru expandir suas áreas de infestação e, por isso, é importante que os produtores adotem estratégias de manejo mais eficientes e integrem novas tecnologias em suas lavouras”, alerta Thiago Oro.
Fonte: Agrolink
CHUVA AVANÇA PELO ESTADO NESTA TERÇA-FEIRA, E HÁ RISCO DE GRANIZO E VENTANIA EM PARTE DO RS
A terça-feira (8) será de tempo instável sobre todas as regiões do território gaúcho. Há risco de queda isolada de granizo na Fronteira Oeste e no Norte.
O tempo será chuvoso, com altos volumes nas Missões, na Campanha, no Sul, na Fronteira Oeste e no centro norte gaúcho. São esperadas rajadas de vento que podem chegar a 90 km/h em cidades localizadas no Noroeste.
Os maiores volumes de chuva estão previstos para a Fronteira Oeste, com 43 milímetros em Maçambara, e 39 milímetros em Itaqui. Isso equivale a 19% e 18% da média histórica para o mês de outubro, respectivamente. Em Porto Alegre, pode chover até 30 mm, o que representa 17% da média para o período.
Segundo a Climatempo, no norte do Estado há alerta para temporais com chuva moderada a forte, possibilidade de raios, e ventania que pode chegar a 70km/h. Em cidades localizadas no Noroeste, há possibilidade de chuva forte e contínua.
A temperatura mínima no RS, será registrada na Serra, em Vacaria, com 13°C e em Bom Jesus, com 14°C. Já a máxima deve ocorrer em Três Passos, no Noroeste, com 25°C. Erechim, no Norte, pode chegar a 24°C. Na Capital, a variação térmica será de 17°C a 21°C.
Na quarta-feira (9), o dia ainda será de sol entre muitas nuvens, com possibilidade de garoa. Na metade norte, na serra e no noroeste do Estado, o tempo será instável, com risco de chuva moderada a forte e chance de ocorrência de raios.
Veja a previsão do tempo para a sua região nesta terça-feira:
Região Metropolitana: a terça-feira será de tempo instável, com céu nublado e chuva ao longo do dia. Em Viamão, os termômetros variam de 17°C a 21°C
Campanha: a terça-feira será de tempo instável, com períodos de céu nublado e possibilidade de chuva. Em Bagé, os termômetros variam de 15°C a 21°C
Fronteira Oeste: a terça-feira será de tempo instável, com céu nublado e chuva pela manhã. Em Uruguaiana, os termômetros variam de 18°C a 22°C
Litoral Norte: a terça-feira será de tempo instável, com chuva ao longo do dia. Em Torres, os termômetros variam de 18°C a 20°C
Litoral Sul: a terça-feira será de tempo firme, com sol entre nuvens e períodos de céu nublado. Em Rio Grande, os termômetros variam de 18°C a 20°C
Região Central: a terça-feira será de tempo instável, com períodos de céu nublado e chuva pela manhã. Em Santa Maria, os termômetros variam de 17°C a 20°C
Região Noroeste: a terça-feira será de tempo instável, com céu nublado e chuva ao longo do dia. Em Ijuí, os termômetros variam de 19°C a 21°C
Região Norte: a terça-feira será de tempo instável, com sol entre nuvens e chuva à tarde. Em Erechim, os termômetros variam de 16°C a 24°C
Região Sul: a terça-feira será de tempo instável, com períodos de céu nublado e possibilidade de garoa. Em Canguçu, os termômetros variam de 14°C a 18°C
Serra: a terça-feira será de tempo fechado, com chuva ao longo do dia. Em Bento Gonçalves, os termômetros variam de 15°C a 18°C
Veja como deve ficar o tempo em algumas cidades nesta terça-feira:
Porto Alegre: tempo chuvoso. Mínima de 17°C e máxima de 21°C
Bagé: tempo nublado, possibilidade de garoa. Mínima de 15°C e máxima de 21ºC
Capão da Canoa: céu nublado, chuva ao longo do dia. Mínima de 16°C e máxima de 21°C
Caxias do Sul: chuva ao longo do dia. Mínima de 15°C e máxima de 18°C
Erechim: sol entre nuvens, chuva à tarde e à noite. Mínima de 16°C e máxima de 24°C
Lajeado: chuva ao longo do dia. Mínima de 18°C e máxima de 20°C
Mostardas: sol entre nuvens, possibilidade de garoa. Mínima de 18°C e máxima de 21°C
Passo Fundo: céu nublado, chuva ao longo do dia. Mínima de 17°C e máxima de 22°C
Pelotas: céu nublado, possibilidade de garoa. Mínima de 17°C e máxima de 21°C
Rio Grande: sol entre nuvens. Mínima de 18°C e máxima de 20°C
São Borja: céu nublado, chuva ao longo do dia. Mínima de 20°C e máxima de 21°C
Santa Cruz do Sul: chuva ao longo do dia. Mínima de 17°C e máxima de 20°C
Santa Maria: céu nublado, chuva pela manhã. Mínima de 17°C e máxima de 20°C
Santa Rosa: céu nublado, chuva ao longo do dia. Mínima de 20°C e máxima de 22°C
Torres: chuva ao longo do dia. Mínima de 18°C e máxima de 20°C
Tramandaí: chuva ao longo do dia. Mínima de 18°C e máxima de 22°C
Uruguaiana: céu nublado, chuva pela manhã. Mínima de 18°C e máxima de 22°C
Xangri-lá: céu nublado, chuva ao longo do dia. Mínima de 17°C e máxima de 22°C
Fonte: GZH
A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL MANTÉM O MOVIMENTO FORTE E ATUANTE
A Contribuição Sindical dos(as) Agricultores(as) Familiares é realizada para o Sistema Confederativo – CONTAG – Fetag-RS e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ela é devida por toda a categoria, trabalhadores(as) ou empregados(as). Ou seja, todos aqueles que são trabalhadores rurais e não possuem empregados e exercem a atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, sendo proprietário, arrendatário, parceiro, meeiro ou comodatário.
Para o tesoureiro-geral da Fetag-RS, Agnaldo Barcelos, a Contribuição Sindical é uma das formas de manter o Movimento Sindical atuante, forte e em constante luta para assegurar o direito dos agricultores familiares. Agnaldo reitera que embora a Contribuição seja facultativa, é uma obrigação dos agricultores(as), pois quando da conquista de um benefício para a classe todos recebem as melhorias.
O valor da Contribuição Sindical da Agricultura Familiar referente ao exercício 2024 é de R$ 48,00 (quarenta e oito reais) por membro do grupo familiar.