INFORMATIVOS

INFORMATIVO N° 1.662

INFORMATIVO N° 1.662

REDACÃO: Hoana Talita Gehlen/Eduardo Oliveira

DATA: 22/09/2022

SITE: www.fetagrs.org.br

 

Informativo desta quinta-feira está no ar!

Notícias da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul e dos 321 Sindicatos dos Trabalhadores Rurais filiados.  Disponível em todo o Estado com informações para o agricultor, agricultora e pecuarista familiar.

CADEIA LEITEIRA: SE NADA FOR FEITO, OS PRODUTORES IRÃO SE MOBILIZAR

A cadeia produtiva do leite gaúcho está pedindo socorro. A forte queda no preço do litro do leite que está sendo pago levou diversos produtores a registrarem prejuízos na atividade. Para que se tenha uma ideia a respeito da instabilidade que atinge o setor, na última reunião do Conseleite-RS o valor referência para o litro caiu 14,80% em relação a julho, fechando em R$ 2,8157, contra R$ 3,3049 do mês anterior, sendo que os valores levantados pela FETAG-RS apontam para uma redução de 17,65% do leite entregue em agosto e pago agora dia 15 de setembro.

A instabilidade nos preços está causando pânico nos produtores de leite em todo o Estado, que acumularam prejuízos fortes nos últimos meses em decorrência da estiagem e do aumento dos preços do óleo diesel, dos fertilizantes e da ração. Entretanto, quando finalmente puderam recuperar um pouco dos valores perdidos, ao longo do mês de julho sofreram outro impacto ao ver os preços caírem vertiginosamente novamente em agosto.

Portanto, na manhã de hoje a Fetag-RS e a Comissão Estadual do Leite composta pelos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais reuniram-se com a Associação das Pequenas e Médias Indústrias de Laticínios do RS (APIL), Organização das Cooperativas do RS (OCERGS) e Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat) para debateram sobre o cenário instalado e para buscar soluções.

Uma das causas apontadas para a queda no preço referência do leite é a importação do produto oriundo da Argentina e do Uruguai, que acabam levando vantagem em relação ao leite gaúcho devido a política adotada pelo livre comércio do Mercosul. Outro fator que deixa os gaúchos em desvantagem é a logística de transporte até a região sudeste do país, principalmente para São Paulo. A estimativa é de que 60% do leite produzido no Estado necessite obrigatoriamente fazer este caminho, o que faz com que haja uma perda de competitividade frente a outros estados.

Outra causa apontada é a prática adotada pelas grandes redes de supermercados, que pressionam o preço do leite UHT e do queijo muçarela para estampar em cartazes de oferta com o objetivo de chamar clientes e para vender cartões de crédito dos próprios grupos econômicos do varejo. Esse processo causa uma enorme instabilidade para o produtor, para a indústria de lácteos e principalmente para o consumidor.

É consenso entre as entidades participantes da reunião de que há necessidade de atuação dos Governos do Estado e da União para a implantação de políticas públicas que tornem o leite gaúcho e brasileiro mais competitivo em relação aos países vizinhos, como a exclusão do Fator de Ajuste de Fruição (FAF), a fiscalização de práticas abusivas de alguns supermercados que comercializam leite com preços abaixo do custo de produção e industrialização e a imediata execução dos projetos protocolados no Fundo de Desenvolvimento da Cadeia Produtiva do Leite do Rio Grande do Sul (Fundoleite).

O presidente Carlos Joel da Silva afirmou que, caso haja nova baixa forte no preço do leite, os produtores de leite, liderados pela Fetag-RS e pelos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, farão mobilizações. “O setor não suporta mais quedas de preços. É preciso ter responsabilidade de evitar que os produtores quebrem, pois deve ser interesse de todos manter a cadeia leiteira saudável e funcionando. Queremos resolver no diálogo com a indústria e com os supermercados, mas vamos agir se for preciso se outros elos da cadeia ficarem ganhando dinheiro em cima dos produtores”.

Como encaminhamento, ficou acordado a criação de um grupo de trabalho e nova reunião no início de outubro para criar um documento com pautas do setor que atendam os interesses da indústria e dos produtores para ser entregue aos candidatos ao governo do Estado que irão para o segundo turno. A convocação da câmara setorial do leite e derivados que é coordenada pelo vice-presidente da FETAG-RS, Eugênio Zanetti, para discutir e apontar as questões levantadas ao Governo do Estado, e por fim, foi feito o pedido para que as indústrias segurem as quedas no preço do leite para o próximo mês.

Estiveram presentes na reunião: o presidente da Ocergs, Darci Pedro Hartmann; o presidente e o secretário executivo do Sindilat, Guilherme Portela e Darlan Palharini, respectivamente; o secretário executivo da APIL, Osmar Redin; o presidente da CTB-RS e diretor da Fetag-RS, Sérgio de Miranda; e os representantes das regionais sindicais que integram a Comissão Estadual do Leite.

FETAG-RS EM VISITAS NO INTERIOR DO ESTADO

Ao longo desta semana, o vice-presidente e o engenheiro agrônomo da Fetag-RS Eugênio Zanetti e Kaliton Prestes, respectivamente, realizaram roteiro de visitas nas Regionais Sindicais Santa Rosa, Passo Fundo e Alto Jacuí.

Em Santa Rosa, aconteceu o Seminário sobre Custo de Produção para a agricultura familiar e alternativas para sua diminuição, em que os presentes acompanharam palestras e participaram de discussões.

