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FETAG promove II Marcha Estadual da Juventude Rural
em Porto Alegre, a II Marcha Estadual da Juventude Rural. Ela tem como lema Sucessão Rural: é desde pequeno que se aprende a gostar da agricultura e representa um passo decisivo na caminhada de reivindicações por políticas públicas e de mobilização.
Ela adianta que as expectativas para a marcha são as melhores possíveis. A primeira edição, realizada em 2005, ficou na história da juventude gaúcha pela garra, determinação e capacidade de organização. Agora, continua a dirigente, além do processo de mobilização e de organização, estão ocorrendo 23 encontros regionais, os quais representam espaços privilegiados para construir a base de reivindicações da juventude rural para a marcha.
Em relação à escolha do tema Sucessão Rural, ele tem sido a pauta central de todos os encontros dos jovens trabalhadores rurais. A partir dos dados da pesquisa sobre “Dinâmica Populacional e Sucessão na Agricultura Familiar no Vale do Taquari”, realizada durante os meses de junho a dezembro de 2005, numa parceira entre FETAG, Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e Univates, a juventude está debatendo a realidade da sucessão em todas as 23 Regionais Sindicais, construindo propostas para facilitar e estimular todo esse processo.
Os debates, que se encerram no dia 15 de julho, estão centrados em torno da Sucessão Rural na perspectiva da família e de gênero, a situação escolar, os cursos de profissionalização e de qualificação técnica, os sucessores, a legislação sucessória e da terra, as dinâmicas de gestão da propriedade e a participação nos resultados do conjunto das pessoas da unidade familiar. “O movimento sindical, como um todo, precisa discutir mais esse assunto, pois existe a necessidade de sucessores na agricultura para termos a quem representar”, justifica.
Além disso, um outro ponto positivo na avaliação de Josiane é a possibilidade de encontrar novas lideranças para dar continuidade ao trabalho, já que a demanda da juventude não pode ficar restrita ao dia da marcha, mas sim trabalho e negociação constantes. “Esperamos que os órgãos governamentais se sensibilizem para a importância de termos agricultores no campo produzindo”, observa.
As principais reivindicações da marcha
A comissão de jovens da FETAG discutiu as necessidades da juventude no meio rural e concluiu que para manter a juventude no meio rural se faz necessário oportunizar geração de renda, formação, qualificação profissional, assistência técnica, educação voltada ao meio rural e uma legislação ambiental que não prejudique o agricultor ao produzir. Dentre as principais reivindicações destacam-se:
- Alteração do Projeto de Lei do Primeiro Crédito para juventude rural e garantia na liberação do recurso;
- Subsídios para agricultura familiar (isenção do ICMS dos insumos);
- Implementação do Sistema Unificado de Sanidade Animal (Suasa);
- Alterações nas regras do PRONAF Jovem quanto ao enquadramento;
- Concurso público da EMATER com reestruturação do modelo de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) no Estado, com limite de 100 famílias para cada técnico;
- Certificação das Casas Familiares Rurais pelo Conselho Estadual de Educação;
- Reestruturação e maior aporte de recursos para a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (UERGS);
- Alteração da Legislação Ambiental quanto às Áreas de Preservação Permanentes (APPs) e implementação de mecanismos de compensação pelo serviço ambiental na agricultura familiar, através da criação do Fundo Estadual de Compensação Ambiental para os agricultores familiares; e
- Revisão dos valores de taxas de licenciamento ambiental para agricultores familiares.
Mais informações: Josiane Einloft – (51.9314-5720)
Assessoria de Imprensa – 1°/07/2008 – Luiz Fernando Boaz – (51.9314-5699)