INFORMATIVOS

INFORMATIVO N° 1.600

REDACÃO: Eduardo oliveira

DATA: 27/01/2022

SITE: www.fetagrs.org.br

REUNIÃO NA SECRETARIA DA AGRICULTURA TRATA DE TEMAS DA AGRICULTURA E PECUÁRIA FAMILIAR

Na manhã de hoje, terça-feira (25), a Fetag-RS esteve em reunião com a secretária da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Silvana Covatti, com secretário adjunto, Luiz Fernando Rodrigues e assessores, para tratar sobre algumas pautas consideradas como prioritárias no momento vivido pela agricultura e pecuária familiar, que vem sofrendo com mais um período de estiagem. A federação foi representada pelo presidente, Carlos Joel da Silva, pelo vice-presidente, Eugênio Zanetti, e pelos assessores de política agrícola Adrik Richter e Neiva Gabi.

Foram tratados os seguintes temas:

PROGRAMA AVANÇAR

Os recursos do programa Avançar do estado do Rio Grande do Sul destinados a Secretaria da Agricultura serão destinados a programas de captação e armazenagem de Água. O Estado pretende viabilizar a construção de açudes e cisternas até o mês junho de 2022, visando o aproveitamento do período de chuvas.

Para viabilizar o avanço do programa a primeira medida foi a manifestação de interesse das prefeituras, que ocorreu até ontem (24). A urgência na efetivação se deve ao convênio de recuperação fiscal que deve ser firmado nas próximas semanas pois, entre a assinatura e a homologação do mesmo, o Estado ficará impedido de firmar novos convênios. Todavia, a seleção dos beneficiários se dará nos próximos meses através dos conselhos agropecuários de cada município.

Açudes: 

-Construção de 10 açudes por município (total 4970 açudes)

-Convênio com repasse de recurso aos 497 municípios do RS (R$ 9000,00 por açude em horas máquina)

-Escolha dos beneficiários será através do Conselho agropecuário, processo ao qual o STR deve participar.

-Elaboração dos projetos será feito pela EMATER

Cisternas:

-Construção de 500 Cisternas de cimento (4cm de espessura) dupladas, com capacidade total de armazenamento de 30 mil litros.

-Público Alvo: Produtores de leite, aves e suínos

-Contrapartida do Agricultor: Área de telhado, calhas e encanamento até a cisterna.

-Escolha dos beneficiários será através do Conselho agropecuário, processo ao qual o STR deve participar.

Poços:

-Construção de 1 poço por município (497)

-Estado proporciona estrutura completa, perfuração, bomba, quadro de comandos, caixa d’agua com torre e base e outorga d’agua.

-Contrapartida do município: Viabilizar a rede de distribuição aos agricultores

-Escolha do local será técnica através de estudo geológico, de acordo com a viabilidade do local.

* Para a escolha dos beneficiários para construção de açudes e cisternas os Sindicatos devem estar articulando junto as demais entidades (Emater, Secretaria da Agricultura e demais) do Conselho Agropecuário do seu Município.

 

PROGRAMA TROCA TROCA  

Anistia aos beneficiários do Programas Troca Troca Milho e Forrageiras 2021 em municípios com decreto de emergência. Orçamento de 18 milhões de reais para o Milho e 10 milhões para o forrageiras já foi solicitado para posterior publicação do decreto.

CRÉDITO EMERGENCIAL E BOLSA ESTIAGEM

Governo estadual está analisando a linha de crédito emergencial com valor de R$ 10.000,00 e 5 anos de prazo para pagamento aos agricultores atingidos pela estiagem. A linha será operacionalizada pelo Banrisul e o pagamento dos juros será de responsabilidade do Estado. Além do crédito, a Fetag-RS reforçou o pedido de implementação de um auxílio (bolsa estiagem) para os produtores mais fragilizados e que não tem acesso ao crédito.

A Fetag-RS considera que o governo do Estado está trabalhando para atender os pleitos propostos pela federação para auxiliar os agricultores e pecuaristas atingidos pela estiagem, porém, é preciso fazer com que as entidades, como os sindicatos, a Seapdr e Emater selecionem as propriedades que serão atendidas e que os recursos cheguem onde de fato é preciso: no agricultor. Também é necessário que se concretize a bolsa estiagem, o crédito emergencial e o Programa Avançar para armazenagem de água e irrigação através de financiamento com subsídios do governo do Estado, para que assim ele possa ser de fato implementado.

