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Fetag preocupada com endividamento

presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante a abertura da Feira
Nacional da Agricultura Familiar (Fenafra). O presidente da Fetag, Elton
Weber, esteve na solenidade e avaliou que as medidas foram as esperadas
a partir do que havia sido apresentado no Grito da Terra Brasil, no dia
12 de maio, em Brasília.
     
No entanto, explica Weber, existe um grupo de agricultores que estão
endividados e não tem acesso a financiamentos. “Sem resolver os
problemas pendentes – isso é resultado de anos adversos, em função do
clima, quando não havia cobertura do Proagro ou seguro de preço; quando
houve safra, como em 2007, mas não teve preço, a exemplo deste ano. Tudo
isso causou um buraco no endividamento, sendo necessários novos
contratos, prorrogação das dívidas, enfim, que seja propiciado um
mecanismo para recuperar o crédito e assim acessar o Plano Safra e
continuar produzindo alimentos”, justifica.
     
O tesoureiro-geral da Fetag, Amauri Miotto, lembra que nesse ano já
sobraram recursos e em 2011, se a situação continuar assim, igualmente
restarão. Ele disse que está diminuindo o número de agricultores
beneficiados com os financiamentos, em função da inadimplência. “O
Pronaf não foi criado para excluir agricultores em decorrência do
endividamento, e sim para fortalecer. Os mecanismos de garantia de
preços começaram a partir de 2008 e apenas é o início dessa política
pública. Em relação ao seguro-agrícola, existem muitas falhas no
programa. É preciso cuidado, pois há necessidade de melhorias, a
garantia de preço, permitir o acesso aos recursos para os que querem
produzir”, conta.
     
Sobre a assinatura do decreto do Suasa pelo presidente Lula, Miotto
adverte que não é o decreto que garante o Suasa. “O decreto não implica
em dinheiro e o Suasa precisa estruturar as prefeituras, que necessitam
contratar veterinário ou técnico para realizar o trabalho de inspeção –
esse é o grande dilema. Esperamos que, junto com o decreto venham
recursos para implementar a infraestrutura indispensável para
operacionalizar a inspeção municipal. A maioria dos municípios está
endividada. Temos que exigir na prática: o campo convive com a falta de
renda, exigências ambientais e sanitárias, que custam dinheiro e tem que
sair do trabalho do agricultor”, completa.

Mais informações: Elton Weber (51-9325-0040)
Amauri Miotto (51-9314-5750)
Assessoria de Imprensa – 17/06/2010 – Izabel Rachelle (51-9325-2162)