INFORMATIVOS
INFORMATIVO N° 1464
REDACÃO: Hoana Talita Gehlen/Eduardo Oliveira
DATA: 11/8/2020
SITE: www.fetagrs.org.br
Informativo FETAG-RS e Sindicatos dos Trabalhadores Rurais. Um programa da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul e dos 320 Sindicatos filiados. Transmitido em todo o Estado com informações para o trabalhador e a trabalhadora rural.
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FETAG-RS COBRA REGULAMENTAÇÃO DO TERRA BRASIL
Nesta quinta-feira (6), a FETAG-RS esteve em reunião por videoconferência com o coordenador geral do Departamento de Gestão do Crédito Fundiário (DECRED), Carlos Everardo, e com a sua equipe técnica. O órgão é vinculado à Secretaria da Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, sendo responsável pelas operações de crédito que chegam aos agricultores.
A FETAG-RS cobrou urgência na regulamentação do Terra Brasil - Programa Nacional de Crédito Fundiário, que oferece condições para que os agricultores sem acesso à terra ou com pouca terra possam comprar imóvel rural por meio de um financiamento. Os recursos disponibilizados também podem ser utilizados para estruturação da propriedade e do projeto produtivo, na contratação de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) e no que mais for necessário para que o agricultor desenvolva as suas atividades.
A informação obtida pela FETAG-RS é a de que a regulamentação deve ocorrer ainda no mês de agosto. Também foram tratados temas como a operacionalização da linha PNCF Empreendedor pelos agentes financeiros, e o novo formato de ATER.
Na próxima semana, uma nova reunião entre a FETAG-RS, a EMATER e o DECRED discutirá a retomada das contratações das propostas no fluxo emergencial e a implementação do novo formato de operacionalização do programa Terra Brasil.
RS: PRODUTORES COMEMORAM AUMENTO NO PREÇO PAGO PELO LEITE
O preço do leite pago aos produtores aumentou nos últimos meses. Em algumas indústrias de laticínios, o valor que em março era de R$ 1,49, em julho chegou a R$ 1,64. A variação depende de critérios adotados por cada empresa. No entanto, a justificativa para o aumento está relacionada aos altos custos de produção e às condições climáticas desfavoráveis causadas pela estiagem prolongada.
O engenheiro agrícola da Secretaria Municipal de Agricultura de Santa Cruz do Sul, Marco Alves, explica que os valores são reflexos do clima. “O período seco prejudicou a formação de grãos e de pastagens e limitou a produção. Além disso, muitos produtores tiveram que alimentar os animais com ração, o que gerou um custo maior”, explica.
Segundo Alves, a expectativa é de que o preço se mantenha e os valores não aumentem para o consumidor. “A tendência é de estabilidade a partir de agora, pois as pastagens anuais já estão prontas para o consumo. Com mais forragem para alimentação das vacas, diminui o custo de produção” disse. Santa Cruz possui 300 produtores de leite que comercializam a produção para empresas da região.
Alta é motivo de comemoração
O setor leiteiro, que já enfrentou diversas dificuldades, comemora a alta gradativa de preços. Na propriedade de Paulo Roberto Janisch, em Vila Palanque, interior de Venâncio Aires, a produção é de 330 litros de leite por dia, uma média de 9 mil por mês. Segundo Janisch, se os preços se mantiverem, vai ajudar bastante. “Sabemos que este é o último aumento do ano. E poderia se manter porque, no período da antessafra, os custos de produção ficam mais caros, principalmente pela falta de pastagem”, diz.
Joel Dores, que reside em Cerro Alegre Baixo, interior de Santa Cruz do Sul, que tem uma captação diária de 350 litros, 10 mil por mês, ressaltou que, com preços melhores, fica mais fácil de se planejar. “O preço está muito bom. Já tivemos em situações muito piores em que a margem de lucro era muito pequena.”
Fonte: Portal Agrolink
PRÓXIMOS TRÊS MESES DEVEM TER CHUVA DENTRO DA MÉDIA
Em boletim divulgado em 9 de julho pelo CPC/NOAA e com as atualizações do laboratório ENSO do IRI/Universidade de Columbia, as projeções seguem indicando uma fase fria para o segundo semestre, mas os institutos ainda não chamam o fenômeno de La Niña. Na verdade, o que se chama no momento é "possível La Niña em observação".
Segundo o boletim do CPC, os modelos estão se dividindo entre La Niña e neutralidade durante o outono e o inverno. "Baseado, em grande parte, na orientação de modelos dinâmicos, o consenso de previsão favorece levemente o desenvolvimento de La Niña durante a temporada de agosto a outubro e dura até o restante de 2020. Em resumo, a neutralidade é favorecida durante o inverno no Hemisfério Sul com 50 a 55% de chance de desenvolvimento de La Niña durante a primavera e verão de 2020/21".
