INFORMATIVOS
INFORMATIVO N° 1.510
INFORMATIVO N° 1.510
REDACÃO: Hoana Talita Gehlen/Eduardo Oliveira
DATA: 18/02/2021
SITE: www.fetagrs.org.br
Informativo FETAG-RS e Sindicatos dos Trabalhadores Rurais. Um programa da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul e dos 321 Sindicatos filiados. Transmitido em todo o Estado com informações para o trabalhador e a trabalhadora rural.
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NA ABERTURA DA COLHEITA DO ARROZ, FETAG-RS PARTICIPA DE REUNIÃO COM O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA
A Abertura Oficial da Colheita do Arroz, promovida pela Federarroz, aconteceu na última quinta-feira, em Capão do Leão. O evento contou com a presença de autoridades, dentre elas, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão.
Na programação, o presidente da FETAG-RS, Carlos Joel da Silva, participou de um almoço realizado na sede da Associação Rural de Pelotas, ocasião em que teve a oportunidade de conversar com o vice-presidente da República sobre a situação de duas cadeias que começam a enfrentar problemas: o leite, cujo preço pago ao produtor começou a recuar novamente, e o frango, em que os custos de produção seguem subindo, assim como as exigências das indústrias e o preço que o produtor recebe que não cobre os custos de produção.
Joel também solicitou ao vice-presidente Mourão que o Governo Federal faça uma campanha de valorização aos produtores, mostrando ao mundo que a agricultura familiar produz e preserva o meio ambiente. “Não podemos generalizar ao dizer que todo o agricultor agride a natureza. A Agricultura familiar consegue produzir e preservar o meio ambiente. Temos que mostrar isso ao mundo”.
Logo em seguida, os convidados se dirigiram até a Estação da Embrapa Clima Temperado, no município vizinho de Capão do Leão, onde lideranças políticas, dirigentes de entidades representativas e produtores participaram de uma reunião com o vice-presidente da República.
Para o presidente da FETAG-RS, Carlos Joel da Silva, “os agricultores gaúchos estão de parabéns pelo empenho e por continuarem produzindo com excelência. Esperamos que a partir de agora todos sejam bem remunerados, afinal, nos últimos anos, o preço pago ao produtor não cobria os custos de produção. Parabéns a Federarroz pela organização do evento e aos produtores rurais pela safra”.
COMISSÃO ESTADUAL DO LEITE REUNE-SE PARA DISCUTIR CENÁRIO NO ESTADO
Na tarde de quarta-feira (17) a Comissão Estadual do Leite da FETAG-RS esteve reunida por videoconferência para dialogar sobre a situação dos produtores de leite do Rio Grande do Sul.
A dificuldade que os produtores de leite estão passando com a forte estiagem que atingiu o estado do Rio Grande do Sul, a crescente alta no custo de produção e a baixa registrada no preço do produto neste mês, colocam o produtor de leiteiro em uma situação de vulnerabilidade. As importações de leite que não cessam e a diminuição do consumo da bebida e de seus derivados são dois fatores que aliados impactam de forma contundente da cadeia produtiva. Preocupados com a situação, a comissão estadual do leite da FETAG-RS reuniu-se para discutir estratégias para enfrentar esta situação.
Para o vice-presidente da FETAG-RS, Eugênio Zanetti “o cenário apresentado pela nossa comissão é muito preocupante. O custo de produção que não para de subir, aliado à falta de alimentação adequada, reflexo da seca que impediu a formação de silagens, e agora a redução do preço pago ao produtor fará com que mais produtores abandonem a atividade e os que se manterem não terão como pagar sequer o custo de produção”.
SAFRA DO MILHO DEVE TER QUEDA DE PELO MENOS 8% NA REGIÃO SUL
Clima, cigarrinha, doenças e práticas culturais. Tudo isso afetou o milho de 1ª safra no Sul do Brasil. De acordo com estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), a produção na região deve apresentar uma queda de ao menos 8%. Na safra 2019/20, os três estados do Sul colheram 10.249 milhões de toneladas. Este ano, não devem passar de 9.408 milhões de toneladas.
Os levantamentos realizados nas regiões mais afetadas detectaram má formação das espigas, multi-espigamento, empalhamento anormal, necroses na base e ao longo das espigas, morte prematura das espigas e menor peso de grãos. Muitas áreas apresentaram também tombamento e morte prematura de plantas.
Por conta desse cenário, os produtores da região temem não conseguir honrar os contratos com as tradings e cooperativas pelo simples fato de não haver milho disponível para ser entregue. O preço internacional da commodity estimulou o aumento da área plantada do grão e grande parte da produção de 2021 foi vendida antecipadamente em razão do câmbio favorável. Internamente, o país vive um desabastecimento em função do enorme volume exportado no ano passado.
Entre os especialistas, há um consenso de que os problemas decorreram de uma conjunção de fatores. Em relação ao clima, estiagem no inverno, geadas tardias e excesso de chuva no verão provocaram perdas e favoreceram a disseminação de pragas e doenças, especialmente no sudoeste do Paraná, oeste de Santa Catarina e, também, em boa parte do Rio Grande do Sul.
Influência do La Niña
“Em 2020, o Brasil esteve sob a influência do fenômeno climático La Niña, que resfria a água do Oceano Pacífico e, entre outras consequências, interfere no regime de chuvas”, explica Desirée Brandt, meteorologista da Somar Meteorologia.
