INFORMATIVOS

INFORMATIVO N° 1.568

INFORMATIVO N° 1.568

REDACÃO: Hoana Talita Gehlen/Eduardo Oliveira

DATA: 16/9/2021

SITE: www.fetagrs.org.br

Informativo Fetag-RS e Sindicatos dos Trabalhadores Rurais. Um programa da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul e dos 321 Sindicatos filiados. Transmitido em todo o Estado com informações para o trabalhador e a trabalhadora rural.

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FEDERAÇÕES DO SUL APRESENTAM DEMANDAS AO GOVERNO FEDERAL

 

Nesta quarta-feira (15), as Federações da Região Sul da Contag (Fetag-RS, Fetaesc e Fetaep) apresentaram a representantes do Ministério da Economia, do Ministério da Agricultura e do Banco Central um conjunto de propostas em benefício dos(as) agricultores(as) e pecuaristas familiares dos três Estados. A videoconferência foi articulada pelo deputado federal Heitor Schuch.

Na abertura da reunião, o tema tratado foi o Proagro Mais, considerado pelas federações como fundamental para a agricultura familiar, mas que necessita de adequações, dentre elas, a correção nos limites da garantia de renda mínima, ajustado pela última vez em 2017, mas que está defasado devido à grande elevação dos custos de produção registrada nos últimos meses. Também foi solicitado adequação para as operações da citricultura e horticultura cultivados através de estruturas de proteção.

As federações também solicitaram aumento do teto de custeio para o Pronaf, hoje fixado em R$250 mil, mas já defasado devido as altas nos custos de produção de todas as cadeias de produção. A proposta é de elevação para R$400 mil. Para a pecuária leiteira, foi solicitado o rebate de 30% na renda bruta anual no Manual de Crédito Rural para impedir o desenquadramento de milhares de produtores de leite na Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP).

Todas as propostas serão avaliadas pelos ministérios e pelo Banco Central, que deverão responder nas próximas semanas.

PROGRAMA TERRA BRASIL JÁ É UMA REALIDADE

Na última sexta-feira (10), na Expointer, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Teresa Cristina, assinou os dois primeiros contratos do Programa Terra Brasil, uma antiga demanda da Fetag-RS, dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais e do movimento sindical.

O Programa Terra Brasil veio para substituir os antigos Banco da Terra e Crédito Fundiário, oferecendo linhas de financiamento para que os(as) agricultores(as) familiares possam adquirir suas propriedades rurais. Além dos recursos para compra da terra, ainda é possível financiar o investimento inicial, a assistência técnica, os custos com o cartório, impostos e, sendo necessário, o georreferenciamento do imóvel.

Duas linhas de financiamento estão disponíveis para o Rio Grande do Sul: PNCF Mais e PNCF Empreendedor, que possuem diferentes faixas limites de renda anual familiar, sendo até R$45.245,30 para o PNCF Mais e até R$244.324,60 para o PNCF Empreendedor.

Com o Terra Brasil, o(a) agricultor(a) beneficiado(a) poderá ter acompanhamento da rede de assistência técnica da Fetag-RS e dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais por pelo menos cinco anos.

De acordo com o tesoureiro-geral da Fetag-RS, Agnaldo Barcelos, “o Terra Brasil é uma realidade após cobranças firmes da Fetag-RS, dos sindicatos e de todo o movimento sindical. A partir de agora, nossos(as) agricultores(as) têm uma opção mais rápida e fácil de conseguir recursos para viabilizar a aquisição de terras, com acompanhamento técnico e podendo fazer o processo no Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município”.

Ao longo da semana, a Fetag-RS irá compartilhar nas redes sociais mais informações sobre o Terra Brasil.

AGRICULTURA FAMILIAR BATE R$ 2,82 MILHÕES NA EXPOINTER

O Pavilhão da Agricultura Familiar é sempre um dos mais visitados na Expointer. Nesta edição a feira voltou a receber público presencialmente. No ano passado o setor fez vendas por drive-thru. Com mais de 66 mil visitantes, a feira que ocorreu de 4 a 12 de setembro, em Esteio (RS), teve lucro para os 210 estandes e 228 produtores familiares. Foram comercializados R$ 2,82 milhões, de acordo com a estimativa divulgada pelos organizadores do evento.

Dentre os estabelecimentos que comemoram as vendas está o Sítio Vai e Volta, agroindústria familiar produtora de cafés especiais do Rio de Janeiro, que participou pela segunda vez da feira e conseguiu comercializar cerca de 400 quilos de cafés especiais. Esse total é três vezes maior que a quantidade vendida pela família na edição de 2019 do evento.

