INFORMATIVOS

INFORMATIVO N° 1.839

INFORMATIVO N° 1.839

REDACÃO:  Eduardo Oliveira

DATA:  16/01/2025

SITE: www.fetagrs.org.br

Informativo desta quinta-feira está no ar!

Notícias da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul e dos 313 Sindicatos dos Trabalhadores Rurais filiados.  Disponível em todo o Estado com informações para o agricultor, agricultora e pecuarista familiar.

FETAG-RS FRUSTRADA APÓS RODADA DE NEGOCIAÇÃO DA SAFRA DE TABACO

A Fetag-RS manifesta preocupação com a ausência de seis das onze empresas fumageiras convidadas para as reuniões realizadas na sede da Afubra, nos dias 14 e 15 de janeiro, destinadas à definição do preço do tabaco da safra 2024/2025. Essa ausência enfraquece o sistema integrado de produção, prejudicando diretamente a agricultura familiar. Além de não comparecerem, as empresas ausentes não apresentaram propostas, desrespeitando a determinação de trazer, no mínimo, ajustes que cobrissem o custo de produção.

Uma das exigências da comissão representativa era que as propostas das empresas contemplassem, no mínimo, o custo de produção, além de percentuais adicionais para corrigir defasagens acumuladas. No segmento Virgínia, duas empresas, China Brasil e UTC, apresentaram propostas cobrindo apenas o custo de produção. A Universal Leaf adicionou à variação do custo um reajuste de 1,05% para recuperação da tabela. A JTI revisou sua oferta anterior, propondo um reajuste de 10,50%, no entanto, esse índice é o percentual médio aplicado sobre todas as classes da tabela, desfavorecendo as classes com maior valor de remuneração. A BAT, no entanto, discordou do custo de produção previamente acordado com a Comissão e não apresentou proposta.

No segmento Burley, as empresas que apresentaram propostas atenderam ou superaram a variação do custo de produção, alinhando-se às expectativas da Comissão.

A Fetag-RS salienta que é fundamental valorizar o tabaco de qualidade produzido diretamente pelos agricultores, assegurando que a remuneração adequada esteja nas mãos dos produtores, e não de atravessadores. O agricultor deve ocupar o centro do sistema integrado, sendo reconhecido como o principal pilar desse modelo de produção, o que também fortalece a sustentabilidade no meio rural.

Para Camila Rode, diretora da Fetag-RS que esteve presente na negociação, “no mês de fevereiro, uma nova rodada de negociação deverá ocorrer e permaneceremos na luta para que o agricultor tenha garantida uma remuneração justa e adequada a atividade, já que a tabela de preço é uma ferramenta crucial para o agricultor, e precisamos dela forte para que em anos que a comercialização está desfavorável o produtor tenha garantia mínima”.

Também estiveram presentes representando a Fetag-RS a assessora de política agrícola Carla Schuh e o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santa Cruz do Sul Sérgio Reis.

FETAG-RS COBRA E CRÉDITO FUNDIÁRIO DEVERÁ TER NOVAS CONTRATAÇÕES ATÉ MARÇO

Na segunda-feira (13), a Fetag-RS, representada pelo vice-presidente Eugênio Zanetti e pelo assessor de política agrícola Adrik Richter, participou de uma reunião com Milton Bernardes, superintendente do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) no Rio Grande do Sul, para tratar de temas importantes para a agricultura familiar gaúcha.

Durante a conversa, a Fetag-RS destacou que alguns agricultores ainda não conseguiram acessar os auxílios prometidos devido às enchentes de 2024. A entidade solicitou ao MDA os motivos pelas negativas ou pela não aplicação dos benefícios até o momento. Casos concretos serão encaminhados ao ministério para análise.

Outro tema foi o Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF). A Fetag-RS demonstrou preocupação com o baixo número de novas contratações e apontou dificuldades na fase final de contratação junto ao Banco do Brasil. A Federação pediu uma revisão dos processos para facilitar o acesso ao programa.

A Federação também cobrou que o MDA oficialize a dispensa do laudo de avaliação de imóveis no padrão ABNT para as propostas de crédito fundiário. Essa medida é importante para simplificar e agilizar o processo.

Como encaminhamentos, ficou acertada a marcação de uma reunião entre o MDA e o Banco do Brasil para resolver os problemas nas contratações do PNCF, além do envio de um ofício pela superintendência do MDA no RS ao MDA em Brasília cobrando uma decisão sobre a dispensa do laudo de avaliação de imóveis.