“Esse fenômeno costuma provocar estiagem no Sul. Entre agosto e novembro de 2020, nos três estados da região, as chuvas ficaram 50% abaixo da média para o período”, diz Desirée.
A estiagem atrasou a semeadura e estendeu a janela de plantio em algumas regiões. A falta de chuva também causou elevação das temperaturas favorecendo a multiplicação de pragas, como a cigarrinha-do-milho, vetor de três doenças prejudiciais para a lavoura do milho: risca do milho (virose rayado fino), enfezamento pálido e enfezamento vermelho. Os dois últimos são causados por micro-organismos chamados molicutes.
A manifestação dos sintomas do complexo de enfezamento se deu em diferentes intensidades. Foi mais severa em algumas áreas de Santa Catarina (Oeste, Meio Oeste e Planalto Norte) e no Paraná e mais branda no Rio Grande do Sul.
“Como as cigarrinhas têm preferência por plantas jovens, assim que o milho germina já é atacado pela praga que, se for portadora do vírus ou dos molicutes, vai transmitir as doenças”, diz o fitopatologista Ricardo Trezzi Casa, professor da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC).
Em dezembro, a chuva caiu com intensidade no Sul do país, principalmente nas partes centrais do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. O clima quente e úmido trouxe mais problemas para o milho. A incidência de fungos e bactérias aumentou", explica Casa. Fusariose, antracnose e mancha diplodia foram algumas das doenças que surgiram. Como consequência, também houve aumento nos casos de podridão do colmo, de raiz e da espiga.
Fonte: Portal Agrolink
COMO FICAM CHUVAS E LA NIÑA EM MARÇO
A National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) projetou como fica o clima no Brasil em março. Os dados foram divulgados pelo Sistema Tempocampo, da Esalq/USP. Os produtores do Centro-Oeste devem esperar chuvas acima da média, com volumes de até 120 mm superiores à média climatológica do local. A exceção são algumas regiões como sul do Mato Grosso do Sul e noroeste do Mato Grosso, onde os volumes podem ser até 150 mm menores. O Triângulo Mineiro e a região do MATOPIBA também devem ter volumes de chuva acima da média, oscilando entre 30 e 200 mm.
Já no Paraná e nas regiões sul e sudoeste de São Paulo, são previstos volumes de precipitações 75 mm menores que a média climatológica.
“Em geral os produtores devem ficar atentos às regiões onde as precipitações serão superiores à média climatológica para programar as operações de colheita e evitar a dessecação das lavouras nos períodos chuvosos. Já nos locais onde está previsto um tempo mais seco, a época deve ser aproveitada para garantir a colheita da oleaginosa com menores perdas”, sugere o boletim.
O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) aponta que para o próximo mês no Centro-Oeste as chuvas deverão variar entre 100 a 300 mm, sendo os maiores volumes no norte do Mato Grosso e os menores no sul do Mato Grosso do Sul. Para região do MATOPIBA a previsão é de chuvas mais abundantes, sobretudo no norte do Piauí e Maranhão, atingindo volumes entre 300 e 450 mm. O oeste baiano deve receber volumes menores, entre 100 e 200 mm, e o restante da região deve esperar acumulados entre 200 e 300 mm.
No sudeste, o sudoeste de São Paulo e nordeste da Bahia estão previstos volumes de chuvas entre 60 e 160 mm, enquanto o restante da região a chuva deverá ficar entre 150 a 350 mm. A previsão para região Sul é de menos chuva em relação às demais regiões do Brasil, com volumes variando de 20 a 160 mm, o que poderá favorecer a colheita das lavouras mais tardias.
Com relação à La niña há 60% de chance do fenômeno ficar até março. De acordo com a NOAA, os efeitos do La Niña manter-se-ão com forte intensidade até o trimestre janeiro-fevereiro-março.
Produtores da região Sul podem ter o desenvolvimento das lavouras de soja e da segunda safra de milho prejudicado, sobretudo no Rio Grande do Sul. Em virtude dos efeitos da possível La Niña, também podem ocorrer estiagens nas regiões Sudeste e Centro-Oeste no verão de 2021. Por outro lado, o fenômeno pode levar chuvas mais significativas ao Matopiba.
Fonte: Portal Agrolink
A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL MANTÉM O MOVIMENTO FORTE E ATUANTE
A Contribuição Sindical dos(as) Agricultores(as) Familiares é realizada para o Sistema Confederativo – CONTAG – FETAG e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ela é devida por toda a categoria, trabalhadores(as) ou empregados(as). Ou seja, todos aqueles que são trabalhadores rurais e não possuem empregados e exercem a atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, sendo proprietário, arrendatário, parceiro, meeiro ou comodatário.
Para o tesoureiro-geral da FETAG-RS, Agnaldo Barcelos, a Contribuição Sindical é uma das formas de manter o Movimento Sindical atuante, forte e em constante luta para assegurar o direito dos agricultores familiares. Agnaldo reitera que embora a Contribuição seja facultativa, é uma obrigação dos agricultores(as), pois quando da conquista de um benefício para a classe todos recebem as melhorias.
O valor da Contribuição Sindical da Agricultura Familiar referente ao exercício 2021 é de R$ 37,00 (trinta e sete reais) por membro do grupo familiar.