INFORMATIVOS

INFORMATIVO N° 1.594

INFORMATIVO N° 1.594

REDACÃO: Eduardo oliveira

DATA: 06/01/2022

SITE: www.fetagrs.org.br

FETAG-RS PARTICIPA DE REUNIÃO COM O MINISTÉRIO DA AGRICULTURA SOBRE ESTIAGEM

Na quarta-feira (5), a Fetag-RS, juntamente com as demais entidades ligadas a agricultura e a pecuária no Estado, esteve em reunião com secretários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para tratar sobre as graves consequências provocadas pela estiagem.

Até o momento, mais de 140 municípios já decretaram situação de emergência devido a escassez de água nas lavouras e até mesmo para consumo humano e dos animais. O quadro é muito mais grave do que no último ano, em que o Estado também sofreu com estiagem.

De acordo com o presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, que falou em nome da Federação, as perdas no milho são quase que totais em determinados pontos do Estado. Joel também salientou a grande preocupação com a cadeia leiteira, que não tem acesso a nenhum tipo de seguro e que está sofrendo com a falta de silagem e de água para os animais, que já estão apresentando redução na produção. No caso da soja, parte das lavouras ainda nem pode ser plantada.

Como pauta prioritária, a Fetag-RS solicitou apoio dos governos para garantir o abastecimento de água para consumo das famílias e dos animais. Além disso, é considerado fundamental que seja dada atenção especial aos produtores de leite, que já se encontravam em situação difícil antes mesmo da estiagem. Outros pontos urgentes para amenizar os problemas e dar fôlego aos produtores, são a prorrogação por seis meses das dívidas de investimentos e custeios com vencimento até 31 de junho, a decretação de estado de emergência pelos municípios e pelo governo do Estado, a construção de uma pauta estruturante em conjunto com as entidades e a liberação dos recursos para o Programa Avançar, fazendo com que ele chegue aos produtores o mais breve possível.

Joel afirmou que “a situação é muito grave e a cada dia ela piora. Muitos produtores tiveram grande parte da produção perdida ou ainda nem conseguiram plantar. Outros tantos têm custeios da última safra por vencer agora e terão dificuldades para honrar os compromissos. Precisamos da união de todos para auxiliar nossos produtores rurais, principalmente os familiares, que são os mais prejudicados”.

Na próxima semana, a ministra Tereza Cristina visitará o Rio Grande do Sul. A Conab também confirmou que virá ao Estado para fazer os levantamentos técnicos. Para amanhã, já está marcada reunião com a Frente Parlamentar da Agricultura e Pecuária da Assembleia Legislativa, e na segunda-feira (10) reunião com presença do governador do Estado Eduardo Leite, Famurs, Superintendência do MAPA e com as demais entidades representativas dos produtores para definir quais serão os próximos passos a serem seguidos.

SECRETARIA DA AGRICULTURA ATENDE PEDIDO DA FETAG-RS E PRORROGA PRAZO DO PROGRAMA SEMENTES FORRAGEIRAS

Foi anunciado na segunda-feira (4), pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, a prorrogação até o próximo dia 15 do prazo para manifestação de interesse do Programa Sementes Forrageiras.

A prorrogação do prazo foi um pedido do Fetag-RS e dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais. Os(as) agricultores(as) podem procurar o STR de seu município para fazer o pedido.

O objetivo do programa é o de fomentar a aquisição de sementes para pastagens de inverno e verão, e podem ser plantadas o azevém, as aveias preta e branca, o trigo duplo propósito, a ervilhaca e o capim sudão.

 

REGIONAIS SINDICAIS DETALHAM DRAMA CAUSADO PELA ESTIAGEM

Na terça-feira (04), a Fetag-RS reuniu sua diretoria, a comissão de política agrícola  e a coordenação das 23 regionais sindicais para debater os problemas que estão sendo causados pela estiagem em todo o Estado e sugestões de propostas a serem apresentadas aos governos estadual e federal.

 

Os relatos dos(as) coordenadores(as) são de situação dramática em diversos pontos do Estado, com perdas que chegam a até 80% em algumas culturas. As culturas mais afetadas são o milho, a soja e a uva. A pecuária leiteira também está sofrendo graves prejuízos, pois já existem relatos de falta de água e de alimentos para os animais. Em casos ainda mais graves, já começa a faltar água até mesmo para consumo humano.

 

Todas as regionais apresentaram as suas sugestões, que agora serão compiladas pela Fetag-RS para que se tenha um documento oficial com as medidas que são consideradas essenciais para auxiliar as famílias atingidas em todo o Estado.

 

A pauta deverá ser alinhada em conjunto com as demais entidades representativas do setor, para depois ser entregue aos governos do Estado e da União.

 

De acordo com o presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, “a situação no Estado é gravíssima, pois chega ao ponto de faltar água até para consumo humano. Os governos precisam socorrer as famílias agricultoras urgentemente, pois as perdas são grandes e será muito difícil honrar todas as dívidas caso nada seja feito. A agricultura e a pecuária familiar alimentam o Brasil e agora necessitam de ajuda. O momento é muito complicado, e é preciso entender que com a estiagem perde o agricultor e também o consumidor, que pagará mais caro pelos produtos”.

 

Na sequência, a diretoria e a assessoria da Fetag-RS participaram de reunião com a secretária da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Silvana Covatti, e com representantes da Farsul, da Famurs e Fecoagro.

A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL MANTÉM O MOVIMENTO FORTE E ATUANTE

A Contribuição Sindical dos(as) Agricultores(as) Familiares é realizada para o Sistema Confederativo – CONTAG – FETAG e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ela é devida por toda a categoria, trabalhadores(as) ou empregados(as). Ou seja, todos aqueles que são trabalhadores rurais e não possuem empregados e exercem a atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, sendo proprietário, arrendatário, parceiro, meeiro ou comodatário.

Para o tesoureiro-geral da FETAG-RS, Agnaldo Barcelos, a Contribuição Sindical é uma das formas de manter o Movimento Sindical atuante, forte e em constante luta para assegurar o direito dos agricultores familiares. Agnaldo reitera que embora a Contribuição seja facultativa, é uma obrigação dos agricultores(as), pois quando da conquista de um benefício para a classe todos recebem as melhorias.

O valor da Contribuição Sindical da Agricultura Familiar referente ao exercício 2022 é de R$ 40,50 (quarenta reais e cinquenta centavos) por membro do grupo familiar.