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INFORMATIVO N° 1.595

INFORMATIVO N° 1.595

REDACÃO: Eduardo oliveira

DATA: 11/01/2022

SITE: www.fetagrs.org.br

 

FETAG-RS E ENTIDADES ENTREGAM PAUTA SOBRE ESTIAGEM E ABREM NEGOCIAÇÃO COM O GOVERNADOR DO ESTADO

 

Na segunda-feira (10), o presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, representou a federação na reunião da Frente Parlamentar da Agropecuária da Assembleia Legislativa com o governador do Estado, Eduardo Leite.

 

Na oportunidade, parlamentares e entidades representativas dos produtores rurais e dos municípios entregaram ao governador a pauta com medidas para amenizar os prejuízos que estão sendo causados pela estiagem e para garantir o abastecimento de água para consumo humano e dos animais, problema que já afeta diversas localidades do Estado.

 

O governador anunciou algumas medidas em apoio aos produtores rurais, dentre elas, anistia do Programa Troca-Troca de Sementes para municípios com decreto de emergência homologado; aporte para o programa de forrageiras; liberação prioritária dos recursos destinados ao Programa Avançar da Agricultura; realização de convênios com as prefeituras para auxiliar na abertura de poços, açudes, bebedores e cisternas; autorizou que a Secretaria da Agricultura trabalhe em conjunto com Governo Federal para agilizar as compras governamentais do leite e hortifrutigranjeiros; e liberação de técnicos da Emater para auxiliar nos decretos de emergência.

 

Leite também se comprometeu a liderar o setor na busca por apoio do Governo Federal e determinou estudos sobre recursos para subsidiar os juros de financiamentos agrícolas e intermediar para possíveis mudanças na legislação ambiental no que se refere a armazenagem de água.

 

De acordo com Joel, “Para um começo de negociações, a reunião com o governador foi boa, mas só os anúncios não bastam para amenizar os prejuízos registrados até agora e os que poderão afetar os agricultores. É fundamental que o Estado, a União e os municípios estendam a mão para a agricultura familiar, que sustenta a economia brasileira”.

 

 Joel também destacou a importância da união entre as entidades e os parlamentares, liderados pelo presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Elton Weber, em momentos de dificuldade. “O governador entendeu nossa pauta e se comprometeu também a criar um fórum permanente para debater questões ligadas a estiagem, pois não podemos mais ficar esperando períodos como esse para correr em busca de soluções”.

 

Também estiveram presentes na reunião secretários de Estado (Casa Civil, Artur Lemos; Agricultura, Silvana Covatti; Planejamento, Cláudio Gastal; e Obras, José Luiz Stédile), defesa civil, parlamentares e lideranças das entidades representativas do setor.

 

 

PERDAS DECORRENTES DA ESTIAGEM PODEM CHEGAR A R$19,77 BILHÕES

As perdas financeiras no Valor Bruto da Produção (VBP) nas culturas da soja e do milho devido à estiagem que atinge o Rio Grande do Sul podem ultrapassar os R$ 19,77 bilhões. A estimativa é de levantamento realizado pela Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), considerando os números divulgados até o momento.

 

Na soja, o impacto sentido chega a R$ 14,36 bilhões em valores que os produtores deixarão de comercializar. Já no milho este valor é de R$ 5,41 bilhões nas perdas financeiras com a cultura no Rio Grande do Sul. A metodologia de cálculo considerou a expectativa inicial de produção do IBGE e foi aplicado o percentual de perdas divulgado pela Rede Técnica Cooperativa (RTC) e pela FecoAgro/RS, considerando o preço médio recebido pelo produtor nos primeiros dias de janeiro de 2022.

 

Na semana passada a FecoAgro/RS divulgou dados da RTC mostrando que a quebra de safra no milho sequeiro estava em 59,2% enquanto no irrigado era de 13,5%. Já na soja este montante de perdas era de 24%. A produção inicial estimada pelo IBGE, contabilizada nos cálculos, era de 20,95 milhões de toneladas na soja e 6,09 milhões de toneladas no milho.

Os dados são da FecoAgro/RS.

Fonte: Portal Agrolink

 

PRODUTORES DE LEITE DO SUL COBRAM AÇÕES DO GOVERNO PARA ENFRENTAR ESTIAGEM

Quando visitar o Rio Grande do Sul para ver de perto os prejuízos causados à agropecuária pela pior seca dos últimos 17 anos no estado, na próxima quarta-feira (12), como está previsto, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, já terá em mãos as principais reivindicações do setor rural para fazer frente à situação. A base produtora do leite, representada pelo Movimento Construindo Leite Brasil, por exemplo, enviou ao governo federal suas propostas para atravessar este momento de perdas na atividade, também impactada pelos altos custos de produção, em consequência da política cambial, e pelas constantes quedas do preço da matéria-primeira.

