INFORMATIVOS

INFORMATIVO N° 1.523

INFORMATIVO N° 1.523

REDACÃO: Hoana Talita Gehlen/Eduardo Oliveira

DATA: 06/4/2021

SITE: www.fetagrs.org.br

Informativo FETAG-RS e Sindicatos dos Trabalhadores Rurais. Um programa da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul e dos 321 Sindicatos filiados. Transmitido em todo o Estado com informações para o trabalhador e a trabalhadora rural.

 

FETAG-RS PARTICIPA DE AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE A CADEIA DO TABACO

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Pesca e Cooperativismo da Assembleia Legislativa realizou, presidida pelo deputado estadual Adolfo Brito, realizou manhã de hoje (1), uma Audiência Pública proposta pelos deputados estaduais Elton Weber e Zé Nunes para tratar sobre os problemas que estão sendo enfrentados pelos produtores de tabaco no momento de negociar sua produção com as indústrias.

Anualmente, as indústrias e as entidades representativas dos produtores, dentre elas a FETAG-RS, reúnem-se para a discutir e negociar o valor que será pago aos agricultores pela safra. O que vem acontecendo nos últimos anos, e que foi agravado nas rodadas de negociações da safra atual, é uma desvalorização da produção por parte das indústrias, que oferecem valores totalmente fora da realidade e que não cobrem sequer os custos de produção que elas mesmas calculam.

Representando a FETAG-RS, o presidente Carlos Joel da Silva participou da audiência e citou as dificuldades que os produtores e as entidades representativas estão enfrentando para negociar valores justos com as empresas. “O que tivemos nos últimos anos não se pode chamar de negociação. As empresas apresentam seus cálculos e permanecem irredutíveis. Apenas uma das empresas trouxe uma segunda proposta, mas que permaneceu muito longe de ser boa para o produtor”.

Uma das maiores dificuldades enfrentadas e que está enfraquecendo a cadeia é a forma de cálculo dos custos de produção, que atualmente é realizado de forma separada por indústrias e produtores, quando o ideal seria um trabalho conjunto entre as duas partes. “Se estivéssemos um momento normal, sem pandemia, já teríamos organizado mobilizações na frente das indústrias, como já fizemos diversas vezes. Os produtores, convidados pela FETAG-RS, fizeram importantes relatos na audiência de hoje. Eles não podem arcar sozinhos com os custos de produção, pois ele não tem para quem repassar. Só as indústrias podem fazer isso.

Como encaminhamentos, os parlamentares sugeriram a retomada do cálculo em conjunto, o combate ao contrabando, o maior acompanhamento do setor público nas atividades da cadeia, a entrega das planilhas das indústrias com os custos que serviram de base para o cálculo dos valores apresentados para a safra atual e que a Emater também possa atuar na elaboração dos custos de produção.

Participaram da reunião os deputados estaduais: Adolfo Brito, Elton Weber, Zé Nunes, Beto Fantinel e Kelly Moraes; o deputado federal, Marcelo Moraes; representantes das entidades do setor e produtores rurais.

 

 

FETAG-RS E EMBRAPA DE BAGÉ DISCUTEM PROJETO PARA A PECUÁRIA FAMILIAR

 

Na segunda-feira (5), a FETAG-RS e a Embrapa de Bagé realizaram uma videoconferência de aproximação entre as duas entidades. O diretor da Embrapa, Fernando Cardoso e a equipe de profissionais apresentaram aos diretores da FETAG-RS a intenção de criação de um programa que valorize a pecuária gaúcha, em especial a familiar.

A intenção da Embrapa é desmistificar alguns pontos que muitas vezes são incorretamente ligados a pecuária, com por exemplo, a de que a criação de gado pode influenciar negativamente no clima do planeta e no equilíbrio do meio ambiente. Também existe a preocupação com a exportação de gado em pé, já que nessa condição não há agregação de valor nas carnes que saem do Brasil.

Para as próximas semanas será criado um projeto de acordo de cooperação técnica entre a FETAG-RS e a Embrapa Bagé para que a parceria seja firmada de forma oficial, o que poderá ser o pontapé inicial para a união entre as entidades no intuito de fortalecer a cadeia produtiva da pecuária.

De acordo com o presidente da FETAG-RS, Carlos Joel da Silva, “valorizar a pecuária gaúcha, principalmente a familiar, é fundamental em um momento em que o cultivo de soja está tomando espaços que eram da criação de animais. FETAG-RS e Embrapa podem atuar lado a lado visando o mesmo objetivo”.

 

CLIMA PREOCUPA SAFRINHA DE MILHO

 

A consultoria AgRural estima que o plantio do milho safrinha foi finalmente concluído no país mas o que preocupa agora é o clima. O tempo seco já acende a luz amarela no desenvolvimento das lavouras.

No momento, a safra se desenvolve com umidade adequada em Goiás e em parte de Mato Grosso, estados que têm mais chuvas previstas para esta semana.

No resto do centro-sul do Brasil, a umidade do solo ainda é suficiente na maior parte das áreas produtoras, mas a previsão de tempo seco nas próximas duas semanas (e de muito calor em alguns pontos) preocupa, especialmente quem já tem lavouras em fase reprodutiva, embora poucas ainda, já que a safra foi semeada com atraso. De todo modo, o ideal é que chova mais do que o normal ao longo de abril e de maio para que não haja perdas significativas de produtividade.

A estimativa da produção brasileira de milho na safrinha 2021 está em 80,1 milhões de toneladas. O número baseia-se por enquanto em linha de tendência ajustada de produtividade, que será substituída em breve por estimativas de produtividade baseadas nas condições de desenvolvimento da safra em cada estado.

Fonte: Portal Agrolink

 

A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL MANTÉM O MOVIMENTO FORTE E ATUANTE

A Contribuição Sindical dos(as) Agricultores(as) Familiares é realizada para o Sistema Confederativo – CONTAG – FETAG e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ela é devida por toda a categoria, trabalhadores(as) ou empregados(as). Ou seja, todos aqueles que são trabalhadores rurais e não possuem empregados e exercem a atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, sendo proprietário, arrendatário, parceiro, meeiro ou comodatário.

Para o tesoureiro-geral da FETAG-RS, Agnaldo Barcelos, a Contribuição Sindical é uma das formas de manter o Movimento Sindical atuante, forte e em constante luta para assegurar o direito dos agricultores familiares. Agnaldo reitera que embora a Contribuição seja facultativa, é uma obrigação dos agricultores(as), pois quando da conquista de um benefício para a classe todos recebem as melhorias.

O valor da Contribuição Sindical da Agricultura Familiar referente ao exercício 2021 é de R$ 37,00 (trinta e sete reais) por membro do grupo familiar.