INFORMATIVOS
INFORMATIVO N° 1.681
INFORMATIVO N° 1.681
REDACÃO: Hoana Talita Gehlen/Eduardo Oliveira
DATA: 20/12/2022
SITE: www.fetagrs.org.br
Informativo desta terça-feira está no ar!
Notícias da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul e dos 321 Sindicatos dos Trabalhadores Rurais filiados. Disponível em todo o Estado com informações para o agricultor, agricultora e pecuarista familiar.
DEFINIÇÃO SOBRE PREÇO DO TABACO É ADIADA PARA JANEIRO
Nesta segunda-feira (19/12), em Santa Cruz do Sul, teve início a negociação do preço do tabaco da safra 2022/2023 entre entidades representativas dos(as) produtores(as) e as indústrias. A Fetag-RS foi representada pelo presidente Carlos Joel da Silva, pela assessora de política agrícola Carla Schuh e pelos presidentes dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais de Santa Cruz do Sul e de Barros Cassal, Sergio Luiz Reis e Euzébio Borin, respectivamente.
No entanto, as entidades que representam os produtores saíram das reuniões frustradas, pois não houve acordo com as duas indústrias que participaram dessa primeira rodada de negociação. JTI apresentou propostas com reajuste sobre a tabela da última safra, abaixo do custo de produção. A BAT não apresentou nenhuma proposta.
As entidades apresentaram como proposta para a indústrias a variação dos custos de produção mais 5% de lucratividade para produtores.
Uma nova rodada de negociações ocorrerá em janeiro.
A comissão representativa dos produtores de tabaco é formada pela Afubra e pelas Federações da Agricultura (Farsul, Faesc e Faep) e dos Trabalhadores Rurais (Fetag-RS, Fetaesc e Fetaep) do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
Dois produtores rurais, um de cada uma das indústrias, também estiveram presentes acompanhando a negociação.
FETAG-RS APRESENTA DADOS DA AGRICULTURA FAMILIAR EM COLETIVA DE IMPRENSA
Nesta quinta-feira (15), a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul realizou a sua tradicional coletiva de imprensa de final de ano.
A diretoria da Fetag-RS e a assessoria de política agrícola apresentaram um balanço da agricultura e da pecuária familiar no ano de 2022, além de traçar as perspectivas e as necessidades do setor para o próximo ano.
Na apresentação para a imprensa, constaram dados sobre a cadeia produtiva no ano que está se encerrando, um panorama sobre como o cenário econômico mundial, nacional e estadual, que foi marcado pela guerra na Ucrânia e ainda pela pandemia, fatores que influenciaram no aumento do custo de produção e fizeram com que o preço dos alimentos tivessem forte alta nas gôndolas dos supermercados, diminuindo o poder de compra da população e a renda das famílias do campo.
A Federação pontuou que o principal problema no Brasil e no mundo é a fome e que a solução do problema passa diretamente pelas mãos da agricultura familiar, e pelas políticas públicas que deverão ser aprimoradas e outras que precisam ser construídas pelos governos que foram eleitos, tanto no Estado quanto na União.
No espaço para perguntas, os representantes dos veículos de comunicação questionaram, dentre outros temas, sobre o posicionamento da Fetag-RS durante a transição dos governos, momento em que a federação está dialogando com os eleitos e suas equipes e apresentando as necessidades do setor e se colocando a disposição para auxiliar no processo, em especial ao que se refere a criação de secretaria estadual e de ministério voltado a agricultura familiar.
Para o presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, “a imprensa é fundamental para fazer com que as pautas da agricultura e da pecuária familiar sejam ouvidas pelas autoridades e compreendidas pela população urbana, que muitas vezes não faz ideia do quão trabalhoso é produzir os alimentos que são consumidos diariamente”.
DEMANDA PELO MILHO BRASILEIRO SOBE: MEXE NO PREÇO?
Os fatores presentes no mercado hoje indicam que as cotações brasileiras para o milhos poderão ter uma semana de valorização em relação à semana anterior, prevalecendo o movimento de demanda externa no Brasil. É o que aponta o especialista Ruan Sene, analista de mercado da Grão Direto.
De acordo com ele, há fortes indícios de que dezembro será mais um mês bastante expressivo em vendas para exportações. Isso pode provocar, prossegue o analista da Grão Direto, uma concorrência com o mercado interno de milho, que se encontra bem abastecido nesse momento.
“Novos acontecimentos referentes ao conflito entre Rússia e Ucrânia, que afetam diretamente o escoamento de milho e trigo, impactarão a oferta desses cereais para o mundo, podendo provocar movimentações em Chicago”, acrescenta Ruan Sene.
COMO FOI NA SEMANA?
Ainda de acordo com o analista de mercado da Grão Direto, a semana foi bastante lenta em negociações no mercado interno: “Compradores estão com estoques satisfatórios para passar o mês e tentam puxar os preços para baixo, diante do estoque ainda grande, resultante da safrinha.
“Já no cenário externo, o mercado continua aquecido, com Chicago fechando a semana em alta, valendo US$6,53 por bushel (+1,40%). Os principais motivadores da alta de Chicago foram a situação climática ruim na Argentina e temores sobre o ataque no porto de Odessa, na Ucrânia”, aponta Ruan Sene.
“Em relação às exportações, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil exportou 1,5 milhão de toneladas em apenas 7 dias úteis de dezembro. Isso representa um aumento de 46% na média diária em relação ao mês de novembro de 2021. Caso continue nesse ritmo, pode superar 5 milhões de toneladas durante o mês”, conclui ele.
A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL MANTÉM O MOVIMENTO FORTE E ATUANTE
A Contribuição Sindical dos(as) Agricultores(as) Familiares é realizada para o Sistema Confederativo – CONTAG – Fetag-RS e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ela é devida por toda a categoria, trabalhadores(as) ou empregados(as). Ou seja, todos aqueles que são trabalhadores rurais e não possuem empregados e exercem a atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, sendo proprietário, arrendatário, parceiro, meeiro ou comodatário.
Para o tesoureiro-geral da Fetag-RS, Agnaldo Barcelos, a Contribuição Sindical é uma das formas de manter o Movimento Sindical atuante, forte e em constante luta para assegurar o direito dos agricultores familiares. Agnaldo reitera que embora a Contribuição seja facultativa, é uma obrigação dos agricultores(as), pois quando da conquista de um benefício para a classe todos recebem as melhorias.
O valor da Contribuição Sindical da Agricultura Familiar referente ao exercício 2022 é de R$ 40,50 (quarenta reais e cinquenta centavos) por membro do grupo familiar.