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Fetag-RS cobra dos bancos a implementação das medidas já anunciadas pelo governo
A Fetag-RS esteve reuniu-se ontem, quinta-feira (3) com representantes dos principais agentes financeiros do país, incluindo Banco do Brasil, Sicredi, Sicoob, Banrisul, Caixa Econômica e Cresol, além de autoridades do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) de Brasília, da Superintendência Estadual e do Ministério da Fazenda. Como pauta, as dificuldades enfrentadas pela agricultura familiar gaúcha quanto à prorrogação de linhas de crédito e à aplicação das medidas anunciadas para os financiamentos rurais.
Há uma crescente preocupação com o alto volume de reclamações recebidas por parte dos agricultores em relação à morosidade e à falta de clareza na implementação das prorrogações. Um dos principais pontos levantados foi a dificuldade dos produtores que não se enquadram nas condições para receber os descontos, mas que, pela legislação, teriam direito à prorrogação de suas dívidas por até quatro anos para o custeio e renegociação da parcela deste ano para o último ano do contrato para o investimento. Observa-se que, em algumas regiões, essa prorrogação não está sendo efetivada, e os agricultores estão sendo pressionados a liquidar as operações e até devolver recursos do Proagro ao banco.
Além disso, foi discutido o fundo garantidor criado, mas que ainda não está funcionando adequadamente pois os bancos não estão aderindo ao fundo, gerando dificuldades adicionais para os agricultores familiares que desejam aderir a novas linhas de crédito. “Nos gera muita insatisfação a decisão dos bancos em não aderir ao fundo garantidor, pois esse foi um ponto negociado pela Fetag-RS com o Governo Federal para apoiar os agricultores nesse momento de dificuldade.” afirma Carlos Joel da Silva, presidente da Fetag-RS.
A federação também cobrou celeridade na implementação da linha de capital de giro via BNDES, pedindo que os produtores que estão enfrentando dificuldades financeiras busquem suas cooperativas, cerealistas e instituições bancárias para aderirem à linha de crédito com prazo de até oito anos para pagamento. O vice-presidente da Fetag-RS, Eugenio Zanetti, ressalta que “ainda há incertezas sobre as taxas de juros que serão aplicadas e os detalhes dos acordos que os produtores precisarão firmar. Não aceitaremos que os agricultores sejam penalizados com juros mais altos” Segundo os bancos, essas definições só devem ser anunciadas após o dia 11 deste mês.
A Fetag-RS, em conjunto com os sindicatos de trabalhadores rurais, espera que as resoluções sejam aplicadas de forma efetiva nos próximos dias, garantindo que os agricultores possam ter acesso aos benefícios e condições previstas pela legislação.