Ao lado de lideranças das regionais, Eugênio e Kaliton participaram de importantes reuniões com entidades e lideranças. Foram visitadas a Câmara de Vereadores de Victor Graeff, onde aconteceu reunião para tratar sobre a cadeia leiteira; e a Universidade de Passo Fundo, em que foi discutido o convênio firmado entre a instituição e a Fetag-RS para utilização das pesquisas acadêmicas que são realizadas pela universidade.

Em visita na sede da Embrapa, a Fetag-RS buscou firmar convênio para transferência de tecnologia e para capacitação da rede de assistência técnica do movimento sindical.

Também foram realizadas reuniões na sede do Sicredi Aliança e no Hospital Cristo Redentor.

PRIMAVERA COMEÇA NESTA QUINTA-FEIRA; DIA NO RS SERÁ MARCADO PELA CHUVA E FRIO

O primeiro dia da primavera, que começa nesta quinta-feira (22), por volta das 22h4min, será de instabilidade em quase todas as áreas do Rio Grande do Sul. O tempo deve ficar firme apenas na Fronteira Sul e no Oeste. O ciclone extratropical presente na Argentina influencia o tempo no Estado até sábado (24), provocando ventania e agitação marítima. Há previsão de chuva no Norte, na Serra, no Litoral Norte e em Porto Alegre. Os maiores acumulados estão previstos para diversos municípios (confira a lista) e equivalem a 30% do esperado para o mês.

De acordo com um alerta emitido nesta quarta-feira (21) pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os acumulados de chuva podem ser de até 60 mm/h ou até 100 mm/dia. Além disso, os ventos serão intensos, podendo atingir 100 km/h, e há risco de queda de granizo e alagamentos.

A atuação de uma massa de ar frio de origem polar faz com que o amanhecer seja gelado nos primeiros dias da primavera. Na quinta-feira, a mínima do dia, 2°C, está prevista para Soledade, no Norte, e para Pedras Altas, no Sul. A máxima deve chegar a 21°C e ocorre em Vicente Dutra, no Norte. Na Capital, os termômetros ficam entre 9°C e 16°C.

Municípios com maiores acumulados previstos nesta quinta-feira (22):
Turuçu, no Sul: 36mm
Tavares, no Sul: 36mm
São Lourenço do Sul, no Sul: 36mm
São José do Norte, no Sul: 36mm
Santana da Boa Vista, no Sul: 36mm
Santa Vitória do Palmar, no Sul: 36mm
Piratini, no Sul: 36mm
Pinheiro Machado, na Campanha: 36mm
Pelotas, na Campanha: 36mm
Pedro Osório, no Sul: 36mm
Veja como deve ficar o tempo na sua região nesta quinta-feira (22):
Região Metropolitana: a quinta-feira será de tempo instável, com chuva a qualquer hora do dia, intercalando com períodos de céu nublado. Em Esteio, os termômetros variam de 9°C a 16°C.
Serra: a quinta-feira será de tempo instável, com chuva a qualquer hora do dia, intercalando com períodos de céu nublado. Em Vacaria, os termômetros variam de 7°C a 14°C.
Litoral Norte: a quinta-feira será de tempo instável, com chuva a qualquer hora do dia, intercalando com períodos de céu nublado. Em Torres, os termômetros variam de 11°C a 17°C.
Litoral Sul: a quinta-feira será de tempo instável, com chuva a qualquer hora do dia, intercalando com períodos de céu nublado. Em Rio Grande, os termômetros variam entre 8°C e 17°C.
Região Norte: a quinta-feira será de tempo instável, com chuva a qualquer hora do dia, intercalando com períodos de céu nublado. Em Passo Fundo, os termômetros variam de 5°C a 14°C.
Região Noroeste: a quinta-feira será de tempo instável, com garoa, intercalando com períodos de céu nublado. Em Cruz Alta, os termômetros variam de 8°C a 14°C.
Região Sul: a quinta-feira será de tempo instável, com chuva a qualquer hora do dia, intercalando com períodos de céu nublado. Em Canguçu, os termômetros variam de 4°C a 14°C.
Região Central: a quinta-feira será de tempo instável, com chuva a qualquer hora do dia, intercalando com períodos de céu nublado. Em Santa Maria, os termômetros variam de 9°C a 16°C.
Campanha: a quinta-feira será de tempo instável, com chuva a qualquer hora do dia, intercalando com períodos de céu nublado. Em Candiota, os termômetros variam de 6°C a 15°C.
Fronteira Oeste: a quinta-feira será de tempo firme, com sol entre nuvens. Névoa ao amanhecer. Em Uruguaiana, os termômetros variam de 8°C a 18°C.

Fonte: GZH

A CONTRIBUIÇÃO SINDICAL MANTÉM O MOVIMENTO FORTE E ATUANTE

A Contribuição Sindical dos(as) Agricultores(as) Familiares é realizada para o Sistema Confederativo – CONTAG – Fetag e Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ela é devida por toda a categoria, trabalhadores(as) ou empregados(as). Ou seja, todos aqueles que são trabalhadores rurais e não possuem empregados e exercem a atividade rural, individualmente ou em regime de economia familiar, sendo proprietário, arrendatário, parceiro, meeiro ou comodatário.

Para o tesoureiro-geral da Fetag-RS, Agnaldo Barcelos, a Contribuição Sindical é uma das formas de manter o Movimento Sindical atuante, forte e em constante luta para assegurar o direito dos agricultores familiares. Agnaldo reitera que embora a Contribuição seja facultativa, é uma obrigação dos agricultores(as), pois quando da conquista de um benefício para a classe todos recebem as melhorias.

O valor da Contribuição Sindical da Agricultura Familiar referente ao exercício 2022 é de R$ 40,50 (quarenta reais e cinquenta centavos) por membro do grupo familiar.