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Dia internacional da mulher: ainda há muito o que conquistar

Na próxima segunda-feira comemoraremos uma data especial, principalmente para o movimento sindical: O Dia Internacional da Mulher. Infelizmente, em virtude da pandemia, não será possível realizar encontros e festividades presencias para marcar a data, mas, de forma virtual, uma série de eventos promovidos pelos sindicatos com o apoio da FETAG-RS serão realizados.

Porém, não temos apenas motivos para comemorar. A pandemia do coronavírus e a necessidade de distanciamento social que fez com que as pessoas passassem mais tempo em casa e, consequentemente, elevou os números de violência contra a mulher.

Dados do portal G1, em parceria com Núcleo de Estudos da Violência da USP e com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontam que no primeiro semestre de 2020 o Brasil registrou 1890 casos de mulheres que foram mortas de forma violenta, alta de 2% em relação ao mesmo período de 2019. Deste número, 631 casos foram de feminicídio, quando a mulher é morta somente por ser mulher.

Sobre violência doméstica houve redução, porém, o Brasil registrou quase 120 mil casos de lesão corporal dolosa. Vale lembrar aqui que muitas mulheres, por medo, acabam não denunciando agressões, sejam elas físicas ou psicológicas, que sofrem normalmente por parte dos companheiros.

De acordo com a coordenadora Estadual de Mulheres da FETAG-RS, Maribel Moreira, “a pandemia evidenciou o quanto as mulheres sofrem, muitas vezes em silêncio. É absurdo que, em pleno século XXI, muitas mulheres sejam vítimas de violência que muitas vezes parte de pessoas que deveriam protegê-las. A FETAG-RS, os sindicatos e o movimento sindical atuam para que as leis sejam cumpridas, para que os agressores sejam rigorosamente punidos e para que as autoridades atuem também na prevenção, acolhendo todas as denúncias que receberem para que seja possível evitar tragédias”.

Mesmo com todo o cenário de violência, as mulheres são guerreiras, principalmente as agricultoras e pecuaristas familiares, que cumprem com excelência a importante missão de produzir alimentos. Não são poucos os exemplos de mulheres que conciliam suas atividades da casa com as atividades nas lavouras ou na criação de animais.

“Nossas mulheres são guerreiras. Dentro do Movimento Sindical acompanhamos de perto o quanto elas trabalham nas suas propriedades, algumas vezes liderando as famílias e tomando importantes decisões. Para essas mulheres, digo: parabéns pelo dia da mulher. Para aquelas que sofrem caladas, peço para que procurem ajuda. Vocês não estão sozinhas”, completa Maribel.

No dia da mulher, lembre-se: você é mais forte do que pensa. E juntas, somos ainda mais fortes.

Margaridas Gaúchas firmes na luta.