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Grito da Terra avança na garantia de renda

consolidadas políticas públicas conquistadas ao longo das edições
anteriores. O presidente da Fetag, Elton Weber, conta que a delegação
gaúcha levou 300 lideranças, sendo a metade de mulheres e jovens. Ele
defendeu que o governo realize questões concretas da agricultura
familiar, mas que também implemente os programas já existentes. Conforme
o diretor-tesoureiro da Fetag, Amauri Miotto, uma das questões
fundamentais asseguradas neste Grito é a garantia de renda, a grande
conquista dessa negociação.
     
Além da continuidade da garantia de recursos para os financiamentos de
custeio e investimento no Plano Safra 2010/2011, na ordem de R$ 16
bilhões, houve a garantia da comercialização através de recursos de R$ 1
bilhão, disponibilizados no Programa de Garantia de Preços Mínimos
(PGPM) e também no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), com 20% dos
recursos oriundos do Ministério da Agricultura e Pecuária destinados à
aquisição de alimentos da agricultura familiar para doação simultânea ou
formação de estoques. Miotto diz que ainda há recursos do Ministério do
Desenvolvimento Social da ordem de R$ 2 bilhões e que isso totaliza
cerca de R$ 20 bilhões para plantio, investimento e comercialização da
agricultura familiar. O dirigente lembra que a renda é a principal
reivindicação e que o governo parece ter entendido isso.
    
Miotto explica que houve outros avanços, a exemplo do reconhecimento da
agricultura familiar como uma atividade de interesse social; o crédito
fundiário, com o aumento de R$ 40 mil para R$ 80 mil na aquisição de
áreas, entre outras demandas atendidas. Nesse Grito da Terra Brasil, as
lideranças foram recebidas pela primeira vez pelo ministro da Saúde,
José Temporão, o que contribuiu para os avanços nas negociações. Já o
Ministério da Previdência Social assumiu o compromisso de contratar 500
médicos peritos para melhorar o atendimento dos trabalhadores rurais.
Miotto informa que, quanto à pauta do endividamento, seguem as
negociações.

A mobilização

     
O dia foi cheio em Brasília. Milhares de trabalhadores rurais chegaram à
Esplanada dos Ministérios, em Brasília, às 5h30min, e participaram da
assembleia geral às 8h, quando os manifestantes deram as mãos e pediram
que as reivindicações fossem atendidas. Em frente ao caminhão de som foi
montado um mosaico do mapa do Brasil, representando a diversidade do
movimento sindical.
     
Às 10h30min, ocorreu ato público em frente ao Ministério do
Desenvolvimento Agrário. Uma hora depois, o presidente Lula recebeu
comissão da Contag e das Fetags no Centro Cultural do Banco do Brasil. À
tarde, houve passeata até o Ministério do Trabalho e Emprego para
cobrar do ministro Carlos Luppi agilidade para os processos de registro
sindical e o posicionamento do governo federal contra a prática de
divisionismo sindical no campo.
     
Em seguida, nova caminhada até o Congresso Nacional, quando os
manifestantes cobraram dos parlamentares a aprovação de projetos como a
PEC contra o trabalho escravo e os que tratam da remuneração pela
prestação de serviços ambientais, do enquadramento sindical, entre
outros. Foi neste momento, na frente do Congresso Nacional, que a Contag
apresentou as respostas do governo federal às reivindicações do Grito
da Terra Brasil. O encerramento das manifestações aconteceu às 18h.

Mais informações: Amauri Miotto – (51-9314-5750)
Assessoria de Imprensa – 12/05/2010 – Izabel Rachelle (51-9325-2162)