“As vendas superaram as expectativas. Os primeiros dias foram menos movimentados, mas de quinta-feira em diante o movimento foi muito bom. O número de vendas por dia ultrapassou o que eu esperava, conseguindo cobrir o acumulado dos primeiros dias, e o fechamento está sendo nota dez. É uma experiência maravilhosa. Fiquei muito satisfeito”, conta o produtor Fidelis Rodolphi, que está representando a agroindústria Sítio Vai e Volta junto ao irmão Enock Rodolphi.

A produção de café da família passou de geração para geração com foco na inovação para garantir a qualidade dos produtos apresentada aos visitantes da feira. “Nasci na cafeicultura do meu avô e do meu pai e, hoje, trabalho junto com o meu irmão na produção de cafés especiais. Nós trouxemos a inovação, a tecnologia em produção para gerar essa qualidade, que é o processo de colheita seletiva, a seleção dos grãos e a classificação e, o mais importante, finalização com a torra dentro da propriedade. Para isso, nós montamos uma microtorrefação, onde a gente também faz a torra para garantir a qualidade do café”, afirma o produtor Fidelis Rodolphi.

O sucesso de vendas também é festejado por Lilia Scota da agroindústria Panificados Hermes, que trouxe de Arroio do Tigre (RS) biscoitos, cucas, pão de milho e rocambole. “A gente estava com bastante expectativa de como seria a feira, porque, com a pandemia, a gente não sabia se o público viria, mas superou bem as expectativas. Ontem, nós tivemos um dia maravilhoso. Vendemos todas as 350 cucas que trouxemos fresquinhas para o estande. Hoje trouxemos mais 300 cucas e zeramos tudo”, afirma a produtora familiar.

Para diretor de Cooperativismo e Acesso a Mercados do Mapa, Márcio Madalena, o balanço é positivo, principalmente, levando em consideração a limitação de público que pôde circular no espaço devido à pandemia. “Essa edição está marcando a retomada das grandes feiras de comercialização pelo país, seguindo todos os protocolos e cuidados, mostrando que as agroindústrias podem começar a retomar as atividades de participação em feiras. E os números mostram que foi um sucesso essa retomada” afirma.

No pavilhão, um dos lugares mais procurados dentro da 44ª Expointer, visitantes do estado, do Brasil e do exterior puderam conhecer e adquirir produtos da agricultura familiar apresentados por expositores do Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Amapá e Rio de Janeiro. No espaço de mais de sete mil metros quadrados as agroindústrias familiares comercializaram geleias, polpas, artesanato, queijos e embutidos, vinhos e espumantes, cachaças, entre outros produtos.

A 23ª Feira da Agricultura Familiar seguiu protocolos sanitários preventivos contra o coronavírus e contou com pontos de higienização com dispensers de álcool gel e lavatórios de mãos, espaçamento de 1,5 metro entre as bancas e monitores fazendo abordagens educativas sobre a prevenção contra a Covid-19, orientando sobre uso da máscara e ajudando a verificar o cumprimento das regras sanitárias.

No Pavilhão da Agricultura Familiar, o estande do Ministério da Agricultura recebeu os expositores que desejavam solicitar o Selo Nacional da Agricultura Familiar (Senaf) e tirar dúvidas com funcionários do órgão. Ao todo foram emitidos 115 selos durante os nove dias de feira.

Fonte: Portal Agrolink 

 

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL MANTÉM O MOVIMENTO FORTE E ATUANTE

A Contribuição Sindical dos(as) Agricultores(as) Familiares é realizada para o Sistema Confederativo – CONTAG – FETAG e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ela é devida por toda a categoria, trabalhadores(as) ou empregados(as). Ou seja, todos aqueles que são trabalhadores rurais e não possuem empregados e exercem a atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, sendo proprietário, arrendatário, parceiro, meeiro ou comodatário.

Para o tesoureiro-geral da FETAG-RS, Agnaldo Barcelos, a Contribuição Sindical é uma das formas de manter o Movimento Sindical atuante, forte e em constante luta para assegurar o direito dos agricultores familiares. Agnaldo reitera que embora a Contribuição seja facultativa, é uma obrigação dos agricultores(as), pois quando da conquista de um benefício para a classe todos recebem as melhorias.

O valor da Contribuição Sindical da Agricultura Familiar referente ao exercício 2021 é de R$ 37,00 (trinta e sete reais) por membro do grupo familiar.