INFORMATIVOS

INFORMATIVO N° 1.846

INFORMATIVO N° 1.846

REDACÃO:  Eduardo Oliveira

DATA:  13/3/2025

SITE: www.fetagrs.org.br

Informativo desta quinta-feira está no ar!

Notícias da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul e dos 313 Sindicatos dos Trabalhadores Rurais filiados.  Disponível em todo o Estado com informações para o agricultor, agricultora e pecuarista familiar.

FETAG-RS ASSINA PROJETO PARA RECUPERAÇÃO DE BIOMAS NA CONFERÊNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE

Nesta terça-feira, durante a 5ª Conferência Estadual de Meio Ambiente do RS, foram assinados os TCAs do Projeto Recuperação de Biomas II: Promovendo a Conservação e Regularização Ambiental Integrada ao Desenvolvimento da Agricultura e Pecuária Familiar por Meio da Educação do Campo, Geração de Renda e Sucessão Rural.

O projeto é liderado pela Fetag-RS, em parceria com a SEMA, financiado pela CPFL Transmissão e executado por meio das Casas Familiares Rurais e Escolas Família Agrícola.

Representando a Fetag -RS, participaram do ato Agnaldo Barcelos, tesoureiro-geral, e Lérida Pavanelo, coordenadora estadual de Mulheres. Também estiveram presentes Li Fu, Diretor-Presidente da CPFL Transmissão; Marjorie Kauffmann, secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura (SEMA); Rodolfo Sirol, Diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CPFL Transmissão; Cátia Gonçalves, diretora de Biodiversidade da SEMA; Angélica Ritter, chefe da Divisão de Flora da SEMA; e Mariela Inês Secchi, coordenadora de Educação Ambiental da SEMA.

Para Agnaldo Barcelos, que coordena o projeto na Fetag -RS, “hoje foi dado mais um passo significativo para esta iniciativa estratégica, que alia educação do campo, pedagogia da alternância e práticas ambientais sustentáveis na agricultura e pecuária familiar. O projeto chama a juventude rural para ser protagonista da resiliência climática, assegurando preservação ambiental e desenvolvimento rural sustentável em seus territórios”.

 

DA BOCHECHA SUÍNA DEFUMADA AO QUEIJO COM CACHAÇA, PAVILHÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR É PARADA OBRIGATÓRIA NA EXPODIRETO

Feiras do campo não são as mesmas sem agricultura familiar, e na Expodireto, em Não-Me-Toque, o pavilhão que abriga as agroindústrias é um dos mais procurados pelo público. Do suco ao embutido, as delícias do Interior são protagonistas desde que passaram fazer parte da mostra, em 2008. De lá para cá, acompanham a evolução da própria feira, que celebra 25 edições este ano.

Uma das esquinas mais requisitadas do pavilhão, o estande da Produtos Coloniais Sobucki é também um dos mais antigos, instalado desde a primeira vez que a agricultura familiar esteve na feira. Sucos, compotas, caldas para drinks e geleias especiais estão no cardápio atual, muito diferente da estreia, que tinha apenas suco.

À frente da banca, Miguel Sobucki, 63 anos, tomava fôlego para falar com a reportagem enquanto atendia a clientela entre uma venda corrida e outra. Revivendo o passado, lembrou que a primeira participação precisou de investimento: uma máquina de suco comprada em quatro parcelas no cheque pré-datado. A aposta deu certo, já com o lançamento do suco de butiá, que se tornou febre nas feiras.

— Pegamos a fama e crescemos muito com o suco de butiá. Hoje o pessoal já conhece pelo rótulo e nos procura — comenta Sobucki, do município de Sete de Setembro.

— Mesmo a Expodireto não era nem metade do que é hoje — relembra.

Produtos novos

Todos os anos os produtores são desafiados a levar novidades para as feiras. E o pessoal gosta de inovar. A charcutaria Don Cutello, de Guaporé, expõe produtos diferenciados como a bochecha suína defumada, conhecida como guanciale. O corte é utilizado na culinária italiana, em pratos como a massa carbonara.