De acordo com o governo, a meta estabelecida é contratar 90 propostas de crédito fundiário até o final de março de 2025.

PRÓXIMOS DIAS SERÃO DE CALOR INTENSO NO RS; TEMPERATURA PODE CHEGAR AOS 40ºC

O Rio Grande do Sul terá temperaturas acima da média para o mês de janeiro nos próximos dias. Até domingo (19), os termômetros seguem em elevação, com sensação de abafamento e possibilidade de registro de ondas de calor na Fronteira Oeste e na região das Missões.

O que são ondas de calor?

Ondas de calor são eventos climáticos caracterizados por temperaturas que superam os níveis esperados para uma determinada região e época do ano. Para definir o fenômeno, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) estabelece que são necessários cinco ou mais dias consecutivos em que os termômetros ultrapassam a média mensal em 5°C.

De acordo com a Climatempo, o extremo Oeste do Rio Grande do Sul e parte da região das Missões podem observar essa variação. Nas cidades de Uruguaiana e Santo Ângelo, por exemplo, a temperatura máxima costuma ficar em torno dos 32ºC nessa época do ano. Contudo, nos próximos dias, pode chegar a 37ºC e 38ºC. Em São Borja, há projeção para atingir os 41ºC e 42ºC.

Essa condição tem sido influenciada por uma onda de calor formada sobre a Argentina, que se projeta nas regiões próximas à fronteira com o Brasil.

— Como o Norte da Argentina é bem quente, a região favorece a estabilização dessas massas quentes e o deslocamento para o sul brasileiro. Essa massa vai contribuir para esse cenário ao longo dos próximos dias — explica Guilherme Borges, meteorologista da Climatempo.

Até o momento, o Instituto Nacional de Meteorologista (Inmet) não classificou essa elevação como onda de calor, já que a projeção encontra-se no limite do critério da OMM. Análises seguirão sendo realizadas e possíveis alertas podem ser emitidos.

Calor intenso nas demais regiões

A entrada de massas de ar quente vindas do país vizinho também devem influenciar no aumento das temperaturas no restante do Rio Grande do Sul.

— Quando olhamos para o restante do Estado, teremos índices mais elevados. Considerando a faixa Sul, Central, Região Metropolitana, dos Vales e Serra, essas áreas vão ter temperaturas entre 3ºC a 5ºC acima da sua média ao longo dos próximos dias. Mesmo não estando no linear de onda de calor, essas áreas vão ter temperaturas acima da normalidade — diz Borges.

Em janeiro, Porto Alegre costuma registrar máximas em torno dos 30ºC e 31ºC. Com a configuração atual, a tendência é que chegue aos 34ºC.

Chuvas são esperadas?

Geralmente, um período de calor intenso é procedido pela entrada de uma frente fria, capaz de provocar chuva e diminuir as temperaturas. A depender do contraste térmico, elas podem ser mais ou menos carregadas.

Conforme Guilherme Borges, está prevista a entrada de uma massa de ar frio sobre o território gaúcho. Esse “choque” pode favorecer pancadas e até mesmo tempestades, mas ainda não é possível dizer qual será a intensidade.

— Quando olhamos para os modelos meteorológicos, há uma tendência de chuva logo após o dia 19, mas temos que ter cuidado porque os modelos atualizam de um dia para o outro. Pode ser que as massas de ar frio quebrem essa onda de calor, mas não gerem tempestades intensas ou pode ser que elas ocorram deslocadas para o mar. Precisamos acompanhar.

Fonte: GZH

A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL MANTÉM O MOVIMENTO FORTE E ATUANTE

A Contribuição Sindical dos(as) Agricultores(as) Familiares é realizada para o Sistema Confederativo – CONTAG – Fetag-RS e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ela é devida por toda a categoria, trabalhadores(as) ou empregados(as). Ou seja, todos aqueles que são trabalhadores rurais e não possuem empregados e exercem a atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, sendo proprietário, arrendatário, parceiro, meeiro ou comodatário.

Para o tesoureiro-geral da Fetag-RS, Agnaldo Barcelos, a Contribuição Sindical é uma das formas de manter o Movimento Sindical atuante, forte e em constante luta para assegurar o direito dos agricultores familiares. Agnaldo reitera que embora a Contribuição seja facultativa, é uma obrigação dos agricultores(as), pois quando da conquista de um benefício para a classe todos recebem as melhorias.

O valor da Contribuição Sindical da Agricultura Familiar referente ao exercício 2025 é de R$ 51,00 (cinquenta e um reais) por membro do grupo familiar.