INFORMATIVOS

INFORMATIVO N° 1.798

INFORMATIVO N° 1.798

REDACÃO: Hoana Talita Gehlen/Eduardo Oliveira

DATA:  11/6/2024

SITE: www.fetagrs.org.br

Informativo desta quinta-feira está no ar!

Notícias da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul e dos 313 Sindicatos dos Trabalhadores Rurais filiados.  Disponível em todo o Estado com informações para o agricultor, agricultora e pecuarista familiar.

 

SINAL VERDE PARA RECURSOS PARA A AGRICULTURA FAMILIAR

Nesta segunda-feira, 10 de junho, a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul – Fetag-RS acompanhada pelo deputado estadual Elton Weber e a Cooperativa Habitacional da Agricultura Familiar – Coohaf. realizou reunião com a Casa Civil e a Secretaria Estadual de Habitação e Regularização Fundiária. O encontro teve como foco principal a solicitação de recursos para habitação rural, a discussão sobre anistia de dívidas dos agricultores familiares atingidos pelas enchentes e também o auxílio emergencial através do Pix do governo do estado.

A Fetag-RS e a Coohaf levaram à mesa de negociações a necessidade urgente de recursos para a construção de moradias rurais. As entidades propuseram um montante de R$ 25 mil por unidade habitacional, destinado ao custeio da mão-de-obra para a construção das casas. Neste primeiro momento, a Coohaf está organizando a construção de 300 casas no meio rural com o auxílio de recursos do Governo Federal. O valor solicitado ao Estado é fundamental para garantir que as famílias rurais tenham acesso a habitações dignas e adequadas, promovendo a melhoria das condições de vida no campo.

Outro ponto discutido durante a reunião foi a anistia do Programa Troca-Troca de Sementes de milho 2024/2025, as sementes do milho safrinha 2023/2024 e as sementes do forrageira, visto que os agricultores plantaram e não terão colheita em sua safra. A anistia pleiteada pela Fetag-RS representa economia de cerca de R$ 38milhões para a agricultura familiar.

O presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, que esteve na reunião, reforça a necessidade urgente de respostas aos pedidos realizados. “Esperamos que os pleitos apresentados sejam atendidos com a devida urgência, dada a importância dos recursos para a construção de habitações e a relevância da anistia de dívidas para a sustentabilidade econômica da agricultura familiar tão castigada pelas enchentes” reforça o dirigente.

A Casa Civil e a Secretaria Estadual de Habitação e Regularização Fundiária estarão dialogando com o governo do estado para apresentar as respostas aos pedidos nos próximos dias.

 

 

RECUPERAÇÃO DO SOLO É UM DOS PRINCIPAIS DESAFIOS PARA O AGRICULTOR GAÚCHO

Nos últimos anos, o Rio Grande do Sul tem enfrentado uma série de desastres naturais como estiagens e enchentes, que deixaram um rastro de destruição em suas lavouras. Uma preocupação que surge em meio ao drama dos gaúchos diz respeito à saúde do solo, comprometido pelos eventos climáticos extremos que assolam o estado.

Para o engenheiro agrônomo Maurício Roberto Cherubin, professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP em Piracicaba, a magnitude dos danos ao solo já é um dos principais desafios enfrentados pelos agricultores gaúchos.

Cherubin destacou que as lavouras estão em final de ciclo. “O excesso de água deixa o solo impróprio para que as máquinas trafeguem para a colheita, porque há muita umidade e o grão acaba sendo colhido úmido”.

O professor Cherubin lembra que há cerca de quatro anos o estado vem sofrendo com estiagem no período de verão. O prazo para normalização do cenário agrícola gaúcho de dez anos, previsto pela Farsul, se deve, em grande parte, ao trabalho de recuperação do solo.