Em operação há quatro anos, a banca é uma das estreantes na Expodireto.

— Estamos bem contentes, principalmente pela valorização que o consumidor daqui dedica aos produtos. Dá para ver que o pessoal se interessa em saber. Vamos sair com vontade de vir numa próxima — diz Patrícia Cavasin, 36 anos, proprietária da agroindústria.

No corredor vizinho, o queijo com cachaça do Sítio Esperança Produtos Autorais, de Barão de Cotegipe, chega a formar fila por uma provinha. É o queijo Bendito, destaque da edição. Elaborada para ser diferente, a iguaria é premiada em concursos nacionais.

O sócio da marca, Laércio Lerin, 32 anos, conta que a esposa é quem gosta de criar os queijos. O da cachaça se junta a outros tipos, como o queijo com azeite de oliva e urucum na casca, o de vinho e outros coloniais tradicionais que compõe o cardápio.

— Levantamos a ideia, desenvolvemos o produto, fizemos ajustes e de repente foi um sucesso. Ganhamos o concurso de melhor queijo com medalha de ouro e minha esposa levou o segundo lugar no concurso de melhor queijeiro do Brasil — orgulha-se.

Oportunidade

Coordenador de feiras da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Jocimar Rabaioli diz que a participação dos produtores tem uma importância significativa para a agricultura familiar. A presença acompanha o desenvolvimento do trabalho e do pavilhão.

— Os expositores ganharam mais confiança sobre os seus produtos. É uma lapidação dos próprios negócios. Cada ano a feira nos supera positivamente — diz Rabaioli.

São 222 agroindústrias presentes este ano, 49 delas fazendo estreia. Os expositores representam 133 municípios do Rio Grande do Sul, com destaque para a participação de 138 mulheres e 33 jovens à frente dos empreendimentos. Em 2024, Pavilhão da Agricultura Familiar faturou R$ 3,13 milhões.

— Saímos de 30 expositores para 222. Há 17 anos, tínhamos que convencer os produtores a acreditarem na feira. Agora tem fila de espera. É um problema bom — completa o dirigente da Fetag-RS.

Fonte: GZH

 

DÉBITOS ACUMULADOS DO AGRO SÃO EXAMINADOS EM DEBATE NA EXPODIRETO 2025

exemplo do que ocorreu no primeiro encontro do ciclo Correio Rural Debates, na 25ª Expodireto Cotrijal, os participantes do segundo evento defenderam a união dos gaúchos em torno de pautas consideradas fundamentais para a agropecuária do Rio Grande do Sul.

A iniciativa do Correio do Povo reuniu, na feira realizada em Não-Me-Toque, no Noroeste do Estado, o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag/RS), Carlos Joel da Silva, o presidente da Central Sicredi Sul Sudeste, Márcio Port, o economista-chefe da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Antônio da Luz, e o CEO da Jacto, Carlos Daniel Haushahn, com mediação do jornalista e editor-assistente de Rural do Correio do Povo, Poti Silveira Campos. O tema proposto foi “Mercado, tecnologia e crédito agrícola no ano de 2025”.

Irrigação, ampliação do volume de recursos controlados previstos no Plano Safra, securitização da dívida acumulada por produtores rurais do Estado e adoção de políticas públicas para a agropecuária com maior período de validade estiveram entre as propostas consensuais entre os debatedores.

“O orçamento do governo federal para agricultura é pequeno, assim como é o do governo do Estado, assim como é o dos municípios”, disse Carlos Joel, iniciando a abordagem sobre o crédito rural.

O presidente da Fetag/RS lembrou que a busca dos produtores gaúchos por recursos para custeio e investimento ocorre, atualmente, depois de cinco anos de lavouras prejudicadas por problemas climáticos.

“Nenhum produtor do mundo se prepara para perder cinco safras em seis. Nenhum”, comentou Antônio Da Luz.

