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A Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag-RS) promoveu, nesta quinta-feira (19), a última reunião de 2024 para discutir os avanços e os próximos passos do Projeto de Recuperação de Biomas. A iniciativa tem como principal objetivo promover a conservação ambiental e a regularização de propriedades familiares, alinhando essas ações ao desenvolvimento sustentável da agricultura e pecuária familiar no estado.

A segunda versão do projeto terá foco na educação do campo e na formação de jovens rurais com idades entre 14 e 32 anos, o projeto é desenvolvido em parceria com as Escolas Família Agrícola (EFAs) e Casas Familiares Rurais (CFRs). Ao longo de 32 meses de execução, espera-se beneficiar diretamente 320 famílias de agricultores e pecuaristas familiares e transformar quatro instituições de ensino rural em referências estaduais em práticas ambientais sustentáveis.

A execução do projeto contempla 654 ações ambientais distribuídas em diversas regiões do Rio Grande do Sul, envolvendo diretamente jovens, suas famílias e comunidades locais. As atividades visam não apenas mitigar os efeitos das mudanças climáticas e combater a degradação dos ecossistemas, mas também desempenham um papel estratégico na sucessão rural, capacitando os jovens para permanecerem no campo de forma sustentável e produtiva.

Para Angélica Reiter, chefe da Divisão de Flora, do Departamento de Biodiversidade e da Secretaria do Meio Ambiente, o projeto já demonstra seu impacto:

“É um projeto consolidado, que visa conservar e recuperar as áreas de campo, tanto do bioma Pampa quanto do bioma Mata Atlântica. Nossa expectativa é aprovar a nova versão até fevereiro do próximo ano, para iniciá-lo já no próximo período letivo das escolas.”

Agnaldo Barcelos, tesoureiro-geral da Fetag-RS, destacou a relevância estratégica do projeto para fortalecer a agricultura familiar e a educação rural:

“O Projeto de Recuperação de Biomas reforça o compromisso da Fetag-RS com justiça social, sustentabilidade e inclusão. Trabalhar com as escolas que atendem jovens agricultores e pecuaristas também é uma forma de fortalecer as EFAs e CFRs, que têm papel crucial na formação de futuras lideranças do campo.”