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INFORMATIVO N° 1.596

INFORMATIVO N° 1.596

REDACÃO: Eduardo oliveira

DATA: 13/01/2022

SITE: www.fetagrs.org.br

ESTIAGEM SEGUE SE AGRAVANDO NO ESTADO E ENTIDADES ENTREGAM PAUTA PARA MINISTRA

Hoje, em Santo Ângelo, o presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, acompanhado de lideranças políticas do Estado e de entidades representativas do setor, acompanhou a visita da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Teresa Cristina, em propriedade rural do município.

Após a visita, a comitiva seguiu para reunião na sede da URI, momento em que as entidades apresentaram a pauta que vise a amenizar os prejuízos aos agricultores e pecuaristas que estão registrando perdas quase que totais em algumas culturas. Os dados da Emater apontam para prejuízos de 100% no milho em alguns municípios.

De acordo com o presidente Joel, “é urgente que o governo federal faça alguma coisa para ajudar. As famílias estão sem água para beber e com  muitas dívidas para pagar. Precisamos que todas as dívidas de custeios e investimentos que irão vencer logo em seguida, sejam adiados por pelo menos 180 dias”.

Joel também reforçou que as dificuldades causadas pela estiagem se somam aos problemas já enfrentados pela alta dos custos de produção ao longo de 2021 e que existe uma grande necessidade de que sejam trabalhados programas de incentivo à irrigação e para que sejam alteradas legislações que impedem a armazenagem de água nas propriedades.

Na visão do presidente, não eram esperados anúncios da ministra, mas com a pauta em mãos em com a visita na propriedade, são aguardadas medidas rápidas. Agora se inicia uma nova etapa com o grupo de trabalho criado do Ministério para aprofundar as pautas e anunciar propostas que atendem às demandas.

“A Fetag- RS seguirá cobrando soluções ao mesmo tempo em que ajudará na elaboração de propostas”, afirmou Joel.

Fetag-RS, Farsul, Fecoagro, Federarroz e Aprosoja assinam a pauta que foi entregue para a ministra.

LA NIÑA IMPACTA SAFRA DE UVA

O Boletim Agrometeorológico da Serra Gaúcha, produzido por pesquisadores da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) e da Embrapa Uva e Vinho, aponta que, mais uma vez, o fenômeno La Niña esteve presente na primavera e no verão e segue influenciando a safra da uva na Serra Gaúcha, com chuvas abaixo da média e a ocorrência de altas temperaturas durante o dia, mas com noites amenas.

Em relação à falta de chuvas, os especialistas destacam que, em função da grande diferença entre as propriedades, os tipos de solo e as condições de cada vinhedo, a qualidade enológica da uva nessa safra também poderá ser variada.

Segundo a pesquisadora da Seapdr Amanda Junges, os valores de precipitação pluvial (chuva) em novembro e dezembro foram muito abaixo das médias históricas. “Em novembro, em Veranópolis, choveu 61 mm e, em Bento Gonçalves, apenas 38 mm, o que correspondeu, respectivamente, a 44% e 27% das médias históricas. Em dezembro, novamente os valores foram baixos, com 56 mm em Veranópolis e 31 mm em Bento Gonçalves (41% e 21,5% das médias)”, destaca Amanda. Além de descrição detalhada das condições meteorológicas ocorridas no trimestre outubro-novembro-dezembro, essa edição do Boletim Agrometeorológico, apresenta um resumo dos dados registrados em 2021 pelas estações meteorológicas de Veranópolis (Cefruti/DDPA/Seapdr) e de Bento Gonçalves (Embrapa Uva e Vinho/Inmet).

O pesquisador da Embrapa Uva e Vinho Henrique Pessoa dos Santos reforça a importância de produtores e técnicos analisarem os vinhedos prejudicados pela falta de chuvas e realizarem ações que garantam maior disponibilidade hídrica às videiras, tais como a manutenção da cobertura do solo, a redução da carga de frutas e da superfície foliar e o investimento em sistemas de irrigação. ¨Cada parreiral é único em função do solo, da profundidade das raízes e das condições da planta. É importante não apenas garantir essa safra, mas a sobrevivência e a sanidade da parreira¨, destaca.

No aspecto fitossanitário, em função do prognóstico climático dos próximos meses indicar chuvas próximas à média em janeiro, o pesquisador Lucas Garrido recomenda a aplicação de produtos à base de cobre para proteção das brotações da videira, que são facilmente infectadas pelo agente causal do míldio. Além dessa doença, ele recomenda que o produtor deve atentar também para os tratamentos preventivos para o controle das podridões do cacho (Botrytis e Glomerella), utilizando fungicidas registrados ou mesmo produtos à base de Bacillus. “Os produtores também devem considerar práticas como desponte e poda verde para o controle mais efetivo das doenças e melhor cobertura pelo produto utilizado¨, orienta Garrido.

Estas e demais recomendações sobre o manejo dos vinhedos podem ser obtidas no Boletim Agrometeorológico da Serra Gaúcha Edição Janeiro de 2022. A publicação está disponível gratuitamente na página das duas instituições.

