INFORMATIVOS

INFORMATIVO N° 1.790

INFORMATIVO N° 1.790

REDACÃO: Hoana Talita Gehlen/Eduardo Oliveira

DATA:  09/5/2024

SITE: www.fetagrs.org.br

Informativo desta quinta-feira está no ar!

Notícias da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul e dos 313 Sindicatos dos Trabalhadores Rurais filiados.  Disponível em todo o Estado com informações para o agricultor, agricultora e pecuarista familiar.

FETAG-RS SOLICITA URGÊNCIA NO APOIO AO RS

 

A situação vivida pelo Rio Grande do Sul nos últimos dias é caótica. Diversos municípios foram devastados e os estragos atingem zonas rurais e urbanas. Nesta quarta-feira (08), a Fetag-RS, mais uma vez, em nome da agricultura familiar gaúcha, clamou ao ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, por medidas urgentes que tragam alento para quem perdeu tudo ou quase tudo nos últimos dias.

A Federação solicitou ao ministro que os vencimentos de todas as operações de crédito, seja de investimento ou custeio, de produtores rurais do Rio Grande do Sul sejam prorrogados por pelo menos 120 dias, tempo suficiente para que sejam elaboradas pelas entidades representativas e pelo governo propostas concretas e viáveis para atender os anseios da categoria.

Para o presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, o “Rio Grande do Sul está agonizando e a previsão do tempo para os próximos dias não é favorável. Temos relatos de agricultores familiares que perderam absolutamente tudo e ainda estão endividados. Como essas pessoas poderão se manter pelos próximos meses e ainda honrar com seus compromissos financeiros? Não serão com medidas paliativas que iremos resolver os problemas. Precisaremos de renegociação por um prazo longo, pelo menos 12 anos para pagamento, recursos que garantam a reconstrução das unidades produtivas e investimentos que ultrapassem o CadÚnico, que hoje não atende o agricultor familiar”.

Em sua fala, Joel ressaltou que é prematuro falar em volume de prejuízos, já que a água está baixando ainda e a chuva retornou ao Estado nesta quarta-feira. “O cenário que vimos no ano passado, agora é muito maior. Temos que ter como prioridade máxima resgatar pessoas e na sequência abrir corredores que permitam o acesso nas propriedades leiteiras e para levar ração e mantimentos para as famílias. Obviamente que depois teremos que tratar de reconstrução do Estado e das propriedades. Precisaremos de recursos inclusive para a malha viária gaúcha e, momento oportuno, discutir novas ações”.

O ministro Paulo Teixeira relatou algumas medidas como sendo importantes, tais como a suspensão do pagamento de prestações e, em alguns casos, anistia, além do pagamento de algum auxílio para a agricultura familiar e crédito emergencial para recuperar as propriedades atingidas.

O MDA irá apresentar o pedido de suspensão imediata nos pagamentos das dívidas, a princípio por 90 dias, além da venda de milho balcão junto a Conab. Sobre crédito extraordinário, haverá ainda um estudo para verificar a viabilidade e qual seria o valor. Nos próximos dias, o ministério apresentará o resultado para as entidades.

Participaram da reunião o presidente da Contag, Aristides dos Santos; parlamentares e representantes, além de dirigentes de entidades representativas do setor e movimentos sociais.

Amanhã, quinta-feira (9), a Fetag-RS reunirá a coordenação das vinte e três regionais sindicais para definição da pauta que será entregue aos governos do Estado e da União.

Mais de 523 mil clientes seguem sem água na área de concessão da Corsan em 39 municípios

De acordo com atualização das 17h30min desta quarta-feira (8) do Centro de Operação Integrada da rede de abastecimento Corsan, são 523 mil imóveis desabastecidos em 39 municípios. No pico da crise, em 4 de maio, 906 mil clientes da Corsan, de 64 municípios, ficaram sem água.

A interrupção no fornecimento se deve ao alagamento das estruturas da empresa, rompimento de adutoras e danos aos equipamentos. Todas as interrupções são relacionadas a chuva que assola o RS.

