INFORMATIVOS
INFORMATIVO N° 1.536
REDACÃO: Hoana Talita Gehlen/Eduardo oliveira
DATA: 20/05/2021
SITE: www.fetagrs.org.br
Informativo FETAG-RS e Sindicatos dos Trabalhadores Rurais. Um programa da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul e dos 321 Sindicatos filiados. Transmitido em todo o Estado com informações para o trabalhador e a trabalhadora rural.
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INTEGRADOS É TEMA DE DEBATE COM GOVERNO DO ESTADO
Na manhã da última quarta-feira (19), a FETAG-RS representada pelo seu presidente, Carlos Joel da Silva esteve em reunião com o Governo do Estado para dialogar sobre a crise no setor dos integrados de frangos, suínos e leite. A reunião organizada pelo deputado estadual Elton Weber contou com a participação do Secretário-Chefe da Casa Civil, Artur Lemos, da Secretária da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Silvana Covatti, do Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Edson Brum, do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gabriel Souza e representantes da ACSURS, ASGAV e Fundesa.
A FETAG-RS vem nos últimos meses levando aos centros de debate a situação complicada que os agricultores que fazem parte de cadeias integradas estão enfrentado. Os altos custos de produção alavancados pelo cenário econômico nacional e internacional inviabilizam as atividades integradas, principalmente nos setores do leite, frango e suíno.
Da mesma forma que os produtores estão sentindo impactos negativos deste cenário, a indústria também sente a queda, visto que o aumento no valor de compra da saca de milho para a produção da ração tem encarecido o custo base de produção. Desta forma, um dos pedidos das indústrias ao governo do estado é a desoneração dos impostos de importação do milho, considerando que o Rio Grande do Sul está carente de estoque e produção do grão.
A FETAG-RS apoia este pedido da indústria, mas ao mesmo tempo reforça que se as indústrias forem atendidas com a desoneração dos impostos, esta baixa no custo de produção precisa chegar aos agricultores, pois na maioria dos casos estes buscam financiamentos de grandes valores para investir e viabilizar a atividade integrada na propriedade.
Ainda, a Federação se posicionou para que o Governo tenha um planejamento conjunto com as entidades buscando que o Estado seja auto suficiente na produção de milho, não ficando sempre dependente da produção externa. Outra demanda é sobre a morosidade na tomada de decisão do Governo sobre a anistia aos produtores que adquiriram semente de milho através do Troca-Troca e que sofreram com a estiagem.
Para Carlos Joel da Silva “esta situação está insustentável. Está chegando o prazo para os agricultores quitarem seus débitos com o Estado referente ao Troca-Troca, mas eles não tiveram renda, não tiveram produção e o Governo nos enrola semana após semana, sem a definição se estes agricultores serão anistiados”.
O Secretário Artur Lemos afirmou que até a próxima sexta-feira, dia 21 de maio, o Governo terá posicionamento sobre o pedido de anistia aos produtores inseridos no Troca-Troca em municípios com decreto de emergência, como também o pedido de desoneração dos impostos sobre a importação do milho.
Joel finaliza afirmando que a reunião teve como avanço o comprometimento do Governo com as entidades para a defesa da pauta da agricultura no âmbito federal. “Saímos da reunião com a unificação de forças. A FETAG-RS reforça que os produtores precisam ter lucratividade em suas atividades, não tem como investir, cultivar, dedicar trabalho e ao final de uma safra ou da entrega de um lote de animais ficar com o bolso vazio, como vem acontecendo. Agora precisamos que a cúpula do Estado olhe com mais atenção a agricultura e a pecuária familiar, desonerando o setor e tornando ele mais competitivo, pois atuante as famílias agricultoras são!”.
Foto: Nabor Goulart
SINAL POSITIVO PARA FETAG-RS APRESENTAR PROJETO NA COP 26
A Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática, também conhecida como COP26, está prevista para acontecer de 1 a 12 de novembro do corrente ano em Glasgow, na Escócia e a FETAG-RS foi convidada a apresentar o projeto de Recuperação de Biomas que é desenvolvido há mais de quatro anos pela Federação, com parceria dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais e entidades.
O projeto inovador visa implementar práticas e formas de manejo sustentável no campo gaúcho, quando utiliza os passivos de empresas para a recomposição de áreas degradadas, gerando créditos de carbono. Já foram investidos, R$ 4,2 milhões desde 2018. Nesse período, foram plantadas mais de 50 mil mudas de árvores nativas e manejadas outras 388 mil.
Para viabilizar a apresentação do projeto e buscar o aval da comissão organizadora da delegação brasileira à COP, a FETAG-RS realizou uma série de reuniões em Brasília nesta semana, organizadas pelo senador Luiz Carlos Heinze. O assessor de Meio Ambiente e Pecuária Familiar da Federação, Guilherme Velten Junior esteve participando das agendas acompanhado do diretor associado CG/LA Infrastructure Região Sul do Brasil, Arnildo Schildt.
A comitiva gaúcha foi recebida em Brasília por várias entidades ligadas à COP26. As tratativas perpassaram pela Agência Brasileira de Cooperação, pela Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério da Agricultura, pelo Serviço Florestal Brasileiro e no Ministério do Meio Ambiente.
