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Carta do Leite cobra revisão de política de importações

cadeia leiteira no Estado. Com a participação dos governos federal e estadual,
bem como do Sindicato da Indústria de Laticínios (Sindilat) e
Associação Gaúcha de Supermercados (AGAS), o evento contou, ainda, com
a presença de aproximadamente 200 lideranças sindicais e produtores de
todo o Estado. Ao final do seminário foi aprovada a Carta do Dia
Estadual do Leite, um documento que contém reivindicações aos governos,
entre as quais a imediata revisão da política de importações de
produtos lácteos do Mercosul.
     O presidente da Fetag, Elton Weber,
ao fazer uma avaliação do seminário, disse que foi positiva no sentido
da participação de todas as regionais sindicais, que congregam os 351
Sindicatos dos Trabalhadores Rurais filiados. “Além de enfatizar a
importância do Dia Estadual do Leite, o evento contou diversas
participações governamentais e ao final o encaminhamento desse
documento que contém as nossas estratégias e ações daqui em diante
frente aos governos federal e estadual no sentido de minimizar os
problemas de importações e preços do produto, junto ao Sindilat e a
AGAS, em busca de uma melhor distribuição dos resultados que a cadeia
do leite proporciona, já que o produtor hoje está ficando com a menor
parcela”, justifica.

Carta do Dia Estadual do Leite

     O Seminário
Estadual do Leite discutiu os cenários e as perspectivas da cadeia
leiteira no Rio Grande do Sul. Os participantes decidiram elaborar uma
carta com reivindicações e sugestões a serem encaminhados para os
governos estadual e federal, bem como para os demais setores
integrantes da cadeia produtiva do leite, conforme segue:

Governo Federal

·A
imediata revisão da política de importações de produtos lácteos, bem
como a revisão da TEC (Tarifa Externa Comum) para produtos oriundos de
países do Mercosul, atualmente em 27%, elevando a mesma para 55%. Da
mesma forma o aumento da tarifa antidumping para produtos lácteos
provenientes de países fora do Mercosul;
·Ampliação das políticas
públicas de apoio à comercialização e sustentação de preços aos
produtores, como forma de proteger os agricultores das oscilações de
mercado;
·Ampliar as ações de combate à guerra fiscal entre estados, que tem prejudicado a competitividade do produto gaúcho;

Governo do Estado

·Agilizar
a tramitação do projeto de lei, apresentado pela Fetag e que se
encontra na Assembleia Legislativa, prevendo que todo e qualquer
incentivo fiscal concedido às indústrias de laticínios leve em
consideração o cumprimento dos parâmetros de preços estabelecidos pelo
Conseleite; e
·Implementação conjunta (Estado e setor produtivo) de
campanhas de incentivo ao consumo de produtos lácteos, como forma de
aumentar o consumo de leite e derivados.
Ainda foi sugerida a
inclusão da AGAS (Associação Gaúcha de Supermercados) no Conselho
Estadual do Leite – Conseleite, para ampliar a discussão da cadeia como
um todo, com a participação da representação dos produtores, indústrias
e varejo.
     Caso o cenário de baixa de preços se confirme e as
reivindicações sugeridas não surtam efeito, a Federação juntamente com
os produtores não descartam a realização de mobilizações junto às
indústrias, setor varejista e órgãos governamentais.
Mais informações: Elton Weber – (51-9325-0040)
Assessoria de Imprensa – 16/09/2009 Luiz Fernando Boaz (51-9314-5699)