SIMAGRO-RS PREVÊ CHUVA E DIMINUIÇÃO DAS TEMPERATURAS PARA FINAL DE JANEIRO E INÍCIO DE FEVEREIRO

 

A tendência para os próximos 15 dias indica a diminuição da temperatura e ocorrência de chuva na maior parte do Rio Grande do Sul. É o que aponta o Boletim Agrometeorológico Decendial nº 2, elaborado pelo Sistema de Monitoramento e Alertas Agroclimáticos (Simagro-RS) da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr).

Nas próximas semanas, a passagem de duas frentes frias provocará chuva na maioria das regiões, com possibilidade de temporais isolados e totais expressivos em alguns municípios, principalmente na Metade Norte.

Não há previsão de extensas ondas de calor, e o ingresso de massas de ar seco e frio favorecerá a ocorrência de temperaturas mais condizentes com a estação do verão. O deslocamento dos sistemas meteorológicos vai proporcionar aumento da umidade do solo, especialmente nas faixas Norte e Nordeste.

Condições hídricas em janeiro

A análise do balanço hídrico feita pelo Simagro-RS mostrou que a deficiência hídrica aumentou na maior parte do Estado em janeiro, principalmente na Fronteira Oeste, Missões, Região Central e Campanha. Somente nos Campos de Cima da Serra e Litoral Norte os dados apresentaram excesso hídrico ao longo do período.

O mesmo padrão se verifica no cálculo da diferença entre a precipitação ocorrida e a evapotranspiração potencial. Na maioria das regiões, a sequência de dias com temperaturas extremamente elevadas e ventos constantes aumentou a evaporação e prejudicou ainda mais o desenvolvimento das culturas instaladas.

Confira o boletim completo na página do Simagro-RS.

Fonte: SEAPDR

PERDAS DOS PRODUTORES GAÚCHOS COM A SECA JÁ SOMAM R$ 36,14 BILHÕES

 

As perdas financeiras que os produtores deverão ter em consequência da seca que castiga o Rio Grande do Sul já chegam a R$ 36,14 bilhões. É o que mostra o segundo levantamento realizado pela Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), considerando os números divulgados até o momento.

O impacto na soja é de R$ 29,51 bilhões no Valor Bruto da Produção (VBP), enquanto no milho é de R$ 6,62 bilhões.

O estudo avalia ainda que o efeito dominó na economia gaúcha pode chegar a R$ 115,67 bilhões, considerando a quebra nas duas culturas. Vale ressaltar que a matriz insumo-produto indica que, para cada R$ 1 gerado da porteira para dentro, outros R$ 3,29 são gerados nos demais setores que atuam fora da porteira.

A metodologia de cálculo utilizada pela FecoAgro/RS se baseou na expectativa inicial de produção do IBGE e foi aplicado o percentual de perdas divulgado nesta semana pela Rede Técnica Cooperativa (RTC), que consultou 23 cooperativas parceiras da rede até o dia 22 de janeiro, considerando também o preço médio recebido pelo produtor em janeiro de 2022.

Segundo os dados da Rede Técnica Cooperativa (RTC), a quebra de safra de soja é de 48,7% sendo que em algumas regiões as perdas ultrapassam os 70%. Já no milho, as estimativas apontam para uma perda de 70% das lavouras segundo a FecoAgro/RS.

No levantamento anterior, de 4 de janeiro, os números eram de 59,2% no milho e 24% na soja, com impacto financeiro de R$ 5,41 bilhões e R$ 14,36 bilhões respectivamente, totalizando R$ 19,77 bilhões.

A produção inicial estimada pelo IBGE, contabilizada nos cálculos, era de 20,95 milhões de toneladas na soja e 6,09 milhões de toneladas no milho.

Fonte: Portal Agro em Dia

A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL MANTÉM O MOVIMENTO FORTE E ATUANTE

A Contribuição Sindical dos(as) Agricultores(as) Familiares é realizada para o Sistema Confederativo – CONTAG – FETAG e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ela é devida por toda a categoria, trabalhadores(as) ou empregados(as). Ou seja, todos aqueles que são trabalhadores rurais e não possuem empregados e exercem a atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, sendo proprietário, arrendatário, parceiro, meeiro ou comodatário.

Para o tesoureiro-geral da FETAG-RS, Agnaldo Barcelos, a Contribuição Sindical é uma das formas de manter o Movimento Sindical atuante, forte e em constante luta para assegurar o direito dos agricultores familiares. Agnaldo reitera que embora a Contribuição seja facultativa, é uma obrigação dos agricultores(as), pois quando da conquista de um benefício para a classe todos recebem as melhorias.

O valor da Contribuição Sindical da Agricultura Familiar referente ao exercício 2022 é de R$ 40,50 (quarenta reais e cinquenta centavos) por membro do grupo familiar.