Na prática, os institutos indicam que há 90% de probabilidade de fase fria no Oceano Pacífico Equatorial, porém com uma probabilidade mais baixa (50%) de atingir padrões de intensidade e duração para configurar o Fenômeno La Niña. Porém, como já descrito em boletins anteriores, esse efeito não ocorre só quando configura o fenômeno.
Na realidade, já estamos sentindo os efeitos na atmosfera dessa fase fria do Pacífico Equatorial há alguns meses, como corrente de jato subtropical mais zonal e ao sul, forçando as frentes frias e massas de ar polar se desviarem rapidamente para o Oceano. Por isso, que o frio intenso que consegue chegar até o Sul não tem atingido o Sudeste do Brasil.
Neste momento, o CPC/NOAA registra índices de anomalia sobre o Niño-4 e Niño-3.4 próximos de zero durante a última semana, enquanto os índices Niño-3 e Niño-1 + 2 ficaram negativos. A questão está na temperatura do Pacífico profundo. Apesar de uma grande área com águas mais frias que o normal no Centro e Leste do oceano, a porção oeste está um pouco mais quente que o normal.
Então, há dúvidas de que o resfriamento superficial seja duradouro suficiente para o surgimento de um La Niña. De qualquer forma, previsões mais estendidas indicam um trimestre outubro-novembro-dezembro mais chuvoso que o normal no Centro e Norte do Brasil. São Paulo, Mato Grosso do Sul e toda a Região Sul devem receber precipitação inferior ao normal, algo coerente com a presença de um Pacífico frio.
Isto quer dizer que mesmo que não tenhamos um La Niña formado, a atmosfera continuará respondendo ao resfriamento do oceano. É claro que o padrão de chuva abaixo da média não será persistente. Observaremos, na realidade, meses secos alternados com meses mais chuvosos no Sul. O segundo semestre resfriado também induz ao favorecimento do jato polar sobre o Cone Sul, o que poderia indicar frio tardio na virada do inverno para a primavera.
Temperatura - Previsão Geral
O próximo trimestre promete ser quente sobre todo o Rio Grande do Sul, especialmente em períodos onde a chuva fica mais irregular, como na primeira quinzena de agosto e ao longo do mês de setembro, com desvios que podem ficar 2°C acima da média para o período. Ondas de frio mais intensas são esperadas para o final de agosto e também no segundo decêndio de setembro, mas as condições para geadas amplas devem ser monitoradas mais próximo ao evento. Outubro tende a ser o mês mais quente dentre os três, e por enquanto, não há expectativa para que fortes ondas de frio alcancem a região.
Precipitação - Previsão Geral
De uma forma geral, o próximo trimestre (agosto-setembro-outubro) tende a ser com chuva dentro da média climatológica no Rio Grande do Sul. De forma mais específica, a primeira quinzena de agosto tende a ser mais seca sobre o estado, com a chuva retornando a partir do dia 12, mas ainda de forma pouco volumosa. O episódio de chuva mais expressivo é esperado para meados do dia 20, quando os acumulados tendem a ultrapassar os 20mm de chuva. Em áreas da Campanha, Centro e Oeste gaúcho, o mês deve fechar com chuva levemente acima da média. Já nas demais áreas, as novas simulações indicam chuva abaixo da média histórica para a região. Em setembro, os modelos meteorológicos divergem em relação à anomalia de chuva, mas episódios na metade e no final do mês serão suficientes para que os acumulados alcancem à climatologia esperada. Para outubro, a expectativa é para acumulados elevados já na primeira semana do mês, com chuva que passa a ficar bem distribuída, e fechando o mês com volumes dentro, tendendo para acima da média.
Fonte: IRGA
A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL MANTÉM O MOVIMENTO FORTE E ATUANTE
A Contribuição Sindical dos(as) Agricultores(as) Familiares é realizada para o Sistema Confederativo – CONTAG – FETAG e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ela é devida por toda a categoria, trabalhadores(as) ou empregados(as). Ou seja, todos aqueles que são trabalhadores rurais e não possuem empregados e exercem a atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, sendo proprietário, arrendatário, parceiro, meeiro ou comodatário.
Para o tesoureiro-geral da FETAG-RS, Agnaldo Barcelos, a Contribuição Sindical é uma das formas de manter o Movimento Sindical atuante, forte e em constante luta para assegurar o direito dos agricultores familiares. Agnaldo reitera que embora a Contribuição seja facultativa, é uma obrigação dos agricultores(as), pois quando da conquista de um benefício para a classe todos recebem as melhorias.
O valor da Contribuição Sindical da Agricultura Familiar referente ao exercício 2020 é de R$ 35,00 (trinta e cinco reais) por membro do grupo familiar.