Carlos Joel afirmou que o governo federal poderia resolvido o endividamento dos produtores gaúchos, agravado com a estiagem que atinge o RS desde meados de dezembro, “se tivesse atendido a pauta da Fetag, da Farsul, das entidades, no ano passado, que era de 15 anos de prorrogação. Não estaríamos agora pedindo prorrogação novamente”. Para o dirigente da Fetag, o agropecuarista chegou “no fim do poço”.

“Não tem mais como a gente esticar a corda”, garantiu Carlos Joel.

Da Luz apontou que a redução dos recursos com juro subsidiado no Plano Safra ocorre desde 2010, tendo se intensificado a partir de 2012, até chegar ao patamar atual. Hoje, 75% dos valores previstos no projeto são livres, ou seja, tem juro definido de acordo com o critério de cada instituição financeira.

“O Plano Safra deveria ser anunciado pela Febraban”, ironizou Da Luz, referindo-se à Federação Brasileira de Bancos.

Por outro lado, o economista salientou que, diante da falta de alternativa, “se não fosse o recurso livre, não teríamos a agricultura que temos hoje”.

“É desafiador, num Estado no qual 40% do PIB é oriundo do agronegócio, enquanto que a média nacional é algo em torno de 25%, não termos recursos suficiente para financiar o produtor”, ponderou o presidente da Central Sicredi Sul Sudeste, Márcio Port.

O presidente ressaltou que a cooperativa é um dos maiores financiadores do agronegócio do país. “Os recursos acabam ficando escassos antes do final do Plano Safra”, complementou.

De acordo com Port, a falta de recursos controlados se torna ainda mais grave no Estado, cuja atividade do agro é caracterizada por forte presença da agricultura familiar. “É justamente o público que mais busca a taxa de juros com taxas menores”, afirmou.

“Não temos plano B do Rio Grande do Sul. Nossos planos A e B são o agronegócio”, disse Port.

Representando o setor industrial, o CEO da Jacto, Carlos Daniel Haushahn, considera que a rentabilidade do produtor rural é um “elemento-chave dentro de uma cadeia de produção como o agronegócio”. Haushahn explicou que o setor de máquinas e implementos agrícolas depende do sucesso do agricultor.

“Em ambientes mais tensos, como a gente tem vivido hoje, taxa de juro muito alta e capacidade reduzida de pagar as contas, a indústria é muito atingida”, disse Haushahn.

A afirmação do CEO motivou os outros debatedores a examinar a extensão dos prejuízos provocados à sociedade gaúcho diante de um baixo desempenho do agronegócio.

“Muitos empregos, que estão no centro da cidade, se não tiver o agricultor, não tem aquele emprego”, disse Carlos Joel, por exemplo.

“O clima não é um problema do produtor. Já deixou de ser. Era problema do produtor por volta de 2020. Agora, virou problema do Estado”, afirmou Da Luz, conclamando a união em torno de temas de relevância.

“Precisamos ter irrigação, precisamos trabalhar reservação de água e o manejo do solo. Então talvez essa seja a nossa pauta para garantir que, daqui a um ano, chegaremos na Expodireto com outros indicadores”, disse o economista-chefe da Farsul, com a concordância dos demais.

Fonte: Correio do Povo

  

A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL MANTÉM O MOVIMENTO FORTE E ATUANTE

A Contribuição Sindical dos(as) Agricultores(as) Familiares é realizada para o Sistema Confederativo – CONTAG – Fetag-RS e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ela é devida por toda a categoria, trabalhadores(as) ou empregados(as). Ou seja, todos aqueles que são trabalhadores rurais e não possuem empregados e exercem a atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, sendo proprietário, arrendatário, parceiro, meeiro ou comodatário.

Para o tesoureiro-geral da Fetag-RS, Agnaldo Barcelos, a Contribuição Sindical é uma das formas de manter o Movimento Sindical atuante, forte e em constante luta para assegurar o direito dos agricultores familiares. Agnaldo reitera que embora a Contribuição seja facultativa, é uma obrigação dos agricultores(as), pois quando da conquista de um benefício para a classe todos recebem as melhorias.

O valor da Contribuição Sindical da Agricultura Familiar referente ao exercício 2025 é de R$ 51,00 (cinquenta e um reais) por membro do grupo familiar.