Na Região Metropolitana, 408 mil imóveis estão sem água em sete municípios: Alvorada, Canoas, Cachoeirinha, Viamão, Gravataí, Esteio e Sapucaia do Sul. Em função do mau tempo e da queda de energia, a Estação de Tratamento de Água que abastece Guaíba e Eldorado segue funcionando com o auxílio de gerador.

Na região Nordeste, são 53 mil imóveis sem água em 17 cidades. Já na região Central, são 41 mil imóveis em 12 cidades da região.

Ainda, segundo a Corsan, mais de 20 mil famílias voltaram a ser abastecidas pela Companhia, em relação ao boletim emitido na manhã de quarta (8). Essa diferença ocorre devido à retomada do abastecimento em Santa Cruz do Sul, na região central, e pelo retorno gradual da água aos imóveis do centro de Canoas, na Região Metropolitana.

O retorno do abastecimento está sendo possível por conta de uma série de medidas emergenciais adotadas pela Corsan. Geradores, carros-pipa, reconstrução de adutoras, entre outros métodos, foram utilizados pela empresa para garantir o retorno da água.

Fonte: GZH

QUANTO DA PRODUÇÃO DE ALIMENTO FOI PERDIDA NO RS?

O Rio Grande do Sul enfrenta uma semana difícil após uma inundação devastadora que causou grandes perdas humanas e materiais. A extensão total dos danos ainda não foi completamente avaliada, mas um levantamento preliminar, especialmente focado no setor agropecuário, está em andamento, segundo Marcos Rubin, fundador da Veeries – Agronegócio.

Até o momento, os impactos da chuva no agronegócio do Rio Grande do Sul são significativos. Na cultura da soja, uma quantidade considerável de 4,5 milhões de toneladas ainda estava nos campos, representando cerca de 20% da área total a ser colhida. Destas, entre 1,5 e 2 milhões de toneladas já são consideradas perdidas. O destino do restante dependerá das avaliações subsequentes.

No caso do milho, aproximadamente 15% das lavouras da primeira safra estavam prontas para a colheita, resultando em perdas estimadas em cerca de 400 mil toneladas. Além disso, ainda restava colher cerca de 15% da área de milho de primeira safra no estado.

A situação é preocupante também para o setor de carnes, com pelo menos 10 frigoríficos de aves e suínos suspendendo suas operações devido aos bloqueios nas rodovias. Isso impede o transporte de animais, rações e insumos, e a normalização da situação pode levar até 30 dias. As perdas nos rebanhos ainda não foram quantificadas, mas serão um fator importante nas projeções futuras de demanda por rações no estado.

No que diz respeito ao arroz, as perdas iniciais são estimadas em aproximadamente 200 mil toneladas, de uma safra que tinha potencial para chegar a 10,8 milhões de toneladas, considerando a excelente produtividade até o momento dos problemas ocorrerem.

Por fim, a logística de fertilizantes também foi afetada, com atrasos nas entregas programadas para a safra de inverno devido a problemas no porto de Rio Grande e danos às pontes e estradas no interior do estado. Esses contratempos levantam dúvidas sobre as entregas no curto prazo.

Fonte: Agrolink

A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL MANTÉM O MOVIMENTO FORTE E ATUANTE

A Contribuição Sindical dos(as) Agricultores(as) Familiares é realizada para o Sistema Confederativo – CONTAG – Fetag-RS e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ela é devida por toda a categoria, trabalhadores(as) ou empregados(as). Ou seja, todos aqueles que são trabalhadores rurais e não possuem empregados e exercem a atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, sendo proprietário, arrendatário, parceiro, meeiro ou comodatário.

Para o tesoureiro-geral da Fetag-RS, Agnaldo Barcelos, a Contribuição Sindical é uma das formas de manter o Movimento Sindical atuante, forte e em constante luta para assegurar o direito dos agricultores familiares. Agnaldo reitera que embora a Contribuição seja facultativa, é uma obrigação dos agricultores(as), pois quando da conquista de um benefício para a classe todos recebem as melhorias.

O valor da Contribuição Sindical da Agricultura Familiar referente ao exercício 2024 é de R$ 48,00 (quarenta e oito reais) por membro do grupo familiar.