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A realidade da agricultura familiar no Vale do Taquari

A região do Vale do Taquari foi devastada pelas enchentes. São inúmeras as famílias que perderam tudo o que tinham e que hoje vivem um cenário de incertezas. O que fazer? Reconstruir a propriedade ou desistir e ir embora?

Nesta sexta-feira (28), o presidente da Fetag-RS Carlos Joel da Silva, acompanhado dos respectivos presidentes dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, percorreu os municípios de Colinas, Estrela e Cruzeiro do Sul, todos amplamente afetados pelas cheias. O cenário ainda é de destruição, casas destruídas, postes derrubados e árvores arrancadas. As marcas nas paredes mostram a altura que a água chegou.

Em Colinas, o presidente Carlos Joel conversou com agricultores que relataram ter perdido tudo. Na primeira propriedade visitada, mais de 300 porcos morreram. Na segunda, tudo foi perdido.

O que restou para muitas famílias são as dívidas. A Fetag-RS, está preocupada e buscando a anistia total para as famílias atingidas, além de recursos e medidas diferenciadas para o Rio Grande do Sul dentro do próximo Plano Safra, que será lançado no dia 3.

Para o presidente, “prorrogar dívidas na resolve o problema. Grande parte das famílias está totalmente descapitalizada e até mesmo sem ter onde viver. Como vão pagar dívidas? Os governos precisam entender isso e conceder anistia total.”

A Fetag-RS participou ativamente de negociações do Plano Safra e reuniões para tratar especificamente dos problemas causados pelas enchentes e espera medidas fortes que também visem o futuro, pois não sabemos se ou quando outras enchentes poderão acontecer.