Entre os pedidos feitos à ministra pelo Construindo Leite Brasil, estão a criação de linha de crédito emergencial, com taxas e prazos compatíveis, para socorrer os produtores atingidos pela estiagem; a redução dos juros do financiamento rural já contratado e a prorrogação das prestações dessas operações. Além disso, os pecuaristas de leite pleiteiam que sejam desconsideradas as recomendações do zoneamento agrícola de risco climático para a safra 2021/22 no RS e que as seguradoras revisem os critérios para as culturas ainda não implantadas e lavouras com necessidade de replantio.

 

“Muitos agricultores não conseguiram implantar as lavouras por causa da estiagem e em inúmeros casos há necessidade de replantio”, diz Rafael Hermann, uma das lideranças do Construindo Leite Brasil, movimento que reúne milhares de produtores gaúchos e de outros estados nas mídias sociais.

 

O Mapa já avisou que é impossível alterar o zoneamento. “Entendemos a posição do Mapa, mas o pessoal não sabe o que fazer, porque pode ficar sem a cobertura do seguro rural. Temos orientado aqueles que não implantaram as culturas que chamem as seguradoras para ver a situação”, diz Hermann.

Suspensão temporária das importações  

Outra proposta dos pecuaristas leiteiros é o uso dos recursos do Plano Safra 2021/22 para cultivares adaptáveis ao estado, devido ao estresse hídrico, com orientação das instituições de pesquisa”, informa Hermann, produtor em Boa Vista do Cadeado, no noroeste do RS.

 

O Construindo Leite Brasil propõe ainda a criação de projetos de irrigação subsidiados, com opção de energia solar, e de poços artesianos, barragens, poços, açudes para captação de água de chuva, com uso de geomembranas. Também defende a suspensão temporária da importação de leite, a fim equilibrar o mercado interno, possibilitando a recuperação de preço ao produtor.

 

A base produtora quer ainda que o Ministério da
Agricultura reavalie todas as formas de incentivo ao setor, para que beneficiem de fato o pecuarista de leite, sem intermediações. “Temos programas governamentais que passam pelas indústrias e não chegam aos produtores de leite adequadamente”, observa.

 

Hermann acrescenta que os pequenos e médios produtores estão praticamente pagando para trabalhar. “Com o modelo adotado pelas grandes indústrias lácteas, a remuneração não cobre os custos de produção e reduz cada vez mais as margens da atividade. Com as catástrofes climáticas e sem recursos financeiros, as famílias produtoras estão sem condições de quitar as dívidas.”

Renegociação de débitos e subsídios

Para Hermann, só há uma saída: renegociar os débitos e conceder subsídios para apoiar os pequenos e médios produtores de leite, por meio de um plano emergencial. “A agricultura está comprometida com a falta de água e de alimentação para os animais. Isso está agravando os problemas socioeconômicos dos municípios.”

 

Ainda de acordo com Hermann, a ministra Tereza Cristina e a equipe técnica do Mapa têm dialogado com a base produtora de leite gaúcha, mas “o momento exige que as ações do governo federal, assim como as do governo estadual e das prefeituras, tenham efeito prático na atividade leiteira, até mesmo porque a quebra da produção acabará atingindo o consumidor”.

 

Até o momento, mais de 115 municípios gaúchos já decretaram estado de emergência. Segundo a Emater-RS-Ascar, 1,6 milhão de litros de leite estão deixando de ser captados por dia no estado, o que tem reduzido a renda dos pecuaristas. Ao mesmo tempo, conforme a Fecoagro/RS, a estiagem causou a perda de quase 60% do milho sequeiro e de 13,5% das lavouras irrigadas do cereal.

Os produtores de leite de Santa Catarina, do Paraná e Mato Grosso do Sul igualmente estão tendo prejuízos por causa de problemas climáticos. “E agora ainda temos mais problemas no setor com as fortes chuvas na Bahia, Minas Gerais e Tocantins. Por isso, apostamos todas as nossas fichas nos governos federal e estaduais e nas prefeituras para que nos socorram”, pontua Hermann.

Fonte: Portal Agro em Dia

A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL MANTÉM O MOVIMENTO FORTE E ATUANTE

A Contribuição Sindical dos(as) Agricultores(as) Familiares é realizada para o Sistema Confederativo – CONTAG – FETAG e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ela é devida por toda a categoria, trabalhadores(as) ou empregados(as). Ou seja, todos aqueles que são trabalhadores rurais e não possuem empregados e exercem a atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, sendo proprietário, arrendatário, parceiro, meeiro ou comodatário.

Para o tesoureiro-geral da FETAG-RS, Agnaldo Barcelos, a Contribuição Sindical é uma das formas de manter o Movimento Sindical atuante, forte e em constante luta para assegurar o direito dos agricultores familiares. Agnaldo reitera que embora a Contribuição seja facultativa, é uma obrigação dos agricultores(as), pois quando da conquista de um benefício para a classe todos recebem as melhorias.

O valor da Contribuição Sindical da Agricultura Familiar referente ao exercício 2022 é de R$ 40,50 (quarenta reais e cinquenta centavos) por membro do grupo familiar.