No Ministério do Meio Ambiente, a FETAG-RS foi recebida pelo Secretário da Secretaria da Amazônia e Serviços Ambientais, Joaquim Álvaro Pereira Leite e a equipe responsável pela COP26.
Para Guilherme Velten Junior “as reuniões foram produtivas e renderam bons frutos. Agora precisamos aguardar a resposta oficial do Ministério do Meio Ambiente sobre a apresentação do projeto, que sinalizou extraoficialmente o aval. Para a agricultura e pecuária familiar do estado este é um grande avanço, pois esta ação realmente faz a diferença na organização das propriedades e na conservação ambiental conduzida pelas famílias no campo”.
A partir das tratativas foi criado um grupo de trabalho entre o Ministério do Meio Ambiente, Ministério da Agricultura e algumas entidades ligadas ao processo de habilitação de projetos para a COP26 com o objetivo de alinhar ações para encaminhar os tramites legais.
EXPORTAÇÃO DE FRUTAS REGISTRA ALTA DE MAIS DE 20% NO PRIMEIRO QUADRIMESTRE, DIZ CONAB
O volume de frutas exportadas para outros países cresceu em 21,39% nos primeiros quatro meses deste ano, quando comparado com o mesmo período de 2020. Os dados constam do 5º Boletim Prohort divulgado, nesta terça-feira (18), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Em valor, o aumento gerado pelas vendas chega a 23,22%. A Europa é o principal destino das frutas brasileiras, sendo que os três maiores consumidores são Países Baixos, Reino Unido e Espanha.
A maçã apresenta um crescimento superior a 100% nas vendas. Nos últimos dois anos, os embarques da fruta acumulados entre janeiro e abril ficavam abaixo de 30 mil toneladas. Neste ano, já foram exportadas cerca de 60 mil toneladas do produto, que tem como principais destinos Índia, Bangladesh e Rússia.
O Brasil também registra elevação nas vendas da melancia. O quantitativo para as exportações no primeiro quadrimestre de 2021 foi de 28,35 mil toneladas, índice 24,61% maior em relação ao acumulado do mesmo período de 2020. Segundo a Conab, a valorização do dólar, a boa qualidade das frutas, a menor produção da melancia espanhola e a demanda interna fraca são fatores que influenciam neste resultado.
Flores
O Boletim Prohort traz neste mês uma análise da comercialização de flores e plantas ornamentais em meio às ações de combate à Covid-19. Um texto analítico elaborado pelo Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor) mostra que grandes players como Quênia, Etiópia, Colômbia e Equador tiveram maior dificuldade em manter os envios para a Europa e os Estados Unidos, e esta situação abriu espaço para a entrada dos produtos brasileiros.
Nos primeiros três meses de 2021, foram exportadas 270 toneladas de plantas vivas e produtos de floricultura, o que representou US$ 2,3 milhões. O quantitativo embarcado foi 92% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando foram vendidas 141 toneladas. Já em comparação com o mesmo trimestre de 2019, quando foram escoadas 155 toneladas de produtos, o acréscimo foi de 75%.
Segundo a Conab, apesar da queda da demanda por causa das medidas de isolamento social, o setor se adaptou à nova realidade com forte expansão do comércio eletrônico e uso progressivo de plataformas de entrega, que permitiram a retomada de boa parcela dos negócios, em especial pelos produtores com maior estrutura.
Hortaliças
Segundo o boletim da Conab, a finalização da safra de verão ocasionou menores quantidades de tomate comercializadas nos mercados, pressionando os preços para cima na média do mês de abril.
No caso da batata, as cotações apresentaram novamente tendência de baixa, movimento que vem sendo observado nos mercados desde janeiro. Em maio, a expectativa é que haja pressão de alta dos preços. Um dos fatores que podem influenciar na recuperação das cotações para o produtor é o encerramento da safra das águas e o início do fornecimento do produto a partir da safra das secas, que poderão estar ainda em ritmo lento.
Fonte: MAPA
A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL MANTÉM O MOVIMENTO FORTE E ATUANTE
A Contribuição Sindical dos(as) Agricultores(as) Familiares é realizada para o Sistema Confederativo – CONTAG – FETAG e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ela é devida por toda a categoria, trabalhadores(as) ou empregados(as). Ou seja, todos aqueles que são trabalhadores rurais e não possuem empregados e exercem a atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, sendo proprietário, arrendatário, parceiro, meeiro ou comodatário.
Para o tesoureiro-geral da FETAG-RS, Agnaldo Barcelos, a Contribuição Sindical é uma das formas de manter o Movimento Sindical atuante, forte e em constante luta para assegurar o direito dos agricultores familiares. Agnaldo reitera que embora a Contribuição seja facultativa, é uma obrigação dos agricultores(as), pois quando da conquista de um benefício para a classe todos recebem as melhorias.
O valor da Contribuição Sindical da Agricultura Familiar referente ao exercício 2021 é de R$ 37,00 (trinta e sete reais) por membro do grupo familiar.