Fonte: Portal Agrolink 

 

MINISTRA VISITA PRODUTORES RURAIS AFETADOS PELA ESTIAGEM NO RS E EM SC PARA DEFINIR MEDIDAS DE SOCORRO

A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, iniciou viagem nesta quarta-feira (12),  pelas áreas do centro-sul do país atingidas pela estiagem. Pela manhã, a ministra esteve em Santo Ângelo, no Rio Grande do Sul; e no período da tarde, em Chapecó, em Santa Catarina. A equipe de técnicos do Ministério, da Conab, Embrapa e representantes do Banco Central, Banco do Brasil e do Ministério da Economia integram a comitiva.

Nas localidades, a equipe visitou propriedades rurais afetadas pela estiagem e se reuniu com lideranças de produtores locais, além de prefeitos e parlamentares representantes dos estados.

 

 “Viemos ver de perto, conversar com os produtores e lideranças dos estados para realizar o levantamento in loco e levar para Brasília as informações necessárias que nos ajudarão a definir ações de curto, médio e longo prazo. É preciso pensarmos também na safra de inverno, saber sua viabilidade e avaliar a possibilidade de outras culturas mais seguras como alternativa”, declarou Tereza Cristina.

Conforme dados da Emater/RS, em decorrência da estiagem no Rio Grande do Sul, os produtores tiveram dificuldade em realizar a semeadura da soja, já que, no fim do ano passado, o plantio alcançou 93% da área.

 

Em Santo Ângelo, a ministra conversou com o produtor Dirceu Segatto, que relatou já ter perdido metade da lavoura de soja por causa da seca. Segundo ele, houve perda na plantação de milho e o custo para replantar praticamente dobrou.

 

Em Santa Catarina, segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (EPAGRI),a região oeste do estado apresentou de 20% a 40% da média histórica de chuvas para o mês de dezembro. E as chuvas dos meses de setembro e outubro não foram suficientes para recuperar os aquíferos, sendo o armazenamento de água no solo insuficiente para manter os mananciais em condições adequadas. O produtor Wolmir Meneghatti, de Chapecó (SC), contou para comitiva ministerial que já enfrenta o terceiro ano de quebra da safra de milho por causa da escassez de chuvas.

 

O presidente da Embrapa, Celso Moretti, que integra a comitiva, disse que pesquisas já mostram que é possível a diversificação de lavouras de segunda safra, com a adoção de culturas de cereais de inverno, como trigo, triticale, canola, centeio, aveia e cevada, como forma de recuperar as perdas com outras culturas, além da adoção de tecnologias, como construção de barraginhas para reserva e conservação de água nas propriedades durante os períodos de estiagem. Embrapa Trigo e Embrapa Suínos e Aves têm estudos que mostram que o milho pode muito bem ser substituído, principalmente pelo trigo e pelo triticale, sem afetar a qualidade nutricional na composição de ração para suínos e aves.

 

Desde o fim do ano passado, quando foram identificados os primeiros impactos do período de seca nas regiões, equipe técnica do Mapa está em campo para avaliar a situação das lavouras. A ministra reforçou que as vistorias da Conab foram antecipadas em uma semana para um levantamento atualizado sobre a intensidade e amplitude do impacto na produção agrícola, dimensionando os níveis de perdas por cultura e região. A ideia é dar mais celeridade ao processo de perícia e liberação das lavouras atingidas.

 

“O que não podemos é ter gente saindo da produção. Nós temos a preocupação de resolver a tempo para minimizar. Resolver tudo não vamos conseguir fazer, mas podemos dar alguns caminhos se fizermos rápido e agora”, ressaltou a ministra.

Cobertura do Seguro Rural

De forma a amenizar a situação para os produtores, o secretário de Política Agrícola do Mapa, Guilherme Bastos, destaca o papel preponderante do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR).

Fonte: MAPA

 

 

A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL MANTÉM O MOVIMENTO FORTE E ATUANTE

A Contribuição Sindical dos(as) Agricultores(as) Familiares é realizada para o Sistema Confederativo – CONTAG – FETAG e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ela é devida por toda a categoria, trabalhadores(as) ou empregados(as). Ou seja, todos aqueles que são trabalhadores rurais e não possuem empregados e exercem a atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, sendo proprietário, arrendatário, parceiro, meeiro ou comodatário.

 

Para o tesoureiro-geral da FETAG-RS, Agnaldo Barcelos, a Contribuição Sindical é uma das formas de manter o Movimento Sindical atuante, forte e em constante luta para assegurar o direito dos agricultores familiares. Agnaldo reitera que embora a Contribuição seja facultativa, é uma obrigação dos agricultores(as), pois quando da conquista de um benefício para a classe todos recebem as melhorias.

 

O valor da Contribuição Sindical da Agricultura Familiar referente ao exercício 2022 é de R$ 40,50 (quarenta reais e cinquenta centavos) por membro do grupo familiar.