“O solo encharcado e saturado impede a infiltração de mais água devido ao excesso de umidade, o que tem levado a sérias consequências como erosões que arrastam nutrientes, matéria orgânica e até mesmo camadas superficiais do solo, tornando-os irreparavelmente danificados. Para formar apenas um centímetro de solo, são necessários cerca de 300 a 400 anos, enquanto em um único evento climático, como as recentes enchentes, foram perdidos até 20 centímetros de solo em questão de horas e, dessa forma, a terra preparada para a lavoura”, afirma.

A situação é ainda mais alarmante devido à falta de oxigênio no solo saturado, que compromete a sobrevivência dos organismos responsáveis pela fertilidade e vitalidade, bem como o desenvolvimento adequado das plantas. “Sem oxigênio, os processos biológicos essenciais para a saúde do solo são interrompidos, levando à morte desses organismos e à degradação ainda maior do solo.”

A recuperação do solo danificado é um desafio complexo, no entanto, Cherubin ressaltou a importância de se reunir especialistas e formuladores de políticas públicas para desenvolver estratégias de manejo, que possam ajudar na recuperação e na prevenção de danos futuros.

Entre as medidas sugeridas pelo especialista, estão o cultivo de plantas de cobertura para proteger o solo durante os períodos de entressafra, a implementação de sistemas de controle de erosão mais eficazes e a promoção de práticas agrícolas sustentáveis que promovam a saúde do solo e a retenção de água.

A crise no Rio Grande do Sul serve como um alerta para todo o país. “A colaboração entre agricultores, instituições de pesquisa, governo e comunidades locais é essencial para enfrentar os desafios colocados pelos desastres naturais e garantir um futuro sustentável para a agricultura”, conclui.

Fonte: Canal Rural

 

 

INSCRIÇÕES PARA O PROGRAMA BOLSA JUVENTUDE RURAL VÃO ATÉ 19/7

Estudantes do Ensino Médio, entre 15 e 29 anos, interessados em participar do programa Bolsa Juventude Rural, da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR) podem fazer a sua inscrição a partir desta quinta-feira (6/6). A autorização foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE).

Serão disponibilizadas 134 bolsas, no valor de R$ 300 mensais cada, por um período de 10 meses, a serem pagas a partir de julho de 2024,?independentemente da data de concessão/contratação.

Das 134 bolsas oferecidas, 67 serão disponibilizadas para alunos regularmente matriculados no 2º ano, e 67 para alunos matriculados no 3º ano do Ensino Médio. O prazo para envio da documentação termina em 19 de julho de 2024.

O programa Bolsa Juventude Rural tem por finalidade incentivar a permanência e o retorno dos jovens ao ensino médio e de criar condições para a permanência do jovem no meio rural. As bolsas são destinadas a estudantes regularmente matriculados no 2º ou 3º ano do Ensino Médio, em escolas públicas estaduais ou instituições educacionais comunitárias que trabalhem com a Pedagogia da Alternância. Este método propicia a interação entre o estudante que vive no campo e a realidade que vivencia no seu cotidiano.

Mais informações pelo e-mail [email protected].

Fonte: SDR

 

 

A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL MANTÉM O MOVIMENTO FORTE E ATUANTE

A Contribuição Sindical dos(as) Agricultores(as) Familiares é realizada para o Sistema Confederativo – CONTAG – Fetag-RS e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ela é devida por toda a categoria, trabalhadores(as) ou empregados(as). Ou seja, todos aqueles que são trabalhadores rurais e não possuem empregados e exercem a atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, sendo proprietário, arrendatário, parceiro, meeiro ou comodatário.

Para o tesoureiro-geral da Fetag-RS, Agnaldo Barcelos, a Contribuição Sindical é uma das formas de manter o Movimento Sindical atuante, forte e em constante luta para assegurar o direito dos agricultores familiares. Agnaldo reitera que embora a Contribuição seja facultativa, é uma obrigação dos agricultores(as), pois quando da conquista de um benefício para a classe todos recebem as melhorias.

O valor da Contribuição Sindical da Agricultura Familiar referente ao exercício 2024 é de R$ 48,00 (quarenta e oito reais) por membro do grupo familiar.